Depois de o prefeito de Pacajus, Bruno Figueiredo (PDT) exigir que universitários do município fizessem trabalho voluntário para ter acesso ao transporte disponibilizado pelo município, um grupo desses estudantes foi até a Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) nessa quarta-feira (6) para discutir o caso. Os estudantes foram recebidos pelos deputados estaduais Cláudio Pinho (PDT), Jô Farias (PT), Larissa Gaspar (PT), Renato Roseno (Psol) e Antônio Henrique (PDT).
A representante dos universitários de Pacajus, Tatiana Muniz, comentou que os estudantes não estão sendo ouvidos pela gestão municipal mesmo que isso tenha sido acordado com a Prefeitura. “O que nos frustra imensamente é a falta de diálogo. Ano passado nós tivemos vários problemas, fizemos manifestações no município e ficou acordado que o que fosse definido acerca do transporte universitário seria composto por um comitê de discussão com vereadores e representantes dos universitários”, relatou.
Alunos presentes à reunião relataram diversos problemas no transporte como ausência de algumas rotas, superlotação com alunos em pé dentro do ônibus, atrasos, entre outros.
Esteve na reunião a vereadora de Pacajus Rhaiza Menezes, que é presidente da Comissão de Educação na Câmara do município. Ela citou a lei municipal que garante o serviço de forma gratuita desde 2015. “Em Pacajus o transporte universitário é gratuito e está na lei”. Ela comentou o fato de essa mesma lei prever que a Prefeitura possa solicitar o trabalho voluntário dos alunos, mas não exigir.
O deputado Antônio Henrique propôs buscar outro financiador para o transporte dos alunos caso a Prefeitura não possa fazê-lo. “Se o município, que era para fazer isso através da lei, não está conseguindo, então vamos correr atrás de outro que assuma essa responsabilidade. É o governo do estado? É o governo federal? Minha defesa aqui como deputado é que possamos achar uma solução.” O deputado Renato Roseno sugeriu uma audiência pública na Alece para tratar a questão, ainda sem data definida.
Também na quarta-feira, Bruno Figueiredo decidiu adiar a implantação da exigência de trabalho voluntário aos estudantes, que inicialmente seria a partir da próxima segunda-feira (11).

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