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Cid indica apoio à possível candidatura de Ciro para presidente

 


Senador fez outro aceno para uma reaproximação política com o irmão, a nível nacional. No Ceará, os dois estão em lados opostos desde 2022
O senador Cid Gomes (PSB) demonstrou apoio a uma possível candidatura de seu irmão, o ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT), a presidente da República. Em publicação nas redes sociais nessa quarta-feira (14), Cid desmentiu e chamou de “fake news” a informação de que ele teria dito que o irmão estaria “aposentado da política”.
“A verdade é que o senador Cid Gomes tem por seu irmão Ciro Gomes profundo respeito e admiração e entende que ele, mais do que nunca, reúne todas as condições de disputar a Presidência da República”, informou o senador em nota.
A manifestação representa mais um passo de Cid para uma reaproximação política com Ciro, pelo menos a nível nacional. O senador já havia dado indícios disso no último dia 27 de abril, quando falou à imprensa que “jamais” estaria em lado oposto ao irmão na questão nacional. “Aqui no Ceará a gente tem uma visão diferente e eu respeito profundamente, mas jamais estarei em lado diferente dele na questão nacional. Penso absolutamente como ele”, disse Cid.
Candidato a presidente da República quatro vezes, inclusive como alternativa ao PT, Ciro tem dito que não tem pretensões de disputar eleições outra vez. Ele tem defendido publicamente o nome do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), para governador e o deputado estadual Alcides Fernandes (PL) - pai do deputado federal André Fernandes (PL) - para senador.
No entanto, nos bastidores, ele confessa a aliados que pode ser candidato nas eleições de 2026, deixando seu nome à disposição, tendo como possibilidades ser candidato a governador do estado, senador ou mesmo a presidente novamente. Conforme O Estado apurou, o ex-ministro teria preferência em disputar eleição no estado, para "salvar o Ceará das mãos do petismo".
Ciro, por outro lado, não correspondeu aos últimos acenos do irmão, afirmando que Cid é "cúmplice" do que ele chamou de "tragédia" no Ceará, em referência aos últimos governos liderados por petistas no estado.
Crítico ao PT a nível nacional e estadual, Ciro se encontrou no início de maio com deputados estaduais da oposição na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), inclusive com bolsonaristas. Em coletiva no encontro, Ciro disse não ter mais "mágoa" do irmão, mas reforçou as críticas a ele.
"No pessoal, eu não tenho mais nenhuma mágoa, Deus tirou das minhas costas a dor lancinante de uma facada nas minhas costas. Entretanto, eu vejo fria e geladamente, como uma pessoa preocupada com o que acontece no Ceará, o senador Cid como conivente e cúmplice dessa tragédia que está acontecendo no estado".
Já Cid está no lado oposto na política no Ceará. O senador e o PSB são aliados importantes do governo de Elmano de Freitas (PT). Cid tem reiterado em público diversas vezes o apoio à reeleição do governador Elmano no Ceará e o nome do deputado federal Júnior Mano (PSB) para senador. A nível nacional, o PSB tem uma aliança com o PT, inclusive ocupando a vice-presidência da República, com Geraldo Alckmin (PSB).
Ciro e Cid estiveram juntos na política até 2022, quando divergiram sobre quem devia ser candidato ao Governo do Estado na eleição daquele ano. O rompimento levou ao fim da aliança PT-PDT no Ceará.

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