O líder do PDT na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), deputado estadual Cláudio Pinho, não descarta a possibilidade de a bancada estadual pedetista deixar o partido, apesar de afirmar que, por enquanto, ele mesmo permanece na legenda. Para o deputado, uma possível aliança do PDT com o PT no Ceará iria de encontro ao que a bancada defende, podendo motivar uma desfiliação.
"Se o partido tiver condições de eleger deputados, formar uma chapa completa que dê para eleger quatro ou cinco parlamentares (...) por que sair? Nós temos que analisar. A preocupação dos colegas parlamentares é com o esvaziamento da legenda ou atrelamento da legenda ao PT. Isso aí poderá criar uma dificuldade e também uma possibilidade de saída dos parlamentares do nosso partido", afirmou Pinho em entrevista na última terça-feira (13).
O líder ressalta que ainda é preciso haver diálogo mais aprofundado sobre o assunto. Na manhã desta quinta-feira (15), a bancada tem encontro marcado com o presidente estadual do PDT, o deputado federal André Figueiredo, na Alece. Pinho apontou para um distanciamento entre Figueiredo e o governador Elmano de Freitas (PT) desde o último encontro entre os dois em fevereiro, que contou também com a participação do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. "Passado isso, nunca mais chamou o presidente para o diálogo". O episódio marcou um movimento de Figueiredo de buscar aproximar o PDT da base do governo.
A sigla brizolista vive um momento incerto, especialmente após a queda de Lupi do governo do presidente Lula (PT). Além disso, algumas das principais lideranças pedetistas no estado como o ex-prefeito Roberto Cláudio e o ex-ministro Ciro Gomes - cotados para liderarem uma chapa de oposição nas eleições de 2026 - têm convites para filiação à federação União Brasil-PP e à possível fusão PSDB-Podemos, respectivamente.
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