O presidente também afirmou que pode haver reciprocidade se os Estados Unidos impuserem tarifas aos países dos BRICS
Redação Brasil 247
Por Leonardo Attuch, do Brasil 247, no Rio de Janeiro - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reagiu nesta segunda-feira (07), às ameaças tarifárias feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra países alinhados ao BRICS.
Em resposta, Lula destacou a importância do respeito entre nações e condenou o uso de redes sociais por líderes mundiais para propagar intimidações. “Não acho que eu deveria comentar. Não acho uma coisa muito responsável e séria um presidente de um país do tamanho dos EUA ficar ameaçando o mundo através da internet. Não é correto”, declarou o presidente brasileiro.
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O chefe do Executivo reforçou o princípio da reciprocidade em relações comerciais e repudiou qualquer tentativa de imposição por parte de potências globais. “Se ele acha que pode taxar, os países têm o direito de taxar também. Existe a lei da reciprocidade”, afirmou.
Lula também fez uma crítica direta ao tom imperial adotado por Trump. “Ele precisa saber que o mundo mudou. Não queremos imperador. Somos países soberanos”, frisou, acrescentando: “As pessoas têm que aprender que respeito é muito bom, a gente gosta de dar e de receber. E é preciso que as pessoas leiam o significado da palavra ‘soberania’. Cada país é dono do seu nariz.”
Ameaças tarifárias de Donald Trump
No domingo (6), Trump publicou em sua rede Truth Social que pretende impor uma tarifa adicional de 10% a qualquer nação que, segundo ele, se associe às “políticas antiamericanas” dos BRICS. “Qualquer país que se aliar às políticas antiamericanas dos BRICS pagará uma tarifa ADICIONAL de 10%. Não haverá exceções a essa política. Obrigado pela atenção!”, escreveu, sem detalhar quais práticas estariam sob sua mira.
A declaração do presidente norte-americano ocorreu poucas horas após a cerimônia oficial de abertura da cúpula e teve repercussão negativa no cenário diplomático. Em comunicado conjunto, os países do BRICS alertaram que aumentos tarifários unilaterais agravam a fragmentação econômica global e representam uma ameaça ao comércio internacional.
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