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Em artigo infame, Zema defende que Brasil saia do BRICS
Governador de Minas é o primeiro presidenciável a assumir posição contrária ao bloco.
247 – Em artigo publicado nesta quinta-feira (31) na Folha de S.Paulo, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), atacou de forma virulenta o BRICS e defendeu que o Brasil abandone o bloco, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, ao qual recentemente se somaram novos países. A posição do governador, que se coloca como presidenciável da extrema-direita em 2026, é lamentável, anacrônica e demonstra profundo desconhecimento da realidade geopolítica contemporânea.
Para justificar sua tese, Zema recorre a clichês do discurso colonialista, afirmando que o Brasil é "um país ocidental" e que não deveria "dar as costas aos seus princípios" ao se associar a nações que não compartilham a mesma história. “Por que damos as costas aos nossos princípios para participar de um bloco com países tão diferentes do nosso?”, questiona o governador, ignorando que a diplomacia moderna se constrói justamente sobre a pluralidade, o respeito às diferenças e a cooperação entre culturas e sistemas distintos.
Zema afirma ainda que o BRICS é “política interna disfarçada de política externa” e o acusa de ser uma “ferramenta útil apenas para um grupo de líderes autoritários que gostam de sinalizar sua oposição ao mundo ocidental, particularmente contra os Estados Unidos”. O argumento revela alinhamento acrítico com a lógica unilateral promovida por Washington, hoje governado pelo presidente Donald Trump em seu segundo mandato — uma postura que ignora os avanços significativos promovidos pelo BRICS em termos de financiamento alternativo ao sistema do dólar, de promoção do comércio Sul-Sul e de contestação da ordem mundial injusta que marginaliza os países em desenvolvimento.
Ao defender a substituição do BRICS pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Zema revela sua adesão a um modelo excludente, no qual apenas os países ricos têm poder de decisão. A OCDE representa menos de 20% da população mundial, mas impõe regras a todo o planeta. Já o BRICS e seus aliados apontam para uma nova governança global, multipolar e mais democrática — um caminho inevitável no século XXI.
“Estar na OCDE é conquistar um selo de confiança institucional”, escreveu o governador, esquecendo que o Brasil já tem assento como parceiro ativo no organismo e que sua entrada plena é compatível com a participação no BRICS. Sua crítica, portanto, não é técnica, mas ideológica. Para Zema, aproximar-se da China ou da Rússia é um erro, mas ajoelhar-se diante dos Estados Unidos é um sinal de civilização. Trata-se de uma visão subalterna e colonizada que reduz o Brasil a uma peça auxiliar do tabuleiro geopolítico ocidental.
Desde sua fundação, o BRICS tem defendido a reforma das instituições multilaterais, o respeito à soberania dos povos e a construção de um mundo multipolar — princípios fundamentais para que países como o Brasil possam exercer protagonismo global sem submissão a potências hegemônicas. A posição de Zema, ao contrário disso, representa uma tentativa de recolonização simbólica do país, sob o disfarce de "modernização institucional".
O artigo do governador mineiro é, em suma, infame, pela forma como distorce os fatos, e ridículo, por seu desprezo pela realidade internacional. Ao atacar o BRICS, Zema não apenas insulta a diplomacia brasileira — historicamente reconhecida por sua autonomia e equilíbrio — como também se posiciona contra os interesses estratégicos do Brasil, que se beneficiam de alianças amplas e da diversidade de parcerias no cenário global.
RESUMINDO: ZEMA É UM PORRA LOUCA, SEMI ANALFABETO

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