A Transnordestina Logística S.A (TLSA), responsável pela obra, revela números impressionantes: cada locomotiva terá 126 vagões, e cada um deles transporta o equivalente a três carretas. Isso significa que uma única composição substitui cerca de 378 caminhões. Além disso, enquanto cada caminhão precisa de um motorista, todo o trem é operado por apenas um maquinista, com revezamentos ao longo do percurso — otimizando mão de obra e reduzindo custos.

O transporte ferroviário oferece vantagens competitivas claras sobre as rodovias: maior capacidade de carga, menor emissão de poluentes, menos desgaste das estradas e, em muitos casos, menor custo por tonelada transportada. Para os produtores do Piauí, isso representa maior agilidade na exportação, melhorando a competitividade no mercado global.

A conclusão desse trecho da Transnordestina não apenas impulsiona o agronegócio, mas também pode atrair novos investimentos para a região, gerando empregos e fortalecendo cadeias produtivas. No entanto, nem todos os setores veem apenas vantagens — há questionamentos sobre custos, impacto ambiental e a priorização do transporte ferroviário em relação a outros modais.

Especialistas apontam que a integração entre ferrovias, portos e rodovias é o caminho para transformar o Brasil em uma potência logística. Mas será que o país está pronto para essa mudança de paradigma?


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