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Coluna do Macário Batista em 07 de agosto de 2025


Ouvir opiniões, eis a questão
Bolsonaro preso: e agora?- Em 4 de agosto, o ex-presidente Jair Bolsonaro teve sua prisão domiciliar decretada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro, réu em julgamento no STF, já cumpria medidas cautelares com uso de tornozeleira eletrônica, horários determinados para estar em sua residência e proibição do uso de redes sociais, suas ou de terceiros. Foi, portanto, o descumprimento desta última medida que o levou à prisão domiciliar. E agora, quais os possíveis desdobramentos? Uma questão fundamental: Bolsonaro provocou a prisão? Duas respostas: não, foi um descuido seu e de seu filho ao usar o telefone para participar de manifestações, especialmente, em Copacabana; ou sim, Bolsonaro procurou a prisão. O ex-presidente tem bons advogados e é orientado, mas o confronto está no DNA do bolsonarismo e, certamente, a prisão foi buscada objetivando a imagem de vítima e de perseguido. Assim, ao que tudo indica, Bolsonaro, como de costume, dobrou a aposta e foi para o tudo ou nada. Ele, seu entorno íntimo e seus apoiadores já vislumbram uma condenação e, desta forma, ao ser preso em condição domiciliar, há um reforço da narrativa interna de perseguição política, de injustiça e de que Moraes é um ditador de toga. No plano internacional Donald Trump, presidente dos EUA, deverá escalar a crise com o Brasil, já que, além do tarifaço, suspendeu vistos de ministros do STF e aplicou a Lei Magnitsky ao ministro Moraes. Ainda na noite de segunda-feira, 4 de agosto, já bem tarde, os EUA, por meio do Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental, do Departamento de Estado, emitiram nota afirmando que: “Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impôs prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que colaborarem ou facilitarem condutas sancionadas” e, ainda: “Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”. É isso: os EUA querem conduzir nossa Justiça! É muito provável, no cenário em tela, que os EUA penalizem com a Lei Magnitsky, por exemplo, outros ministros do STF e aumentem as tarifas já anunciadas. É provável, mas não certo, já que Trump não opera sempre em uma lógica afeita à racionalidade, mas com arreganhos autocráticos de populistas digitais da extrema direita. Um dos pontos que chama a atenção na decisão de Moraes é que ele registra a participação ativa do senador Flávio Bolsonaro no imbróglio jurídico. Acerca de Flávio Bolsonaro, Moraes assevera: “O Senador Flávio Nantes Bolsonaro, ainda, publicou postagem em seu perfil, na plataforma Instagram, com a legenda de agradecimento aos Estados Unidos da América, em uma clara manifestação de apoio às sanções econômicas impostas à população brasileira”. Lembremos que já está em curso uma investigação em desfavor de Eduardo Bolsonaro, deputado licenciado que, no EUA, apresenta-se como o estrategista que atua contra o Brasil e a favor dos EUA e de sua família. Não bastasse o pai, Jair; agora, Eduardo e Flávio, estão, segundo o que se depreende das manifestações do STF, na condição daqueles que conspiram contra a soberania brasileira, atacando nossas instituições, buscando coagir autoridades do judiciário e, não menos importante, fazendo aquilo que sempre fizeram: inflando as bases radicais do bolsonarismo.A prisão domiciliar de Bolsonaro acelera, no campo da direita, a busca de um sucessor, daquele ator que poderá herdar seu espólio político-eleitoral. Cada um dos postulantes deverá, inexoravelmente, apresentar-se como aquele que abraça as teses extremistas e à família Bolsonaro ou que buscará amainar o discurso e atuar respeitando as instituições e a democracia. Veremos, em breve, cada posição.
Opinião de Rodrigo Augusto Prando, Professor e pesquisador da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Graduado em Ciências Sociais, Mestre e Doutor em Sociologia, pela Unesp.
A frase: "Quem vende insumos para dar comida a peixe de criatório, não dá nota. Quem compra, tem que comprar por terceiros, pra não se comprometer e quem vende o peixe quer dar NF e o comprador não aceita". É assim, de mentira em mentira que o Brasil convive nos sertões.
A voltado Legislativo cearense ao trabalho(Nota da foto)
Começaram a tramitar projetos de lei e um projeto de lei complementar de iniciativa do Poder Executivo, além de 66 proposições de autoria parlamentar. No meio está o Projeto de Lei Complementar 13/2025, altera o Anexo II da Lei Complementar nº 169, de 27 de dezembro de 2016. A proposta amplia de 36 para 76 as funções de Coordenador de Segurança nos Centros Socioeducativos, garantindo a presença desses profissionais também nos plantões noturnos. Outras seis matérias do Executivo também começaram a tramitar. O projeto de lei 50/2025 autoriza o Governo do Ceará a contratar uma operação de crédito de até R$ 860,8 milhões com o Banco do Brasil, com garantia da União. Os recursos serão destinados a investimentos em educação, saúde, transportes e infraestrutura, conforme o Plano Plurianual 2024-2027.
Sigilo na pauta
DrauzioVarella, médico, consultor e às vezes repórter especial para a Rede Globo, esteve no Ceará cumprindo pauta. Foi a Tauá e depois a Quixeramobim. Não sobrou nada sobre a pauta do enviado ao Estado.

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