Especulações à parte, Domingos Filho ficaria mais um tempo sem mandato?
Secretário estadual e presidente do PSD Ceará é apontado para disputa de um dos cargos majoritários, assim como outras lideranças da base
O secretário de Desenvolvimento Econômico do Ceará e presidente estadual do PSD, Domingos Filho, tem sido apontado por aliados nos últimos dias como pré-candidato a uma das vagas majoritárias na chapa do governador Elmano de Freitas (PT) na eleição de 2026.
Segundo o deputado estadual do PSD, Fernando Hugo, Domingos Filho é um "nome pronto para ocupar qualquer uma das quatro candidaturas majoritárias", que incluem não só uma das duas vagas de senador como também a de vice-governador.
"Nós ficamos cientes de que, a evoluir a conexão Brasília-Fortaleza, nós teremos no presidente Domingos Filho um candidato a ocupar uma das vagas do Senado ou alguma das duas vagas de governo", disse Hugo ao O Estado nessa quarta-feira (10), ressaltando que o PSD do Ceará vai apoiar a reeleição de Elmano, com a possibilidade de Domingos concorrer aos cargos de vice-governador ou senador.
"O PSD é hoje o partido que mais cresce no Estado do Ceará e que é parceiro do governo Elmano, fazendo com que se possa, não como sonho de Alice, mas como um sonho perfeitamente realizável, ocupar uma das candidaturas majoritárias", completou o deputado. Segundo ele, essa não é uma meta vista como prioritária no partido, mas que passa "por todo o pensamento de nós, pessedistas".
A primeira indicação mais clara da possível participação do PSD na chapa majoritária partiu do próprio Elmano em fala durante o 17º Encontro Estadual do PT, no último sábado (6). O governador afirmou que foi informado pelo PSD do interesse da sigla em compor a chapa majoritária.
Em seguida, em entrevista na terça-feira (9), o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), deputado estadual Romeu Aldigueri (PSB), citou Domingos Filho entre os pré-candidatos ao Senado na base de Elmano.
Aldigueri citou ainda, além de Domingos: o deputado federal José Guimarães (PT); o presidente estadual do Republicanos, Chiquinho Feitosa; o deputado federal e presidente estadual do MDB, Eunício Oliveira; o secretário da Casa Civil do Ceará, Chagas Vieira (Sem partido); o deputado federal Júnior Mano (PSB) e o atual senador Cid Gomes (PSB).
O presidente da Alece não deixou de citar figuras da federação entre União Brasil e PP que são aliadas do governo estadual, sugerindo que esses também podem vir a compor a chapa governista, entre eles o deputado federal Moses Rodrigues (União); o prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (União); a deputada federal Fernanda Pessoa (União); o deputado estadual licenciado Zezinho Albuquerque (PP) e o deputado federal AJ ALbuquerque (PP).
"Nossos líderes e presidentes de partido irão tratar no momento certo da conjuntura e da formação da nossa chapa. Que bom que temos grandes nomes à disposição", completou Aldigueri.
Secretário de Estado, o próprio Domingos até agora não se apresentou como pré-candidato e evitou adiantar algum comentário sobre as eleições de 2026 quando foi questionado, priorizando a gestão.
O líder de Elmano na Alece, deputado estadual Guilherme Sampaio (PT), fez elogios a Domingos, confirmando que, no PSD, ele é o primeiro nome que pode ocupar uma vaga majoritária na chapa liderada pelo PT.
“O PSD participa fortemente do nosso projeto, tanto em Fortaleza como no Ceará e o presidente Domingos é um interlocutor qualificado desse projeto, estando sempre convidado a discutir nossa estratégia política e a conduzir conosco o governo. (...) É óbvio que, quando a gente pensa em um projeto para a frente, do ponto de vista das eleições, a gente atualiza essa discussão e isso acontece naturalmente, com muita confiança, com o PSD no Ceará”, disse Sampaio.
Atualmente, o PSD já é parceiro importante do PT em Fortaleza, que tem Gabriella Aguiar (PSD), filha de Domingos, como vice-prefeita de Evandro Leitão (PT). No Ceará, a sigla ocupa a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), pasta estratégica.
Além disso, o PSD está no Top 3 dos partidos com maior número de prefeituras no estado, logo depois de PSB e PT, mas em quantidade próxima a de legendas como Republicanos, PP e MDB.
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