Coluna do Macário Batista em 02 de setembro de 2025
Voto Impresso: um retrocesso na democracia em meio à instabilidade política
Enquanto o Senado discute o retorno às cédulas de papel, especialistas alertam para riscos jurídicos, altos custos e retrocesso à modernização democrática conquistada com as urnas eletrônicas. Em um momento em que o Brasil enfrenta turbulências internas e internacionais da instabilidade econômica global às crises políticas domésticas, o Senado decidiu avançar com uma proposta que resgata o voto impresso, medida já considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. O movimento escancara uma tentativa deliberada de setores específicos do Congresso de impor uma agenda retrógrada, que em nada contribui para o fortalecimento democrático. Pelo contrário: representa um retrocesso evidente. O Brasil foi referência mundial ao adotar o voto eletrônico no final dos anos 1990, um sistema que reduziu drasticamente as frau des e garantiu agilidade, transparência e confiabilidade ao processo eleitoral. Antes da implantação das urnas eletrônicas, o processo de votação no Brasil era feito integralmente em papel. O eleitor recebia uma cédula impressa com os nomes e números dos candidatos, preenchia manualmente a escolha e depositava o voto em uma urna física de lona ou madeira, que ficava sob responsabilidade da mesa eleitoral. A apuração, feita de forma manual, era lenta, sujeita a erros e frequentemente marcada por fraudes, como substituição de cédulas, preenchimento incorreto ou desaparecimento de urnas. Foi justamente para superar essas falhas que o país adotou o sistema eletrônico, reduzindo drasticamente as possibilidades de manipulação e acelerando a contagem dos votos. Ao insistir em retornar ao papel, parlamentares empurram o país para um caminho oneroso e ineficiente. A implantação de impressoras nas urnas, manutenção constante, logística e segurança para armazenar milhões de votos impressos significariam custos bilionários aos cofres públicos, recursos que poderiam ser melhor aplicados em áreas urgentes como saúde, educação ou infraestrutura.
A frase: “Primeiro passo para um país mais justo e menos desigual”. Rui Costa titular da Casa Civil defende sobre isentar 10 milhões de brasileiros que ganham até R$ 5 mil do Imposto de Renda.
Parece picaretagem (Nota da foto)
Enquanto o Senado discute o retorno ao voto impresso, especialistas alertam para um retrocesso disfarçado de avanço. O advogado eleitoral Wallyson Soares aponta: “É uma proposta bilionária, ineficaz e inconstitucional, que ameaça a democracia e desvia recursos de áreas vitais como saúde e educação.” O Supremo já declarou a medida inconstitucional por comprometer a segurança e a confiabilidade das eleições.
Arrumação vai acabar
Ceará pede anulação de registro que ampliou área de 'dona' da Vila de Jeri
O governo do Ceará e o Idace (Instituto de Desenvolvimento Agrário do Ceará) entraram na Justiça pedindo a anulação de um registro cartorial que teria aumentado, de forma indevida, a área de terra em nome de Iracema Correia São Tiago, que se apresenta como dona de 82% da Vila de Jericoacoara.
Sem prova, não dá
Segundo os órgãos, o documento contém erros e "vícios insanáveis". O processo foi aberto após uma perícia apontar que, em 14 de dezembro de 2007, Iracema unificou três matrículas em uma só. Porém, nessa unificação, foi incorporada uma área extra de 314,5 hectares, sem comprovação de propriedade.
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