Contato

PSB vai analisar caso de suplente de vereador apontado como líder de facção

 


O PSB vai analisar nesta semana o caso do suplente de vereador de Choró, Tiago Morais(foto), filiado ao partido, que foi preso por suspeita de envolvimento em uma tentativa de chacina no município.
Reunião, ainda sem data definida até o momento, entre a Executiva Estadual e a Comissão de Ética do PSB Ceará, vai analisar o caso de Tiago Morais e "e outros casos relacionados a filiados do PSB no estado".
O texto não faz menções diretas, mas os "outros casos" são uma possível referência aos dois prefeitos cassados Bebeto Queiroz (Choró) e José Braga Barrozo, o Braguinha (Santa Quitéria). Ambos seguem filiados ao PSB, tiveram os mandatos cassados e enfrentam outros problemas com a Justiça, inclusive com suspeita de envolvimento com facções criminosas.
De acordo com a nota da sigla socialista, a Comissão de Ética irá apresentar um parecer oficial para orientar uma deliberação da Executiva Estadual, que deverá ser divulgada publicamente, "reforçando a transparência e a seriedade com que tratamos situações dessa natureza". "O PSB Ceará seguirá firme na defesa da democracia, da justiça social e da integridade de seus quadros políticos, sempre em respeito ao povo cearense", finaliza o texto.
Em janeiro de 2025, o PSB do Ceará já tinha instaurado a Comissão de Ética para analisar os casos dos dois prefeitos, chegando a concluir um parecer. No entanto, não chegou a ser publicizado pela legenda se houve algum desdobramento a partir dessa medida.
Tiago Morais Abreu, conhecido como "Padeiro", foi preso na semana passada por suspeita de envolvimento no tiroteio que deixou três homens mortos e um ferido a tiro em Choró. Outro homem também foi preso, Gabriel Freitas de Andrade, comparsa de Tiago. Segundo as investigações, o suplente de vereador é apontado como o chefe da facção criminosa "Guardiões do Estado" (GDE) em Choró. Ele é suspeito de ter ordenado os assassinatos.
Bebeto Queiroz é considerado foragido da Justiça desde o final de 2024. Ele tem um mandado de prisão preventiva pela Operação Vis Occulta, da Polícia Federal (PF), que investiga esquema de corrupção sobre desvio de recursos de emendas parlamentares para compra de votos em cidades no Ceará. Outra operação é a Ad Manus, deflagrada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) em parceria com Polícia Civil do Ceará (PCCE) e PF, que apura irregularidades em contratos de prestação de serviço na Prefeitura de Choró. Também há a suspeita de envolvimento do político com facções criminosas. Em agosto, ele foi cassado no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2024.
Braguinha se encontra afastado do comando de Santa Quitéria desde o início do ano e cumpre prisão domiciliar. Ele foi alvo de operação conjunta das Polícias Federal e Civil em meio a investigações sobre envolvimento com organizações criminosas e irregularidades nas eleições. Ele também teve o mandato cassado pelo TRE-CE por abuso de poder político e econômico e de ter recebido apoio de uma facção criminosa nas eleições.

Nenhum comentário:

Postar um comentário