"É um golpe na artilharia da oposição contra o STF", explica Edilene, ao explicar a detenção do ex-assessor. Isso porque Tagliaferro mantinha participação ativa em comissões no Congresso Nacional, mesmo à distância. Durante sua permanência na Itália, Tagliaferro havia se tornado uma figura central nas narrativas contra o Supremo Tribunal Federal.
Edilene Lopes afirma que ele dizia trazer provas "contra uma perseguição feita por Alexandre de Moraes à base bolsonarista, não só políticos, mas principalmente empresários".
Ele apresentava supostas evidências sobre perseguições contra empresários e políticos, alegando inclusive a existência de documentos falsificados para justificar operações.
A detenção de Tagliaferro representa uma significativa mudança no cenário político atual. Com sua saída de circulação, as informações que ele costumava apresentar, amplamente divulgadas em sessões do Congresso Nacional, especialmente no Senado, perdem força de propagação.
O episódio se soma a uma série de eventos que têm enfraquecido as articulações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre eles, destacam-se as dificuldades enfrentadas no Congresso Nacional, como o reposicionamento da pauta da anistia para discussão sobre dosimetria e o arquivamento da PEC das prerrogativas pelo presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), que resultou em desgaste para a Câmara dos Deputados.
A escolha da Itália como destino de Tagliaferro seguiu um padrão semelhante ao de outros indivíduos que buscaram abrigo no exterior. No entanto, sua detenção indica que a estratégia de participação remota em atividades políticas a partir do exterior pode não ser mais viável como forma de manter influência no cenário político brasileiro.
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