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Senado: pré-candidatos aliados do PT reforçam intenções, mas pregam unidade

 

                                                José Guimarães é o único do PT na pré-disputa 

Duas vagas estarão em aberto para o Ceará nas eleições de 2026 e já estão na mira de lideranças dos partidos que sustentam aliança governista
As articulações para definir os nomes que vão compor as vagas de Senado na chapa liderada pelo PT nas eleições do ano que vem prometem agitar a política cearense nos próximos meses. Mesmo com quase dez pré-candidatos na base aliada que buscam concorrer ao Senado, nenhum dos nomes dá sinais de recuo. Por outro lado, os mesmos evitam criar rusgas na aliança, reforçando a unidade do bloco governista.
Um dos que segue em plena pré-campanha é o deputado federal José Guimarães (PT). Ele tem um desafio extra para emplacar seu nome na chapa já que o PT já deve ter a vaga do cargo de governador do Estado, com a provável candidatura à reeleição de Elmano de Freitas (PT). Nesse contexto, Guimarães tem cada vez mais buscado convencer a militância e as bases do partido no estado.
No último sábado (13) o PT fez uma reunião do Diretório Estadual. O encontro reuniu dirigentes das três principais correntes internas da sigla: Campo Democrático; Campo de Esquerda e Campo Popular. Na ocasião, Guimarães voltou a defender a pré-candidatura, defendendo que o PT tenha um nome para o Senado e reforçando seu vínculo com o presidente Lula (PT) e a parceria com o governador Elmano.
"A eleição para o Senado aqui é fundamental. Tem outros partidos que querem? Tem, mas o PT não pode deixar de ter um candidato ou candidata. (...) Vocês podem até discordar das minhas posições políticas, mas ninguém tem os mesmos compromissos que eu tenho para a construção desse partido. Portanto, quero sim, eu ajudo para caramba o Elmano em Brasília, os projetos que tratei, eu resolvo tudo, da Transnordestina ao Polo Automotivo", disse.
"Espero que o PT me dê a oportunidade de debater quem é o melhor nome, quem pode ser a cara do PT no Senado Federal", completou o líder de Lula na Câmara.
Outros pré-candidatos também vêm se movimentando, seja reforçando a proximidade com Lula e Elmano, marcando presença e estabelecendo uma rede de apoios no interior ou destacando realizações anteriores.
Presente no almoço anual promovido pelo Sistema FIEC com o governador, na sexta-feira (12), Eunício Oliveira (MDB) disse para O Estado que não disputa mais uma vaga de deputado federal, de olho em retornar ao Senado.
"Estou em uma pré-candidatura, andando pelos municípios, as pessoas me entregam com muita alegria as pesquisas feitas em cada município dizendo o seguinte: 'A volta do Eunício, que fez tanto pelo estado de Ceará'. Eu sou o ser humano que mais recursos trouxe, como parlamentar, para o Ceará", afirmou o presidente do MDB Ceará.
"Vou colocar o meu nome na disputa pelo Senado da República e as pessoas vão comparar entre os que dizem que vão fazer e os que fizeram, os que falam e os que executam", completou.
Eunício ressaltou que integra no Ceará "um grupo político plural", com vários partidos em uma mesma aliança e apontou as vagas que estarão em negociação dentro desse grupo. "Nós vamos conversar no momento oportuno. Nós vamos ter vaga de governador, de vice-governador, de presidente da Assembleia, duas vagas de senadores e quatro suplentes de senador. Então, dá para contemplar todo mundo e esse é o objetivo".
O presidente estadual do Republicanos, Chiquinho Feitosa, confirmou a intenção de estar na chapa majoritária de Elmano, mas foi cauteloso. "Vamos ver como que fica, não quero provocar nenhum constrangimento para o governador (Elmano) nem para o ministro Camilo. Sei que tem outros pretendentes, mas vamos aguardar o que vai acontecer, tem muita água para rolar na política cearense", disse em entrevista.
Outro pretendente ao Senado pela chapa do PT é o deputado federal Júnior Mano (PSB), apoiado pelo atual senador Cid Gomes (PSB). Deputado com ampla força em municípios do interior, Mano aposta em ações de parcerias como por meio do repasse de recursos das emendas parlamentares para as prefeituras.
"Acredito que ano que vem o governador estará inaugurando várias obras e, no que depender de mim, nas minhas emendas de bancada para aprovar lá em Brasília, conte comigo, que estamos juntos para trabalhar para vocês, pelo povo cearense e toda a nossa região", afirmou durante entrega de escola no Eusébio, com as presenças do governador Elmano e do ministro Camilo Santana.
Quem também está na mira de uma vaga de Senado é o presidente estadual do PSD e secretário de Desenvolvimento Econômico do Ceará, Domingos Filho. "É legítimo que o nosso partido e os partidos possam pensar em estar juntos num processo uma vaga na chapa majoritária. No momento adequado vamos discutir isso serenamente, agora não é hora, agora é hora de o governador liderar esse momento de fazer entregas", falou para O Estado.
Outros nomes também entram na lista de possíveis candidatos ao Senado pela chapa governista, como o chefe da Casa Civil do Ceará, Chagas Vieira (Sem partido); o deputado federal Moses Rodrigues (União), que tenta levar a federação formada por União Brasil e PP para a base de Elmano, entre outros.
Por Igor Magalhães do jornal OEstadoCe

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