...e ainda apontam para novos caminhos a serem seguidos
A partir de um estudo minucioso das obras mais conhecidas e outras menos exploradas ou raras, a professora de Ciência Política do IUPERJ, Thamy Pogrebinschi, apresenta novas interpretações dos escritos do filósofo em O enigma do político – Marx contra a política moderna. A pesquisadora também recuperou correspondências do pensador trocadas com expoentes do século XIX, que revelam diversos pontos ainda obscuros em sua obra.
No livro, a autora explora o confronto entre o Estado e a sociedade civil na teoria de Marx e assim mostra como sua obra permanece atual. O livro é um lançamento da Editora Civilização Brasileira (www.record.com.br) e chega às livrarias de todo o país esta semana.
O enigma do político – Marx contra a política moderna
Editora Civilização Brasileira
392 páginas
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R$ 44,90
Política / Sociologia / Filosofia / Karl Marx
PLANSEQ DO COMÉRCIO
STDS participa de certificação de jovens concludentes dos cursos do
PlanSeq do Comércio na CDL
Data: sexta-feira, 13 de novembro
Hora: 14 horas
Local: CDL - Rua 25 de março, 882
A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, a convite da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), parceira da STDS, participa do encerramento de mais 13 turmas do PlanSeq do Comércio, quando receberão certificados de conclusão de curso um total de 338 alunos atendidos pelo projeto. O objetivo é inserir no mercado 1.456 jovens, com idades entre 16 e 24 anos, que estejam desempregados ou à procura do primeiro emprego.
Para participar, os jovens interessados se cadastraram no SINE-CE, unidade da STDS, e, em seguida, foram selecionados pela CDL para ingressarem nos cursos voltados à área de comércio e serviços. Dentre os cursos, estão Formação Profissional de Operador de Caixa; Auxiliar de Escritório; Vendedor de Atacado; Vendedor de Varejo; Promotor de Vendas, dentre outros.
Das 56 turmas, 32 já foram concluídas restando, fora às 13 concludentes de amanhã, mais 11 turmas a serem encerradas em janeiro de 2010. Nos cursos, os alunos têm acesso a material didático disponibilizado pelo CDL, passcard para o custeio do transporte, lanche em cada dia de aula e certificado de conclusão. As aulas têm carga horária de 200h e duração de dois meses.
Abaixo, segue a lista de cursos ofertados:
11 (onze) turmas para o curso Formação Profissional para Operador de Caixa com 26 participantes em cada turma, totalizando 286 participantes.
09 (nove) turmas para o curso Formação Profissional para Auxiliar de escritório com 26 participantes em cada turma, totalizando 234 participantes.
06 (seis) turmas para o curso Formação Profissional para Almoxarife com 26 participantes em cada turma, totalizando 156 participantes.
08 (oito) turmas para o curso Formação Profissional para Assistente Administrativo com 26 participantes cada turma, totalizando 208 participantes.
06 (cinco) turmas para o curso Formação Profissional para Repositor de Mercadorias com 26 participantes cada turma, totalizando 156 participantes.
04 (quatro) turmas para o curso Formação Profissional para Vendedor em Comércio Atacadista com 26 participantes cada turma, totalizando 104 participantes.
04 (quatro) turmas para o curso Formação Profissional para Promotor de Vendas com 26 participantes cada turma, totalizando 104 participantes.
08 (oito) turmas para o curso de Formação Profissional para Vendedor em Comércio Varejista, com 26 participantes cada turma, totalizando 208 participantes.
PlanSeq do Comércio na CDL
Data: sexta-feira, 13 de novembro
Hora: 14 horas
Local: CDL - Rua 25 de março, 882
A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, a convite da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), parceira da STDS, participa do encerramento de mais 13 turmas do PlanSeq do Comércio, quando receberão certificados de conclusão de curso um total de 338 alunos atendidos pelo projeto. O objetivo é inserir no mercado 1.456 jovens, com idades entre 16 e 24 anos, que estejam desempregados ou à procura do primeiro emprego.
Para participar, os jovens interessados se cadastraram no SINE-CE, unidade da STDS, e, em seguida, foram selecionados pela CDL para ingressarem nos cursos voltados à área de comércio e serviços. Dentre os cursos, estão Formação Profissional de Operador de Caixa; Auxiliar de Escritório; Vendedor de Atacado; Vendedor de Varejo; Promotor de Vendas, dentre outros.
Das 56 turmas, 32 já foram concluídas restando, fora às 13 concludentes de amanhã, mais 11 turmas a serem encerradas em janeiro de 2010. Nos cursos, os alunos têm acesso a material didático disponibilizado pelo CDL, passcard para o custeio do transporte, lanche em cada dia de aula e certificado de conclusão. As aulas têm carga horária de 200h e duração de dois meses.
Abaixo, segue a lista de cursos ofertados:
11 (onze) turmas para o curso Formação Profissional para Operador de Caixa com 26 participantes em cada turma, totalizando 286 participantes.
09 (nove) turmas para o curso Formação Profissional para Auxiliar de escritório com 26 participantes em cada turma, totalizando 234 participantes.
06 (seis) turmas para o curso Formação Profissional para Almoxarife com 26 participantes em cada turma, totalizando 156 participantes.
08 (oito) turmas para o curso Formação Profissional para Assistente Administrativo com 26 participantes cada turma, totalizando 208 participantes.
06 (cinco) turmas para o curso Formação Profissional para Repositor de Mercadorias com 26 participantes cada turma, totalizando 156 participantes.
04 (quatro) turmas para o curso Formação Profissional para Vendedor em Comércio Atacadista com 26 participantes cada turma, totalizando 104 participantes.
04 (quatro) turmas para o curso Formação Profissional para Promotor de Vendas com 26 participantes cada turma, totalizando 104 participantes.
08 (oito) turmas para o curso de Formação Profissional para Vendedor em Comércio Varejista, com 26 participantes cada turma, totalizando 208 participantes.
Ives Gandra da Silva Martins fala sobre novo livro

Segundo o Autor, o homem busca sempre o domínio, e seu maior ou menor poder decorre exclusivamente de sua maior ou menor força. Com esse fundamento, procura formular uma teoria sobre a natureza do homem, no exercício do domínio sobre os outros, quando assume governos.
A obra analisa, inicialmente, a evolução social, econômica e tecnológica da humanidade; os hábitos que conformam o poder; as formas de sua obtenção; os vícios que lhe são inerentes (desde a corrupção até a autoindentificação com um ?direito superior?); o ódio ao opositor; as formas de manipulação do povo. Conclui, então, que, apesar de a sociedade evoluir mais por méritos próprios do que pela ação dos governos, no futuro, a conscientização da sociedade e a geração de políticas mundiais imprescindíveis para a sobrevivência da sociedade terminarão por aumentar os mecanismos de controle e diminuir a medida da arbitrariedade.
Desembargadoras Iracema do Vale e Edite Bringel e juízes tomam posse como suplentes no TRE
Diretor Geral - Rodrigo Cavalcante, juízes do Pleno Jorge e Anastácio, Des. Ademar, juiz do Pleno Emanuel, Desa. Edite, juízes empossados Raimundo Nonato e Heráclito, juiz do Pleno Luciano, Procurador Regional Eleitoral Alessander e juiz do Pleno Tarcísio.
As desembargadoras Maria Iracema do Vale Holanda e Edite Bringel Olinda Alencar tomaram posse no cargo de suplente da categoria de desembargador do TRE/CE nesta semana, na sala da presidência do Tribunal. A posse da desembargadora Iracema foi presidida pelo Corregedor Regional Eleitoral, Ademar Mendes Bezerra, e se deu antes do início da sessão do dia 10 de novembro, com a presença dos membros da Corte, do Procurador Regional Eleitoral Alessander Sales e do Diretor Geral Rodrigo Cavalcante. Já a posse da desembargadora Edite Bringel foi também presidida pelo Corregedor e se deu antes da sessão plenária de ontem, dia 11 de novembro.
Também na sessão de ontem, 11 de novembro, tomaram posse os magistrados Raimundo Nonato da Silva Santos e Heráclito Vieira de Sousa Neto nos cargos de suplentes dos juízes Emanuel Leite Albuquerque e Francisco Luciano Lima Rodrigues.
Governador do Ceará será palestrante na abertura do CIM 2009

O Governador do Ceará, Cid Ferreira Gomes, será o palestrante de abertura do IX Congresso Internacional das Misericórdias e XIX Congresso Nacional das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, que acontece de 24 a 27 de novembro, em Fortaleza. O Convite foi feito pelo presidente da Confederação Internacional das Misericórdias, Dep. José Linhares Ponte.
“O Ceará é referência pelas belas praias, cordialidade, gastronomia e misticismo de sua gente. O governador Cid Gomes, como bom anfitrião, aceitou o convite para proferir a palestra de abertura em homenagem aos congressistas de mais de cinco países que participarão do evento. Nós agradecemos, em nome da Diretoria da CIM e da CMB”, afirmou o Dep. Pe. José Linhares.
O Congresso discutirá temas relacionados ao futuro das Organizações Filantrópicas, como: As Santas Casas e Entidades Filantrópicas: em época no contexto da globalização; Terceiro Milênio: Missão e Presença das Santas Casas; Responsabilidade Social – Profissionalização de Gestão e Marketing; Missão estratégica e Institucional: Relação Público e Privada Empresarial e Empresariado Social; Princípios espirituais e formativos das Misericórdias a nível mundial.
Nanotecnologia é tema de palestra no Conselho de Altos Estudos
O Deputado José Linhares presidiu a última reunião do Conselho de Altos Estudos, que contou com a presença do diretor de Políticas e Programas Temáticos do Ministério da Ciência e Tecnologia, Mário Noberto Maibich, que proferiu palestra sobre nanotecnologia.
Maibich é PhD em Física, especialista em namagnetismo e nanoestruturas. Para ele, o investimento brasileiro em nanotecnologia (R$ 242 milhões entre 2004-2008) ainda é modesto se comparado ao de países industrializados, pois, somente em 2004, os EUA investiram 1,6 bilhão de dólares nessa área.
No entanto, segundo ele, o Brasil tem se destacado na produção científica na área, contribuindo com uma parcela de 3% da produção científica mundial, segundo recente pesquisa na "Web of Science" (abril/2009).
Segundo o Deputado José Linhares, o Conselho formará uma comissão para que sejam elaboradas proposições que sejam facilitados os trâmites para o investimento na área.
Maibich é PhD em Física, especialista em namagnetismo e nanoestruturas. Para ele, o investimento brasileiro em nanotecnologia (R$ 242 milhões entre 2004-2008) ainda é modesto se comparado ao de países industrializados, pois, somente em 2004, os EUA investiram 1,6 bilhão de dólares nessa área.
No entanto, segundo ele, o Brasil tem se destacado na produção científica na área, contribuindo com uma parcela de 3% da produção científica mundial, segundo recente pesquisa na "Web of Science" (abril/2009).
Segundo o Deputado José Linhares, o Conselho formará uma comissão para que sejam elaboradas proposições que sejam facilitados os trâmites para o investimento na área.
Ricos comunistas
Pouca gente sabe: o PCdoB, mais antigo partido do Brasil, é hoje um dos mais ricos e tem uma sede nova em São Paulo, com sete andares e 3.400 metros quadrados. Custou R$ 3,3 milhões e foi pago à vista. O partido tem 205 mil militantes e representação em mais de dois mil municípios. Desde 1991, elege todos os presidentes da UNE – União Estadual dos Estudantes e mantém a foice e o martelo em sua bandeira. Nas alianças, contudo, não escolhe ideologia e até criou sua própria central, a CTB – Central dos Trabalhadores do Brasil, para sair do guarda-chuva da CUT.
Midia paulistana (Giba Um)
Midia paulistana (Giba Um)
Minissaia no cordel
Para quem não sabe: a Uniban é a quarta maior universidade do Brasil em volume de alunos e está em 159º lugar entre 175 avaliadas em todo o Brasil pelo MEC. Ou seja: começando de baixo para cima, significa que é a 16ª pior do país. Mais: o lamentável episódio envolvendo Geisy Arruda acaba de ganhar versos de cordel, assinados por Miguezim de Princesa. Um trecho: “Trajava um mini-vestido/ Arrochado e cor de rosa/ Perfumada de extrato/ Toda ancha e toda prosa/ Pensou que estava abafando/ E ai ter rapaz gritando:/ “Arrocha a tampa, gostosa”. E mais adiante: “Mas, Geisy se enganou/ O paulista é acanhado/ Quando vê lance de perna/ Fica logo indignado/ Os motivos, eu não sei/ Mas pra passeata gay/ Vai todo mundo animado!”
O comentário do Carlos Chagas
Não resisto à leitura do querido amigo Carlos Chagas. Hoje ele está impagavel. ALiás eu não poderia pagar para publica-lo, o que faço na confiança da amizade. Veja aí:
DE NOVO DONA MARIQUINHAS E DONA MARICOTA
Por Carlos Chagas
Só falta mesmo o ex-presidente Fernando Henrique acusar o presidente Lula pelo apagão registrado na metade do país na noite de terça-feira e na madrugada da quarta. Esses acidentes, quando raros, fazem parte do inusitado da vida. Nos tempos do sociólogo, deveu-se à falta de chuva nas cabeceiras dos rios, provocando queda no volume dos reservatórios. Não se acusará o governo da época de imprevidência, incapacidade ou sucedâneo, apesar do sacrifício a que toda a população foi exposta, obrigada ao racionamento.
Agora, a falta de energia deveu-se à queda de uma torre de transmissão na saída de Itaipu. Teria sido o Lula culpado pela tempestade que derrubou a torre e gerou o efeito dominó no abastecimento dos estados do Sudeste e Centro-Oeste?
Assistimos hoje a um debate inócuo, insosso e inodoro, entre personagens do governo atual e do passado, com destaque para as principais figuras de um e de outro. Parece o bate-boca entre dona Mariquinhas e dona Maricota, na calçada do subúrbio de uma cidade qualquer. Coisa ridícula ficar comparando quem foi melhor e quem foi pior. Faz tempo que essa tertúlia caipira vem se registrando, mas avolumou-se com a recente intervenção de Fernando Henrique, em artigo de jornal. O presidente Lula pegou o peão na unha e delegou a Dilma Rousseff agilizar as farpas. Ela acaba de declarar que não desejava o confronto, mas agora “tudo o que quer é comparar, pois a atual administração dá de 400 a zero na anterior”. Pegou gosto, como acrescentou. O apagão desta semana é apenas um capítulo a mais nessa novela de pouca audiência.
PREMUNIÇÃO?
Desde tempos imemoriais que se discute o dom da premunição entre bissextos personagens da História, de Nostradamus às ciganas leitoras de mão. Acredita quem quer, duvida quem pode.
Pois não é que o Banco do Brasil antecipou-se ao recente apagão da noite de terça-feira? Porque naquele dia, desde o meio-dia, mais de quatrocentas agências do BB saíram do ar, em todo o país. Apagaram, causando enorme transtorno aos clientes, impossibilitados de movimentar suas contas. Teria sido um aviso? A torre de transmissão de Itaipu ainda não tinha caído, os rotineiros temporais da época só chegaram no final da tarde, mas o nosso principal estabelecimento de crédito saiu na frente. Existirão culpados?
“EU NÃO DISSE?”
Coube ao competente Merval Pereira, ontem, em sua coluna diária, sinalizar aquilo que a imensa maioria da imprensa, dos partidos políticos, das associações de classe e dos sindicatos preferiram ignorar. O comentarista registrou diálogo entre o presidente Lula e o vice-presidente José Alencar, numa solenidade em São Paulo, aliás, mais um monólogo, porque apenas o chefe do governo falou. Seu substituto ouviu e no máximo passou a mão no rosto, não se sabe se para espantar uma mosca ou espantado mesmo. O problema é todo mundo também ouviu, com os microfones ligados.
Disse o Lula que a permanência dos dois, no poder, poderia ser maior, se eles quisessem. Só que “o pessoal não quer”, acrescentou o presidente, frisando que os dois agüentariam a batalha por mais cinco anos, ainda que “se encontrem quietinhos esperando que o jogo seja jogado”.
Faz mais de dois anos que vimos alertando para a possibilidade de um terceiro mandato. Jamais a probabilidade, porque as instituições democráticas, afinal, continuam prevalecendo. Do que sempre falamos foi da hipótese de o presidente Lula não conseguir emplacar uma candidatura capaz de vencer as eleições de 2010. Nesse caso, os companheiros entregariam o governo aos tucanos, dada a prevalência até hoje registrada nas pesquisas, de José Serra? Abririam mão de mais de 36 mil cargos federais comissionados, centenas de diretorias de empresas estatais, milhares de ONGs que apesar de não governamentais, são sustentadas pelos cofres públicos? Sem falar, é claro, nas divergências ideológicas entre os modelos neoliberal e estatizante hoje em discussão.
Parece pesadelo a mudança nas regras do jogo depois dele começado, mas essa moda é antiga. Que o diga Fernando Henrique Cardoso, eleito para quatro anos mas que ficou oito, impondo a reeleição ao Congresso.
Mil vezes o presidente Lula negou sua permanência no palácio do Planalto além dos dois mandatos, mas algumas vezes engrenou a marcha-a-ré, como agora. Permanece no ar, mesmo como brisa leve, a tempestade capaz de gerar imenso apagão democrático. Porque se depender da população, ninguém se iluda: mais de 80% dos brasileiros apoiarão o terceiro mandato, a prorrogação ou equivalente...
QUEBRANDO PRECONCEITOS
Bem fez a direção da Uniban ao rever a expulsão da universitária Geizi Arruda por haver freqüentado aulas usando mini-saia, ainda que um tanto curta. O que não deu para aceitar foi a reação medieval de alguns alunos, que investiram sobre a moça como se estivesse contrariando antigos preceitos e costumes da discutível moral pública. Ainda bem que tudo se resolveu pela lógica.
A esse respeito, registre-se episódio igual ou mais explosivo, verificado no final dos anos setenta. No Congresso, as mulheres eram proibidas de usar calças compridas. Só vestidos, para transitar pelos corredores, gabinetes e plenários.
Uma jornalista, Leda Flora, decidiu reagir. Compareceu para a cobertura normal dos trabalhos usando um terninho, aliás de griffe, e foi barrada na portaria. Não teve dúvida: foi ao toillete, livrou-se da parte de baixo da roupa e apresentou-se com a parte de cima, por sinal de razoável comprimento, mas deixando expostas suas pernas bem torneadas. Era um vestido, para todos os efeitos. Resultado: caíram naquela tarde as muralhas do preconceito, as calças compridas são hoje uniformes para a imensa maioria das senhoras e senhoritas que trabalham no Legislativo. Até senadoras e deputadas...
DE NOVO DONA MARIQUINHAS E DONA MARICOTA
Por Carlos Chagas
Só falta mesmo o ex-presidente Fernando Henrique acusar o presidente Lula pelo apagão registrado na metade do país na noite de terça-feira e na madrugada da quarta. Esses acidentes, quando raros, fazem parte do inusitado da vida. Nos tempos do sociólogo, deveu-se à falta de chuva nas cabeceiras dos rios, provocando queda no volume dos reservatórios. Não se acusará o governo da época de imprevidência, incapacidade ou sucedâneo, apesar do sacrifício a que toda a população foi exposta, obrigada ao racionamento.
Agora, a falta de energia deveu-se à queda de uma torre de transmissão na saída de Itaipu. Teria sido o Lula culpado pela tempestade que derrubou a torre e gerou o efeito dominó no abastecimento dos estados do Sudeste e Centro-Oeste?
Assistimos hoje a um debate inócuo, insosso e inodoro, entre personagens do governo atual e do passado, com destaque para as principais figuras de um e de outro. Parece o bate-boca entre dona Mariquinhas e dona Maricota, na calçada do subúrbio de uma cidade qualquer. Coisa ridícula ficar comparando quem foi melhor e quem foi pior. Faz tempo que essa tertúlia caipira vem se registrando, mas avolumou-se com a recente intervenção de Fernando Henrique, em artigo de jornal. O presidente Lula pegou o peão na unha e delegou a Dilma Rousseff agilizar as farpas. Ela acaba de declarar que não desejava o confronto, mas agora “tudo o que quer é comparar, pois a atual administração dá de 400 a zero na anterior”. Pegou gosto, como acrescentou. O apagão desta semana é apenas um capítulo a mais nessa novela de pouca audiência.
PREMUNIÇÃO?
Desde tempos imemoriais que se discute o dom da premunição entre bissextos personagens da História, de Nostradamus às ciganas leitoras de mão. Acredita quem quer, duvida quem pode.
Pois não é que o Banco do Brasil antecipou-se ao recente apagão da noite de terça-feira? Porque naquele dia, desde o meio-dia, mais de quatrocentas agências do BB saíram do ar, em todo o país. Apagaram, causando enorme transtorno aos clientes, impossibilitados de movimentar suas contas. Teria sido um aviso? A torre de transmissão de Itaipu ainda não tinha caído, os rotineiros temporais da época só chegaram no final da tarde, mas o nosso principal estabelecimento de crédito saiu na frente. Existirão culpados?
“EU NÃO DISSE?”
Coube ao competente Merval Pereira, ontem, em sua coluna diária, sinalizar aquilo que a imensa maioria da imprensa, dos partidos políticos, das associações de classe e dos sindicatos preferiram ignorar. O comentarista registrou diálogo entre o presidente Lula e o vice-presidente José Alencar, numa solenidade em São Paulo, aliás, mais um monólogo, porque apenas o chefe do governo falou. Seu substituto ouviu e no máximo passou a mão no rosto, não se sabe se para espantar uma mosca ou espantado mesmo. O problema é todo mundo também ouviu, com os microfones ligados.
Disse o Lula que a permanência dos dois, no poder, poderia ser maior, se eles quisessem. Só que “o pessoal não quer”, acrescentou o presidente, frisando que os dois agüentariam a batalha por mais cinco anos, ainda que “se encontrem quietinhos esperando que o jogo seja jogado”.
Faz mais de dois anos que vimos alertando para a possibilidade de um terceiro mandato. Jamais a probabilidade, porque as instituições democráticas, afinal, continuam prevalecendo. Do que sempre falamos foi da hipótese de o presidente Lula não conseguir emplacar uma candidatura capaz de vencer as eleições de 2010. Nesse caso, os companheiros entregariam o governo aos tucanos, dada a prevalência até hoje registrada nas pesquisas, de José Serra? Abririam mão de mais de 36 mil cargos federais comissionados, centenas de diretorias de empresas estatais, milhares de ONGs que apesar de não governamentais, são sustentadas pelos cofres públicos? Sem falar, é claro, nas divergências ideológicas entre os modelos neoliberal e estatizante hoje em discussão.
Parece pesadelo a mudança nas regras do jogo depois dele começado, mas essa moda é antiga. Que o diga Fernando Henrique Cardoso, eleito para quatro anos mas que ficou oito, impondo a reeleição ao Congresso.
Mil vezes o presidente Lula negou sua permanência no palácio do Planalto além dos dois mandatos, mas algumas vezes engrenou a marcha-a-ré, como agora. Permanece no ar, mesmo como brisa leve, a tempestade capaz de gerar imenso apagão democrático. Porque se depender da população, ninguém se iluda: mais de 80% dos brasileiros apoiarão o terceiro mandato, a prorrogação ou equivalente...
QUEBRANDO PRECONCEITOS
Bem fez a direção da Uniban ao rever a expulsão da universitária Geizi Arruda por haver freqüentado aulas usando mini-saia, ainda que um tanto curta. O que não deu para aceitar foi a reação medieval de alguns alunos, que investiram sobre a moça como se estivesse contrariando antigos preceitos e costumes da discutível moral pública. Ainda bem que tudo se resolveu pela lógica.
A esse respeito, registre-se episódio igual ou mais explosivo, verificado no final dos anos setenta. No Congresso, as mulheres eram proibidas de usar calças compridas. Só vestidos, para transitar pelos corredores, gabinetes e plenários.
Uma jornalista, Leda Flora, decidiu reagir. Compareceu para a cobertura normal dos trabalhos usando um terninho, aliás de griffe, e foi barrada na portaria. Não teve dúvida: foi ao toillete, livrou-se da parte de baixo da roupa e apresentou-se com a parte de cima, por sinal de razoável comprimento, mas deixando expostas suas pernas bem torneadas. Era um vestido, para todos os efeitos. Resultado: caíram naquela tarde as muralhas do preconceito, as calças compridas são hoje uniformes para a imensa maioria das senhoras e senhoritas que trabalham no Legislativo. Até senadoras e deputadas...
Câmara: CCJ aprova PEC do jornalista
Primeira vitória
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta (11) a proposta de emenda à Constituição que torna obrigatório curso superior para o exercício da profissão de jornalista. Há quatro meses, o Supremo Tribunal Federal derrubou a obrigatoriedade do diploma. Segundo a Corte, legislar sobre o assunto seria uma tentativa de “restrição da liberdade de expressão, prevista na Constituição”. Agora será criada uma comissão especial da Câmara que terá o prazo de 40 sessões para analisar a matéria.
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta (11) a proposta de emenda à Constituição que torna obrigatório curso superior para o exercício da profissão de jornalista. Há quatro meses, o Supremo Tribunal Federal derrubou a obrigatoriedade do diploma. Segundo a Corte, legislar sobre o assunto seria uma tentativa de “restrição da liberdade de expressão, prevista na Constituição”. Agora será criada uma comissão especial da Câmara que terá o prazo de 40 sessões para analisar a matéria.
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