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O outro lado da moeda


Opinião

'Bolsa passeata' desmoraliza sindicalistas

Já sabíamos há muito tempo como figurantes ganham um dinheirinho para participar em comícios ou carregar bandeiras de candidatos. A 'bolsa passeata' flagrada ontem é novidade: sindicatos pagaram em torno de R$ 70,00 para "manifestantes"

.A 'bolsa passeata' é simbólica.
As centrais sindicais, mantidas com dinheiro público, são poder. Muitos sindicatos só existem porque o trabalhador é obrigado a pagar. E se prestam a manter ou tentar derrubar governos, alinhando-se a candidatos e partidos.
Não se vinculam a projetos nacionais, mas são reféns de causas corporativas que, muitas vezes, significam mais gastos públicos ou empreguismo. São muito mais eficientes pelos corredores de Brasília.
O que as ruas vêm dizendo é que esses esquemas estão velhos. Não representam um país que busca soluções inovadoras e urgentes para a educação, saúde e transporte público. Estão muitas vezes ligados ao arcaico.
Não fossem os fechamentos de rodovias ou ruas, o dia de protesto teria ontem passado despercebido. O que falou mais alto foi a imagem dos manifestantes recebendo a "bolsa passeata".

gilberto dimenstein

Médico deve ser obrigado a atuar no SUS, diz diretor da Unicamp

Diferentemente das entidades representativas dos médicos, o diretor e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Mario Saad, concorda com a ideia de obrigar alunos a trabalharem na rede pública.
Para Saad, faltam somente "ajustes" para que a proposta do governo federal fique satisfatória em relação às obrigações aos jovens médicos.
Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff apresentou projeto para melhorar a saúde pública no país. Entre as medidas estão a ampliação do curso de medicina de seis para oito anos. Nos dois anos adicionais, os estudantes terão de atuar no SUS.
A seguir, a entrevista concedida ontem.
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Folha - O que o sr. achou do plano?
Mario Saad - É desnecessário aumentar a duração do curso. Mas, na minha opinião, é dever de todo aluno que estuda em universidade pública retribuir o investimento à sociedade.
Assim, defendo que quem estudou em universidade pública trabalhe na rede pública, por um ou dois anos, na forma de serviço social obrigatório. Mas já como médico formado, que pode ser remunerado como tal e responder pelos seus atos.
Além disso, pode trazer insegurança à população dizer que ela está sendo atendida por um estudante.
Mas para esse modelo funcionar, precisamos reformular os currículos dos cursos de medicina.
Hoje, formamos bons candidatos à residência médica, às especialidades. Com algumas mudanças, podemos formar também ótimos médicos gerais.
O que o sr. acha da ampliação das vagas em medicina, proposta pelo governo?
Discordo. É desnecessário criar 12 mil vagas de medicina. Daqui a pouco teremos profissionais desempregados, porque estaremos formando excessivamente.
É uma falácia dizer que temos poucos médicos; há 1,9 médico por 1.000 habitantes no país. Não é pouco. Eles estão mal distribuídos.
Mas o Reino Unido, por exemplo, tem 2,7...
Com a expansão de vagas que houve recentemente, rapidamente chegaremos a esse patamar. O problema é a qualidade desses médicos.
Proponho que as boas faculdades, como USP, Unicamp, Unesp e Unifesp, possam ampliar suas vagas, com ajuda do governo federal, desde que ele se comprometesse a fechar os cursos ruins.
De qualquer forma, o governo teve o mérito de trazer à discussão a falta de médicos que existe em algumas regiões do país.
Muitas entidades médicas defendem que o maior problema é a falta de estrutura, não de médicos. O sr. concorda?
Concordo. Você precisa, por exemplo, de enfermeiro, educador físico, fisioterapeuta. Mas também não acho que precisamos esperar as condições melhorarem para mandar um médico para essas regiões [carentes]. As coisas têm de ser juntas. O médico vai até ajudar a reivindicar melhores condições.

Vagabundos recebem dinheiro pra virar "manifestante"

País em protesto Numa rua atrás do Masp, um grupo de 80 pessoas com camisetas da UGT (União Geral dos Trabalhadores) espera em fila a vez de preencher um papel. Trata-se do recibo de que ganharão R$ 70 por terem participado, vestidos como militantes, do ato de ontem na avenida Paulista.
A Folha presenciou a entrega do recibo, que se deu por volta das 15h, quando a manifestação acabou.
Dar dinheiro foi 'humanitário', diz recrutador de manifestantes
Mulheres de 30 e 40 anos e rapazes com aparência de pós-adolescentes entregavam uma pulseira numerada que usaram na manifestação a um homem de agasalho, que perguntava o nome da pessoa, preenchia o recibo e o entregava aos presentes.
No documento, consta que o pagamento é uma ajuda de custo para alimentação e transporte. Na parte de cima do papel, há impressa a data e o nome da manifestação: "11 de julho - Dia de Luta".
Em duas ocasiões, pessoas que organizam o grupo abordaram a reportagem e pediram para que deixasse o local.
Na fila, as pessoas confirmaram que não tinham relação com sindicatos filiados à UGT e que foram ao ato apenas para receber os R$ 70. Com medo de represálias, não quiseram dar o nome.
A UGT é presidida por Ricardo Patah, sindicalista filiado ao PSD, partido do ex-prefeito Gilberto Kassab. Ele negou que a central tenha pago manifestantes.
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Manifestantes do Black Bloc picham muro na região da Berrini
QUAL SINDICATO?
A UGT não foi a única central a ter pessoas que receberam dinheiro. A Folha falou com um rapaz e uma mulher com camisa da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros):
Folha - A que sindicato você pertence?
Rapaz - Ixi... Qual o nosso sindicato mesmo [pergunta para a mulher ao lado]?
Mulher - Este aqui, olha: CSB [e aponta para a camisa que vestia].
Folha - Mas o CSB é uma central sindical. Qual o sindicato específico?
Mulher - O dos trabalhadores... [Não existe um sindicato que represente genericamente "trabalhadores".]
Depois, ela declarou que foi à Paulista por R$ 50.
Em seu site, o CSB elenca como afiliados, por exemplo, o sindicato dos trabalhadores de processamento de dados do Estado, entre outros.
O dirigente da entidade presente à passeata negou pagamento aos militantes.
Tanto os manifestantes da UGT quanto os da CSB ficavam, com bandeiras e balões, diante do caminhão em que foram feitos os discursos.
Ao final do ato, militantes de outras centrais sindicais rumaram para a Consolação. Instados a continuar por pessoas com bandeira do PCO (Partido da Causa Operária) --de ideologia comunista trotskista--, os militantes da CSB e da UGT se recusaram: queriam ir embora.

Coordenadoria de Juventude apresenta Projeto Juventude em Rede



A Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Juventude apresentou, nesta quinta-feira, 11, o Projeto Juventude em Rede, que visa articular as ações já existentes nas secretarias, tais como cursos, e fazer com que atendam os jovens em maior vulnerabilidade social. Inicialmente, será implantado o projeto-piloto em dois CRAS. O objetivo do projeto é ocupar todo o tempo dos jovens e, usando a metodologia de Projeto de Vida, se constituir numa política social de enfrentamento à violência.
Para o vice-prefeito, Carlos Hilton Soares, as ideias boas devem ser multiplicadas. “É a primeira vez que temos reunião com a juventude para discutir políticas públicas para a juventude”, afirmou. A juventude é fundamental na gestão do Prefeito Veveu que criou uma coordenadoria específica para tratar de políticas voltadas para esse público.
De acordo com o coordenador de Políticas Públicas para a Juventude, Igor Bezerra, a ideia é ter uma atenção especial e acompanhamento próximo com os jovens que vivem em situação mais vulnerável. O Projeto Juventude em Rede será desenvolvido de forma intersetorial pela Prefeitura Municipal de Sobral, com a participação de várias secretarias e entidades.
Participaram da reunião o Vice-prefeito, Carlos Hilton Soares, o Chefe de Gabinete, Luciano Arruda, e para os secretários da Cidadania e Segurança, Pedro Aurélio ferreira Aragão, do Desenvolvimento Social e Combate à Extrema Pobreza, Valdízia Ribeiro, da Cultura e Turismo, Eliane Leite, e do Coordenador de Extensão dos Campi da UFC no interior, Osmar de Sá Ponte Jr.

O que os gringos sabem de nós


Imprensa brasileira 


A crise da imprensa escrita no Brasil é tema da revista britânica The Economist que chegou hoje às bancas e assinantes.

O setor esperava a entrada de novos leitores com a chegada da nova classe média brasileira, mas o que aconteceu é que muitos deles preferiram surfar nas redes sociais, que nada informam, e quase tanto quanto navegar pelas versões digitais gratuitas dos jornais e revistas tradicionais na busca de informação.

Além disso, a baixa fidelidade dos leitores pela imprensa eletrônica dos veículos tradicionais que lhes dão informação de qualidade, há a fragmentação do conteúdo noticioso internáutico, com os blogs “canibalizando” as audiências.

Um leitor experiente e preparado hoje em dia opera com uma “carteira” de publicações de sua leitura habitual. Favoritam seus veículos nos computadores, mesclando os tradicionais com os blogs. Muitos leitores têm “carteiras” especializadas, de economia, de política, esportes e assim por diante.

A forte presença da imprensa tradional na escolha dos leitores, entretanto, não se traduz em faturamento. Daí a crise econômica, que só em São Pauo custou o emprego de 280 jornalistas profissionais neste ano.

Mas embora a reportagem cite a dificuldade dos veículos tradidicionais, que foram criticados durante as manifestações que tomaram o Brasil no último mês, a The Economist reconhece que no mesmo episódio os jovens contaram com o conteúdo deles para se informar sobre os atos.

"Quando questionados sobre como descobriram o que estava acontecendo, seis de cada dez manifestantes disseram ter se voltado para fontes de informação como Folha, Veja e O Estado de S. Paulo" afirma o semanário.

Links dessa imprensa brasileira tradicional também responderam por 80% dos endereços de maior alcance nas principais "hashtags" nas manifes tações no Twitter entre 6 e 22 de junho.

Médicos cubanos em Minas


Bode novo na praça

Fifa ameaça Copa de 2014 por causa de ação do Ministério Público, mas o governo já acionou defesa da Lei Geral da Copa no Supremo
Uma ação protocolada em junho no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Ministério Público Federal pode dar muita dor de cabeça à Fifa e aumentar ainda mais a insatisfação da entidade com o governo brasileiro.

A informação foi publicada pelo “O Estado de S. Paulo”, em sua edição de quinta-feira (11). O Ministério Público alega, diz o jornal, que alguns dispositivos da Lei Geral da Copa são inconstitucionais e pede que eles sejam revogados.

O jornal lista os três são pontos da lei contestados pelo Ministério Público: a responsabilização civil do governo em caso de danos ocorridos na Copa das Confederações e na Copa do Mundo, a isenção de pagamento pela Fifa de custas de processos e despesas judiciais e o pagamento de benefícios aos jogadores que participaram dos três primeiros Mundiais conquistados pela seleção brasileira.

“A Fifa garante que a lei respeita integralmente os princípios da Constituição brasileira, mas, nos bastidores, o questionamento do Ministério Público caiu como uma bomba”, mostra reportagem, acrescentando ainda que a entidade já alerta que se uma mudança nas regras ocorrer a apenas um ano da Copa do Mundo não há como garantir que o projeto siga adiante.

Por outro lado, o governo trabalha para defender a Lei da Copa no Supremo. De acordo com o que disse ontem notícia do “Valor Econômico”, também no dia 11, que o advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Lucena Adams, defendeu junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a Lei Geral da Copa, ao enviar ao tribunal petição contrária à ação proposta em 17 de junho pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, contra três pontos da Lei nº 12.663.

O jornal diz também que o relator da ação é o ministro Ricardo Lewandowski e que ainda não há prazo para o julgamento.


Fiasco internacional

Copa das Confederações teve 230 mil brasileiros e 20 mil turistas estrangeiros

Ministério do Turismo divulgou ontem um relatório preliminar sobre a circulação de turistas, nacionais e estrangeiros, na Copa das Confederações. Segundo o ministério, o evento foi praticamente voltado para o turismo interno, onde pelo menos 230 mil brasileiros viajaram para assistir aos jogos nas seis cidades sedes do torneio. Apenas 20 mil turistas estrangeiros visitaram o país para a Copa das Confederações, cerca de 3% do público nacional.

O resultado considerou o número de ingressos vendidos pela Fifa e resultados preliminares de uma pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) sobre o perfil dos turistas nos jogos da Copa das Confederações. A pesquisa da Fipe foi encomendada pelo Ministério do Turismo (MTur).

“A Copa das Confederações é um torneio local, que atrai turistas do país. Foi assim no Brasil e também em outros países-sede, como África do Sul e Alemanha. O turismo interno, no entanto, mostrou grande vitalidade, e movimentou cerca de R$ 740 milhões”, afirmou o ministro do Turismo, Gastão Vieira.

O MTur avalia ainda que o impacto do evento para o setor turismo é estimado em R$ 352 milhões diretamente na cadeia do turismo e R$ 348 milhões indiretamente, conforme cálculo por gasto médio de turistas feito pela Embratur, órgão ligado ao MTur. Os dados serão consolidados e divulgados pelo Ministério do Turismo.

Do total de turistas no evento, 85,3% informou que estava na cidade-sede motivado pela Copa das Confederações e 62,7% permaneceu em média por três dias na cidade. Desse público, 58% se hospedaram em hotéis e pousadas.

PÚBLICO INTERNACIONAL – O resultado de 20 mil turistas estrangeiros, apenas 3% do total, estava dentro da expectativa inicial do MTur. A permanência média foi de 14 dias, segundo prévia da pesquisa Fipe. Os serviços como hotéis e pousadas foram os principais meios de hospedagem utilizados, com citação de 80,4% do público entrevistado. “A meta é atrair 600 mil turistas estrangeiros na Copa do Mundo, um evento com maior interesse do público internacional”, disse Gastão Vieira. Ele afirma que a Copa do Mundo atrai mais turistas estrangeiros que a Copa do Mundo.

SOBRE A PESQUISA - A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) entrevistou 14 mil pessoas,  sendo 10 mil turistas brasileiros e estrangeiros nos arredores dos estádios, hotéis, estabelecimentos públicos, comércios e locais de retiradas de ingressos das seis cidades-sede e quatro mil turistas estrangeiros nos aeroportos de Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília, Salvador, Rio de Janeiro, Recife e no aeroporto internacional de São Paulo/Guarulhos. Os dados completos consolidados serão divulgados nas próximas semanas.

Contador de buracos

ROBERTO CLÁUDIO FAZ BALANÇO DA OPERAÇÃO TAPA-BURACOS
E DIVULGA CRONOGRAMA DO SEGUNDO SEMESTRE

O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, fará um balanço sobre as ações da Operação Tapa-Buracos, nesta sexta-feira (12/07), às 10h30min, no Paço Municipal. Além de apresentar o balanço do primeiro semestre, o prefeito também tratará sobre o cronograma de obras para o segundo semestre, com o objetivo de cumprir o compromisso de tapar todos os buracos de Fortaleza até o final do ano