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Feirantes pedem direito de ocupação



Contrariados com o posicionamento da prefeitura em montar a operação de reordenamento da Feira da Sé, também conhecida como Feira José Avelino, cerca de 500 feirantes reuniram-se na manhã de ontem para protestar.
 A concentração aconteceu na Praça do Ferreira e seguiu em passeata até o Paço Municipal, sede da Prefeitura de Fortaleza, no Centro. Lá, o Grupo de Operações Especiais da Guarda Municipal (GOE) fez a segurança da região. Não houve confronto.
Pacificamente, os feirantes pediram diminuição da pressão policial quanto ao reordenamento, reivindicaram melhorias nas condições de trabalho, o direito de ocupação das ruas para a realização da feira, além de ter de volta as mercadorias recolhidas pelos fiscais.  

A REORDENAÇÃO
O processo de reordenamento da feira com a coibição da instalação dos feirantes em áreas proibidas, como ao longo da Avenida Alberto Nepomuceno, teve início no último dia 22 de janeiro e tem continuidade nos dias de feira. Cerca de 500 policiais participam da operação.  
 “Somos trabalhadores. Não precisamos de pressão policial. Todos estão amedrontados com a situação e os clientes principalmente. Estamos tendo prejuízos, pois muitos não estão mais vindo”, reclamou o secretário da União dos Feirantes do Estado do Ceará, Paulo Viana. Segundo ele, ontem foram entregues na sede da Secretaria do Centro a documentação dos integrantes da União dos Feirantes, “também recolhemos assinatura e queremos entregar ao secretário para negociar. Durante a tarde, recebemos o retorno de que ele irá receber uma comissão nossa amanhã de manhã (hoje), na própria secretaria”, contou Paulo.  

NOVO DIA E HORÁRIO
Na tentativa de burlar a operação de fiscalização da Prefeitura e da polícia, os feirantes organizaram-se e decidiram mudar o dia da feira. A estratégia dos feirantes aconteceu já entre a terça e a quarta-feira. “Por conta da pressão, tivemos que alternar e assim vamos continuar fazendo para evitar confronto. Fizemos isso como uma medida emergencial”, justificou Paulo Viana.  
Para conter a atitude dos feirantes, o secretário da Secretaria da Regional Centro (Sercefor), Ricardo Sales, informou que agentes estão estudando o movimento e uma ação de coibição para realização antecipada está sendo montada. Ele adiantou que “haverá apreensões caso os feirantes descumpram as regras”, avisou, acrescentando que a passeata é a forma mais legítima de protestar. “O direito de manifestação é constitucional. Eles não estão sendo violentos, mas a verdade é que tudo que estão pedindo foge às regras feitas baseadas nas conversas realizadas entre o poder público e os feirantes. Falamos com os grupos, estabelecemos regras, dias, locais e horários, mas eles teimam em não cumprir” observou.  

NOVO ESPAÇO
De acordo com a União dos Feirantes, cerca de duas mil pessoas trabalham na região da Sé. De um lado, a prefeitura realiza uma readequação do espaço e, posteriormente, prevê a transferência total da feira para um novo espaço. De outro, os feirantes reclamam, pois, no local em que serão realocados, terão que pagar aluguel.
 “Queremos que a feira permaneça em praça pública. Tirar a gente e colocar em qualquer galpão vai descaracterizar o feirante. Toda feira acontece na rua. Precisamos de um horário mais prolongado e que permitam nosso comércio em outras ruas do Centro. “Querem levar a gente para um galpão longe, mas vão nos cobrar aluguel. Sendo assim, é melhor ficar na rua”, destacou o secretário da União dos Feirantes.
 O secretário Ricardo Sales confirma a necessidade do aluguel, mas que as decisões são tomadas em acordo com a categoria. “A feira acontece nas ruas sem autorização. Ela é irregular. Eles reclamam de falta de segurança e pedem estrutura. Nas reuniões internas, entendem e aceitam a necessidade de transferência. Conseguimos um galpão na Av. Filomeno Gomes, que não é longe do Centro. Lá é um empreendimento privado, e eles terão que pagar aluguel, mas em contrapartida os empreendedores darão as condições necessárias para absorver todo o público e terão que se adequar as exigências dos feirantes”, explicou.
 Em entrevista ao jornal O Estado, o secretário informou que “o novo espaço deverá começar a ser construído entre março e abril e ficará pronto entre outubro e novembro”. Sobre a questão do aluguel, o secretário rebate afirmando que todos têm condições de arcar com os gastos. “Na rua, eles pagam para quem se acha dono da rua para comercializar seus produtos. Quem gerencia os aluguéis e até a venda dos espaços geralmente são ex-presidiários. Além disso, eles pagam sempre para uma pessoa montar, desmontar e guardar as barracas. Se juntar os custos, acaba saindo mais em conta pagar um aluguel num local de boa estrutura”, explicou.  

APREENSÕES
Dentre as outras reivindicações dos camelôs, está a não devolução dos materiais apreendidos pelos fiscais. “Nossas mercadorias estão sendo levadas, e não temos o direito de pegá-las de volta. Deviam estipular um valor de multa, e devolver após o pagamento, pois os produtos são caros e é o nosso material de trabalho. Não queremos nada mais que trabalhar”, ressaltou Viana, ameaçando entrar com ação contra o município para reverter o caso.
Sobre o assunto, o secretário da Regional do Centro defende que as apreensões acontecem baseadas em leis. “A comercialização irregular é proibida. Nesses casos é permitida a apreensão de acordo com a lei de uso e ocupação do solo. Antes, devolvíamos os produtos, mas quando isso acontecia os fiscais sofriam agressões e ameaças. Era um estresse desnecessário para que, depois de devolvidos, eles voltavam a ser comercializados nos mesmos locais proibidos na semana seguinte. Por isso, decidimos não mais devolver”. Ele informa que todo o material apreendido é levado a um galpão da prefeitura e em seguida é doado para entidades filantrópicas.
o que é permitido
De acordo com prefeitura, a comercialização na Rua José Avelino é permitida das 19h da quarta até as 7h de quinta-feira e das 19h de sábado até as 11h de domingo, na Rua José Avelino, Travessa Icó, Rua Governador Sampaio e no “feirão do viaduto”, localizado sob o viaduto da Avenida Presidente Castelo Branco.

AL articula encontro sobre seca no Ceará

O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, deputado Zezinho Albuquerque (Pros), anunciou, na abertura dos trabalhos da sessão plenária desta quinta-feira (05/02), a realização de um encontro, no próximo dia 27, para discutir a situação do Ceará, diante do seu quinto ano com chuvas abaixo da média.
“Pensamos em convocar um grande debate, com o ministro da Integração Nacional, o governador Camilo Santana, representantes da Funasa, Dnocs e secretarias vinculadas ao Executivo, Fetraece, Aprece e todas as pessoas envolvidas na administração pública do nosso Ceará. Gostaria de contar com a participação dos parlamentares neste evento”, disse. Segundo afirmou o presidente da AL, o objetivo é tomar conhecimento de tudo que está sendo feito em relação à seca pelos governos estadual e federal. 
Zezinho Albuquerque defendeu o acompanhamento das ações de combate à estiagem. Depois de realizada a reunião, em um prazo de 20 dias, conforme observou, se necessário, seria realizado um novo encontro para avaliar as providências adotadas pelos governos.  De acordo com o presidente da AL, os debates poderão ser ampliados, envolvendo presidentes das Assembleias Legislativas de todos os estados que sofrem com o problema da estiagem.
“Nossos reservatórios estão praticamente vazios e, apesar das chuvas em alguns municípios, precisamos estar preparados, caso seja uma nuvem passageira. Vamos buscar soluções para o sofrimento do nosso povo. Tem que ter dinheiro. Dinheiro não pode faltar”, declarou Zezinho.
O presidente ressaltou ainda seu orgulho com demais deputados pela preocupação com a questão da seca no Ceará, tema que foi quase unânime na tribuna durante a sessão da ultima quarta-feira (04/05). “Do deputado mais novo ao mais velho”, declarou o presidente.
Em apoio ao presidente da Casa, o deputado Fernando Hugo (SD) lembrou que nesse momento não deve existir partidarismo entre os parlamentares. “Para debater essa calamidade não pode haver situação ou oposição”, ressaltou Fernando Hugo.

Capa do jornal O Estado(CE)


Coluna do blog



Descomendo
Quem cair na besteira de dizer que o Roberto Cláudio não está fazendo nada em Fortaleza, vai levar uma na testa, como diria o Didi. O cara trabalha feito cavalo-do-cão e neguim, só por ser oposição fica negando isso, aquilo e aquilo outro. Claro está que estão embutidos os verdadeiros e legítimos interesses contrariados. Quando alguem toma de você, no voto, aquilo que você acha que é seu,  é interesse contrariado. Sim e daí? Daí que nosso Roberto Cláudio também tem lá suas culpas. Ele faz e mostra pouco o que faz e os valores que aquilo que fez valem para a comunidade. De outro turno, tem algumas coisas erradas que são feitas no açodamento de assessores que não fazem a contagem direito e metem os pés pelas mãos. Quer ver uma? Corredores de ônibus e de bicicletas na avenida Antônio Sales. Segundo eles mesmos contaram, passam pela avenida em questão, cerca de 40 mil carros por dia. Invariavelmente engancha. Aí dá nó de cachorro. Foi quando ouvi o agente da AMC dizer: Ora, se enganchou muda o caminho. Peraí seu Zé!!! Ta me fazendo de doido? Cês erram, fazem a melada e botam a culpa no meu caminho. Pior; deixam a bomba no colo do Roberto Cláudio que no meio do transito leva um...o prefeito felá...Cê sabe. Fizeram e desfizeram na rua Carlos Vasconcelos. Botaram um caminho de bicicleta em homenagem ao povo do Limoeiro do Norte. Virou o caos. Aí, alguém remendou fazendo uma faixa de estacionamento na via, que era pra não quebrar o comércio da área. Resta agora, ou alguém descomer a melada da Av. Antônio Sales ou ligar pra cá e ensinar a quem mora na esquina da dita cuja e quer ir pra Unifor, como deve fazer. Ir pra Bezerra de Menezes e dar a volta pela Jovita Feitosa ou...esculhamba, não seu Zé.

A frase: “Quem quer pegar galinha não diz xô”. Ensinamento de Mãe Vovó Petronilha, A Racista.


O fim de Lavras da Mangabeira (Nota da foto))
Heitor Férrrer foi ao meio fio morrendo de saudades do microfone. Chamou o governador Cid de irresponsável porque não fez nenhuma obra hídrica para minimizar o problema da seca e pra esculhambar disse que havia uma sim, o Aquário. E disse mais: Ele deveria ter feito outro Castanhão. Aí eu perguntei: Em qual boqueirão? E ele...Em Lavras. É Heitor quer acabar com Lavras, Aurora, Ipaumirim  e mais um mundaréu de municípios a montante do Boqueirão (por sinal muito bonito) de Lavras da Mangabeira, terra dele.

Vida nos trilhos
A CSN-Cia.Sederurgica Nacional, mandou chamar o Ciro Gomes. Sabe do que Ciro é capaz. Fez um rio no Ceará salvando Fortaleza do caos da falta dágua. Deram-lhe missão.

Janela de trem
Ciro Gomes vai tocar, arrumar e concluir a Transnordestina, a estrada de ferro que poderá ser a redenção de uma grande região brasileira. Pra quem fez o que fez..

Oposição ou oportunismo
Ficou engraçado ver a quantidade de deputado, velho e novato, na Assembléia do Ceará xingando o Governo, porque faz oposição ao PT e já se insinua por 2016. Hilário.

Couro de joelho
Aí o deputado eleito. David Durand ficou pra cima e pra baixo, dizendo que aceita, não aceita, aceita de novo, ser Secretário de Esportes do Governo.

Dê-se por satisfeito
Pra quem não sabe quem é a bola em campo,devia dar-se por satisfeito. Até onde se sabe o pastor queria a Secretaria com porteira fechada; ele dono de todos os cargos.

Quer a janela
O senhor  Renato Roseno, que finalmente conseguiu um mandato, foi eleito deputado estadual pelo Psol cearense, anda sonhando com um lugar na janela do trem,nem bem chegou.

Comissãozona
Segundo fonte da coluna o senhor Renato Roseno quer nada menos que ser presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa legislativa. Pra quem chega chutando o balde...fica difícil.

Sem troco não dá
Graça Foster, a Bela, não deu a mínima pro governador do Ceará sobre a suspensão da construção da refinaria aqui. Mandou um terceiro escalão dar o recado.

Motivação
A questão toda é que cearense é bem educado demais pra lidar com esse nível de petroleiro.  Um vão darem, cairia muito bem.

A eleição de Porteiras
1958 foi ano de eleição. Naquele tempo completa de governador a vereador. Em Porteiras, extremo sul do Ceará um tenente doido achou por bem mandar bala no meio da rua e a eleição foi suspensa. Dias depois houve o pleito. Candidato a deputado Ernesto Gurgel Valente que havia ficado numa peinha pra se eleger correu pra Porteiras. Chegou de alpargatas, calça arregaçada carregando um andor com um santo que seria o padroeiro da cidade. O povo, religioso, acompanhou. Gurgel foi eleito.

Bom dia

Jamais se pense indispensável. Que tal ser suportável?

Sérgio Machado pede o boné


Sérgio Machado renuncia à presidência da Transpetro

Sérgio Machado, presidente licenciado da subsidiária de transporte e logística da Petrobras, entregou carta de renúncia ao cargo na tarde desta quinta-feira, 5. A mensagem foi entregue à presidente da estatal, Graça Foster, que também preside o conselho de administração da Transpetro.
A renúncia ainda deve ser oficialmente informada ao conselho de administração da subsidiária para que seja divulgada. É possível que isso não ocorra ainda nesta quinta.
Sérgio Machado estava licenciado há três meses, desde que a empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC), entre outros pontos, ressaltou a dificuldade de validar o balanço financeiro da Petrobrás tendo, no comando de uma das suas controladas, um executivo citado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
O ex-diretor Paulo Roberto Costa, delator à PF, afirmou que recebeu R$ 500 mil em propina às mãos de Machado como pagamento de propina. Sérgio Machado é afilhado político de Renan Calheiros (PMDB-AL).

Após perder compostura, Senado perde o rumo

..Que acontece num país de opinião pública minimamente ativa sob uma conjuntura em que se misturam inflação alta, juros salgados, paralisia econômica, aumento de impostos, elevação de tarifas e corrupção desenfreada? Simples: não se fala de outra coisa. De fato, muito se fala da crise nas filas, nas esquinas, nas residências, nos escritórios. A exceção é o Senado. Ali, o assunto é outro.
Desde que voltaram das férias, no domingo, os senadores discutiam o rateio dos cargos na Mesa diretora. A coisa terminou em confusão, como se pode notar no vídeo acima. O tetrapresidente Renan Calheiros passou o trator sobre PSDB e PSB, partidos que ousaram votar contra ele na eleição para o comando do Senado. Na surdina, Renan providenciou para que as duas legendas fossem excluídas dos assentos a que teriam direito na Mesa, privilegiando os aliados.
Em resposta, Aécio declarou: “Vossa Excelência perde a legitimidade para ser presidente dos partidos de oposição nesta Casa”. Seguiu-se uma briga em que os dois acusaram-se mutuamente de desrespeitar a democracia. Poucas pessoas —talvez meia dúzia de brasileiros em 1 milhão— são capazes de entender e traduzir a atual situação político-econômica da democracia brasileira. Mas todo mundo sente os efeitos do descalabro. E não é preciso ir muito longe para verificar que a grossa maioria da sociedade enxerga o Senado como parte do problema, não da solução.
Basta entrar em qualquer boteco —de bairro nobre ou da periferia— para perceber que a clientela não se enxerga nesta casa do Parlamento, que deveria ser a caixa de ressonância por excelência de um regime democrático. Na época em que ainda fazia pose de referência moral sem provocar risos, Lula estimou em 300 os picaretas do Legislativo. Na Era dos governos do ex-PT, descobriu-se que a banda ladra é maior. Sabe-se que nem todo mundo é bandoleiro. Mas 90% dos congressistas dão aos 10% restantes uma péssima reputação.
Contra esse pano de fundo, cabe perguntar: qual o panorama do Senado no momento? Ao reconduzir à presidência Renan Calheiros e todas as acusações que lhe pesam sobre os ombros —as antigas e as que estão por vir—, a maioria dos senadores demonstrou que o Senado perdeu de vez a compostura. Ao desperdiçar quatro dias debatendo o rateio de poltronas na Mesa, os senadores revelaram que o Senado perdeu também o rumo. Primeira e segunda vice; primeira, segunda e terceira secretarias; suplências A, B e C. Sakespeare devia estar pensando nisso quando disse: “Não há o que escolher num saco de batatas podres.”
Aécio e a tropa oposicionista fazem um bem a si mesmos ao peitar Renan e sua infantaria. O grão-tucanato fareja na movimentação do morubixaba de Alagoas a tentativa de solidificar a milícia parlamentar que lavará a jato um eventual processo de cassação por falta de decoro. Líder do DEM, o senador Ronaldo Caiado ousou dizer a Renan, do alto da tribuna, que o objetivo dele é mais ambicioso: “quer usar o Senado como parachoque para amortecer” um ainda hipotético pedido de impeachment contra Dilma Rousseff. Curiosamente, não houve governista que o contraditasse.
“Perderam a rua e querem levar tudo no tapetão”, afirmou Cássio Cunha Lima, líder do tucanato. “Vossa Excelência pode atropelar o PSDB e o PSB. Mas não irá atropelar o povo brasileiro. Não vai ultrajar nossa democracia. Não estamos mendigando cargos na Mesa. Queremos respeito à proporcionalidade construída nas urnas. Saiba Vossa Excelência que sua atitude terá consequências. O Brasil vai ver o desdobramento dessa manobra.”
Resta à plateia torcer para que venham mesmo as “consequências”. Não é de hoje que, no Senado, se briga e se fazem as pazes desavergonhadamente. Renan Calheiros já esteve na bica de ser cassado um par de vezes. Numa delas, viu-se compelido a renunciar à presidência para salvar o mandato. Suas desavenças foram sempre sucedidas de hediondas reconciliações.
Ninguém deseja para as brigas do Senado um epílogo de romance do século 19, época em que os insultos eram lavados com sangue. Mas convém não abusar da paciência dos botequins. A reiteração dos acordos, dos conchavos, das alianças potencializa a convicção, já tão disseminada, de que a política é o território da farsa. Junte-se a isso a falta de uma agenda e descobre-se o porquê de o Senado e seus protagonistas não serem levados a sério.
Tá no josias

Não sabia que perder eleição fazia adoecer de ódio

‘Se Levy vier com penduricalhos, não consideraremos prioritário’, diz Aécio

Josias de Souza
Tornou-se lugar-comum a tese segundo a qual Dima Rousseff sequestrou a cartilha econômica do PSDB ao levar Joaquim Levy da diretoria do Bradesco para o comando do Ministério da Fazenda. Porém, o senador Aécio Neves, presidente do tucanato, não se reconhece nos ajustes econômicos adotados por Levy.
Em conversa com Aécio, o signatário do blog perguntou: o PSDB vai votar contra os ajustes na economia? E ele: “Essa é uma questão central para nós. Se o ministro Levy vier para o Congresso com penduricalhos, com soluções laterais, nós não consideraremos isso prioritário.”
O que o PSDB chama de penduricalhos? “Se vierem para nós medidas que combinem aumento de impostos e supressão de direitos trabalhistas, como parece ser o caso, nós estaremos à vontade para cobrar um aprofundamento das questões. Seremos coerentes com o que dizíamos na campanha.”
Aécio acrescentou: “O que eu dizia durante a campanha era que precisávamos fazer ajustes na economia. Mas faríamos isso de forma estruturante. Eles não estavam preparados para ganhar a eleição. Esqueceram que, se ganhassem, teriam que governar.”
Instado a comentar a intenção de Dilma de nomear para a presidência da Petrobras um executivo tão conceituado no mercado quanto Levy, Aécio declarou: “Não torço contra o Brasil. Mas não vamos cair nessa armadilha de achar que botar um Levy na Petrobras apaga o passado. Acontecerá o contrário. A presidente da República perderá o anteparo. Não vai ter mais a blindagem da Graça Foster. Quem assumir a Petrobras não vai querer empurrar nada pra baixo do tapete.''
“Queremos saber quem são os responsáveis por esses prejuízos todos”, disse Aécio. “Os que já foram feitos, como os roubos, e o desperdício de R$ 2,5 bilhões nas refinárias canceladas do Ceará e do Maranhão. Os pareceres técnicos eram contrários aos empreendimentos. Vem o Lula e diz que tem que fazer, para atender os governadores. E aí, vai ficar tudo por isso mesmo? Ninguém responde pelo prejuízo? Nós investigaremos tudo a fundo na nova CPI.”

Kassab com SAntana


O governador Camilo Santana tem reunião com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, às 11 horas, no Palácio da Abolição.

Os novos salários dos professores

Sobe para 18 o número de cidades que reajustaram o salário dos professores em 13,01%

Nesta quinta-feira (5/2), chegou a 18 o número de cidades do Ceará em que o salário dos professores foi reajustado em 13,01% ou mais, conforme determina a Lei do Piso do Magistério. Em Beberibe, Várzea Alegre, Orós, Cruz, Cascavel, Guaiuba, Fortaleza, Itaitinga, Maranguape, Senador Pompeu, Pentecoste, Icó, Chorozinho, Missão Velha e Choró os benefícios cresceram de acordo com a previsão nacional. Em Quixadá e Ibaretama o percentual foi ainda maior, ficando em 20% e 17%, respectivamente. E em Frecheirinha houve reajuste, mas apenas para o nível médio, minoria da classe.
Os dados foram apresentados à Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) pelos sindicatos de servidores filiados, que negociam as demandas dos trabalhadores com as prefeituras cearenses, dentro das atividades da Campanha Salarial Unificada 2015.
Um terço extraclasse
Além do reajuste, os sindicatos estão comunicando também a regulamentação nas cidades de outro mecanismo da Lei do Magistério, que a reserva de um terço da jornada de trabalho dos professores para atividades extraclasse. A demanda passou a ser atendida em pelo menos quatro novas localidades: Caucaia, Orós, Crateús e Ipueiras.
Avaliação
“O reajuste deste ano é totalmente factível para a absoluta maioria dos municípios do Ceará. Cidades de todos os perfis e tamanhos estão reajustando o salário da categoria. Vamos permanecer vigilantes a esta demanda e acompanhado as campanhas salariais dos servidores de todas as cidades”, afirma Enedina Soares, presidenta da Fetamce.