Contato

Bom dia



 Coluna do Macário Batista em 6 de maio de 2025

As esquisitices e jogadas da política (II)
Com a experiência de quatro disputas presidenciais e boa retórica, Ciro Gomes tentará se colocar como alternativa nacionalista, crítica ao sistema e talvez até “à esquerda” de Lula, que seria apresentado como um presidente “neoliberal" – o que já tem sido feito por vários críticos do governo Lula que se apresentam como comunicadores progressistas. Ainda segundo LeonardoAttuch, do 247, Num ambiente de guerra que já se desenha, nem todos saberão diferenciar se Ciro será mesmo uma alternativa de centro-esquerda ou apenas um instrumento útil para as classes dominantes que desejam fragmentar o campo progressista. Seu discurso moralista e agressivo contra o PT, não difere, em essência, das estratégias utilizadas por candidatos de direita. Desde a redemocratização, Lula e Ciro foram os políticos que mais disputaram eleições presidenciais. Lula concorreu seis vezes e venceu três pleitos. Ciro jamais chegou ao segundo turno. Mesmo assim, pesquisas de vários institutos apontam que o pedetista ainda possui recall eleitoral relevante, ultrapassando dois dígitos no primeiro turno e “roubando” parte do eleitorado do presidente. Esse fator explica o esforço das elites para reabilitá-lo como possível antagonista de Lula em 2026. Não para elegê-lo propriamente, mas para atuar como linha auxiliar do verdadeiro projeto, que é a eleição de um candidato neoliberal, como o atual governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas. Ciro, embora sem mandato, mantém uma presença constante nas redes sociais, em entrevistas e fóruns empresariais. Seu discurso é afinado com o de uma suposta terceira via – uma miragem que não se confirmou em 2022, mas que volta a ser trabalhada por setores que rejeitam tanto o bolsonarismo quanto o projeto popular do atual presidente. O reposicionamento de Ciro depende, no entanto, de um rompimento claro com o governo. E a queda de Lupi foi o primeiro passo dessa estratégia. O segundo começará a ser desenhado já nos próximos dias. Do lado governista, a nomeação de Wolney Queiroz para o lugar de Lupi foi uma resposta imediata do Palácio do Planalto, com o objetivo de manter o PDT dentro da base aliada. Ainda assim, a crise interna no partido é profunda. Com apenas 17 deputados, a legenda encolheu na Câmara dos Deputados, corre o risco de não atingir a cláusula de barreira em 2026 e vê sua liderança nacional dividida entre setores governistas e grupos ligados a Ciro e outras lideranças da direita. A saída de Lupi, portanto, cumpre uma função política estratégica. Ela deve ser compreendida como parte de uma movimentação estratégica que visa mais do que um rearranjo ministerial. Ela está inserida num projeto maior: desestabilizar o governo Lula, afastar o PDT da base e viabilizar uma candidatura que, embora travestida de oposição de centro-esquerda, serve aos interesses daqueles que sempre se opuseram aos avanços sociais conquistados desde 2003. O jogo está em curso e a sorte foi lançada. A tentativa de dividir o campo progressista se intensifica. Resta saber se o PDT resistirá à tentação do rompimento ou se será cooptado por um projeto que, na prática, fortalece os adversários históricos do trabalhismo e da soberania popular.
A frase: "Comer pouco, dormir muito e nunca brigar com mulher". Receita de José Sarney para completar 95 anos absolutamente lúcido e produtivo.
Já tem o federal (Nota da foto)
O líder do Governo Lula na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT), desistiu de receber o novo auxílio-saúde da Assembleia Legislativa do Ceará, no valor mensal de R$ 5,2 mil. O petista explicou que a solicitação do benefício foi um "equívoco interno" e pediu reparação. Como deputado federal, já recebe auxílio mesmo que compartilhado, através da Câmara dos Deputados.
Avaliação
Austera e sólida: M. Dias Branco cresce 3,2% e reforça caixa mesmo com câmbio e commodities pressionando. Opinião de observador da cena.
Registro
A zorra no INSS que começou sob Bolsonaro, deveria ser investigado no governo Lula. Não foi. Caíram o Ministro Lupi e o presidente do INSS.
Cidade enrolada
A Justiça Eleitoral cassou três vereadores do Republicanos no município de Pacajus. Foram embora Didão, Juninho da Gaminha e Reginaldo Firmino.
Meia volta
O TRE decidiu, cinco votos a dois, reformar a decisão anterior mantendo os mandatos do prefeito da vice,de Alto Santo, Joeni Holanda (PP), Genileuda (PT).

O papel diplomático do Vaticano em um mundo em guerra


Força geopolítica da cidade-estado não vem de poder militar, mas de sua capacidade de mediar. Funeral do papa Francisco reforçou essa posição.
Às vésperas do conclave, uma análise do papel diplomático do Vaticano no atual cenário de guerras
FOTO: Aliona & Pasha/Pexels
Vista aérea da cidade-Estado do Vaticano
O Estado da Cidade do Vaticano, apesar de sua reduzida extensão territorial, ocupa uma posição única no sistema internacional moderno. Criado pelo Tratado de Latrão de 1929, assinado entre o Papa Pio XI e o então primeiro-ministro italiano Benito Mussolini, possui um território de apenas 0,44 km², totalmente cercado pelo território italiano: é um enclave. Contudo, sua influência transcende limites geográficos, apoiada no soft power (ou poder brando), na diplomacia e na capacidade histórica de mediação.
Durante o papado de Francisco (2013-2025), o Vaticano ampliou seu protagonismo global, engajando-se mais a pautas contemporâneas como migração, meio ambiente e justiça social. O falecimento do Papa Francisco e os eventos diplomáticos que se desenrolaram em seu funeral trazem novas perspectivas e desafios para o futuro da diplomacia vaticana.
O Vaticano como ator geopolítico
A diplomacia vaticana apoia-se em três pilares fundamentais. O primeiro é a autoridade moral e espiritual. Com mais de 1,4 bilhão de fiéis ao redor do mundo, o Papa é reconhecido como líder espiritual, exercendo influência sobre questões éticas e sociais.
O segundo é a rede diplomática. O Vaticano mantém relações diplomáticas com 183 Estados soberanos e participa de organizações multilaterais. É, inclusive, observador permanente na Organização das Nações Unidas (ONU). E o terceiro pilar é o papel de mediação. Sua neutralidade histórica permite atuar como mediador em conflitos internacionais, geralmente com mais liberdade do que Estados tradicionais.
Essa configuração singular faz do Vaticano um ator relevante mesmo sem possuir instrumentos tradicionais de hard power. Aqui cabe distinguir que hard power é a capacidade de usar a força ou a coerção para atingir objetivos. Isso inclui o poder militar (uso ou ameaça de uso das forças armadas) e o poder econômico (sanções, bloqueios, pressões financeiras). Já soft power é a capacidade de influenciar outros pela atração e pela persuasão, em vez da coerção. Essa influência se dá por meio da cultura, dos valores políticos, da diplomacia, da educação e da imagem positiva de um ator no cenário internacional.
Também é importante esclarecer que o Vaticano congrega dois sujeitos distintos do Direito Internacional: a Santa Sé e o Estado da Cidade do Vaticano. A Santa Sé possui natureza eminentemente religiosa, enquanto o Estado da Cidade do Vaticano tem caráter político. A expressão “Santa Sé”, ou “Sé Apostólica”, representa a Igreja Católica em sua totalidade, razão pela qual sua essência é religiosa. A sede da Igreja está situada dentro dos limites do território do Vaticano, como descrito acima.
Com uma população estimada em torno de 800 habitantes, o Vaticano é liderado pelo Papa, que atua simultaneamente como líder máximo da Igreja Católica (isto é, da Santa Sé) e como Chefe de Estado da Cidade do Vaticano.
Embora seja único no Direito Internacional, o Vaticano é classificado como um Estado teocrático, uma vez que seu governo, tanto em suas ações políticas quanto jurídicas, está subordinado aos princípios de uma fé religiosa. A segurança interna do Vaticano é garantida pela Guarda Suíça Pontifícia, que funciona também como força armada oficial do Estado. Atualmente, a Guarda Suíça Pontifícia mantém cerca de 110 membros, configurando o menor exército do mundo. Com esse exército diminuto, surgiram discórdias. Em 1935, o ditador soviético Joseph Stálin questionou o Papa Pio XII por este condenar a República Soviética pela perseguição a Católicos em terras russas. “Ah, o Papa! Quantas divisões tem o Papa?”, perguntou Stálin. De fato, o Vaticano, neutro por natureza, tem abundância de soft power, mas não possui meios para sustentar hard power.
O papado de Francisco e sua diplomacia global
O Papa Francisco transformou a orientação diplomática do Vaticano. Nos esforços para mitigar os efeitos do aquecimento global, por exemplo, a encíclica “Laudato Si’” (2015) marcou a entrada vigorosa da Igreja Católica nos debates ecológicos internacionais.
Além disso, o Papa defendeu reiteradamente os migrantes e refugiados, elevando essas questões à agenda moral global, criticando políticas para a construção de muros e fechamento de fronteiras. O pontífice também intensificou o diálogo inter-religioso posicionamentos como o “Documento sobre a Fraternidade Humana” (2019), no qual destacou a importância da cooperação entre religiões.
Quanto às mediações, o Papa atuou no restabelecimento das relações diplomáticas entre EUA e Cuba. Além disso, criticou reiteradamente guerras como a da Rússia contra a Ucrânia, as guerras no Oriente Médio, no Sudão e outros conflitos internacionais.
O encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no funeral do Papa, além das conversas de ambos com o presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, foi outra demonstração de como o Vaticano é prestigiado por líderes internacionais e como seu território continua sendo relevante para a mediação de conflitos. Zelensky deixou claro que o acordo com os Estados Unidos sobre um fundo de investimentos para reconstrução da Ucrânia ocorreu após esse encontro.
Desafios para o próximo pontificado
O panorama geopolítico atual é marcado por uma série de conflitos com impactos globais. Entre as principais guerras, destacam-se a invasão russa à Ucrânia; a guerra entre Israel e grupos financiados pelo Irã, como o Hamas em Gaza, o Hezbollah no Líbano, os Houthis no Iêmen e a Jihad Islâmica na Palestina. Há ainda a guerra no Sudão, o conflito no Sahel e a tensão crescente entre China e Taiwan, para citar apenas alguns. O contexto de sistema multipolar fragmentado, com diversas potências regionais e globais disputando influência – Rússia, China, Estados Unidos, União Europeia, Índia, entre outros, somado à corrida armamentista, evidenciam que o próximo Papa terá muito trabalho para fora dos muros da Igreja.
O Vaticano segue como ator geopolítico resiliente, cuja força não depende de poder militar, mas de sua capacidade de mediar. O funeral do Papa Francisco reafirmou essa posição, servindo de palco para importantes movimentos diplomáticos. O futuro da influência vaticana dependerá da escolha de um novo pontífice capaz de interpretar as demandas contemporâneas e manter relevante essa tradição diplomática.
Vitelio Brustolin é pesquisador de Harvard e professor de relações internacionais da Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro
Arthur Ambrogi é mestre em direito político e econômico na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

O Poder da Mensagem

 




Operação Fake Monster

Polícia frustra plano de atentado a bomba em show de Lady Gaga no Rio
Operação Fake Monster identificou tentativa de ataque com explosivos e coquetéis molotov contra o público LGBTQIA+ e adolescentes
Uma operação deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, desarticulou um plano que previa um ataque com bomba durante o show da cantora Lady Gaga no sábado (3). A ação resultou na prisão de um homem no Rio Grande do Sul e na apreensão de um adolescente no Rio de Janeiro, segundo o g1.
A ofensiva, batizada de “Operação Fake Monster”, teve origem em uma investigação que monitorava grupos digitais que promoviam discursos de ódio e incentivavam ataques violentos. As autoridades apuraram que os alvos estavam recrutando inclusive menores de idade para participar de ações coordenadas com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov.
Segundo os investigadores, o plano era apresentado como um “desafio coletivo” nas redes sociais, buscando visibilidade e repercussão. O público-alvo dos ataques seriam, sobretudo, crianças, adolescentes e pessoas da comunidade LGBTQIA+.
O homem preso em flagrante seria o principal articulador do grupo e foi detido por porte ilegal de arma de fogo em São Sebastião do Caí, no Rio Grande do Sul. Já o adolescente apreendido é investigado por armazenar pornografia infantil em dispositivos eletrônicos.
A operação cumpriu ao todo 15 mandados de busca e apreensão contra nove suspeitos, em diferentes localidades do país: Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias e Macaé (RJ); Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista (SP); São Sebastião do Caí (RS); e Campo Novo do Parecis (MT). Durante as diligências, foram apreendidos aparelhos eletrônicos e materiais que agora passarão por análise.
Conforme divulgado, os investigados utilizavam plataformas digitais para radicalizar adolescentes e disseminar conteúdos criminosos como pedofilia, automutilação, violência extrema e incentivo ao ódio — tudo isso sob uma lógica de pertencimento a grupos extremistas virtuais.
Participaram da ação agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da 19ª Delegacia de Polícia (Tijuca), além do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça.

Opinião

 


Lady Gaga - entre o amor dos fãs e o ódio dos terroristas
O ódio é patriarcal, capitalista, racista, capacitista e politicamente delirante. Ele afeta as massas, mas sempre há aproveitadores por trás das massas iludidas.
Por Márcia Tiburi (Escritora)
Tão bonita a movimentação carnavalesca de Lady Gaga e de toda a população que gosta dela. Combina com o espírito de festa do Rio de Janeiro cujo turismo vai muito mal desde os tempos de Bolsonaro, com o espírito de arte e da alegria do Brasil democrático e também dos direitos da população LGBTQIA+, cada vez mais atacada desde a retomada do fascismo governamental de Trump. Pena que haja o ódio e que tanta gente ganhe dinheiro, poder e compensação emocional com ele. Pena que haja essas organizações criminosas digitais cooptando jovens homens mal resolvidos e desejando fazer parte de uma comunidade, sedentos de pertencimento a qualquer preço. Incrível como o patriarcado se move pela pulsão de morte e como, nele, se criam bandidos para servir ao jogo do poder. O ódio é patriarcal, capitalista e racista, capacitista e politicamente delirante. Ele afeta as massas, mas sempre há aproveitadores por trás das ações de massas encantadas e iludidas.
O grupo que organizou o atentado no Rio era, segundo a polícia, liderado por um homem que vivia no RS e tinha porte ilegal de armas. Um adolescente (?) que foi preso armazenava pornografia infantil, segundo se pode ler nos noticiários até o momento. Vários mandados de busca e apreensão aconteceram no Rio, SP, RS e Mato Grosso. Segundo o Ministério da Justiça, havia perfis falsos chamados “Little Monsters” simulando serem fãs de Lady Gaga. Um verdadeiro jogo de sedução e aliciamento de gente sem nenhuma noção, inclusive de que poderiam ser pegos em ação.
A era das fake news converge com a era dos golpes, do aliciamento e da enganação.
De um lado, a festa. De outro, os planos terroristas para acabar com ela. Por que essa divisão? Que polarização social é essa? A mesma de sempre: de um lado, Eros (a impulsão para a vida), o amor, a alegria; de outro, Tânatos (a impulsão da morte), o ódio e os afetos invejosos.
Que faremos com isso tudo? Como vamos proteger os jovens? Como vamos proteger a nós mesmos? Quantos mais não estamos vendo enquanto grupos de machistas organizados seguem trancados em seus gabinetes atraindo meninos trancafiados em seus quartos diante de computadores, abandonados e encontrando no ódio a única compensação conhecida?
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247,publicando o texto originalTão bonita a movimentação carnavalesca de Lady Gaga e de toda a população que gosta dela. Combina com o espírito de festa do Rio de Janeiro cujo turismo vai muito mal desde os tempos de Bolsonaro, com o espírito de arte e da alegria do Brasil democrático e também dos direitos da população LGBTQIA+, cada vez mais atacada desde a retomada do fascismo governamental de Trump. Pena que haja o ódio e que tanta gente ganhe dinheiro, poder e compensação emocional com ele. Pena que haja essas organizações criminosas digitais cooptando jovens homens mal resolvidos e desejando fazer parte de uma comunidade, sedentos de pertencimento a qualquer preço. Incrível como o patriarcado se move pela pulsão de morte e como, nele, se criam bandidos para servir ao jogo do poder. O ódio é patriarcal, capitalista e racista, capacitista e politicamente delirante. Ele afeta as massas, mas sempre há aproveitadores por trás das ações de massas encantadas e iludidas.
O grupo que organizou o atentado no Rio era, segundo a polícia, liderado por um homem que vivia no RS e tinha porte ilegal de armas. Um adolescente (?) que foi preso armazenava pornografia infantil, segundo se pode ler nos noticiários até o momento. Vários mandados de busca e apreensão aconteceram no Rio, SP, RS e Mato Grosso. Segundo o Ministério da Justiça, havia perfis falsos chamados “Little Monsters” simulando serem fãs de Lady Gaga. Um verdadeiro jogo de sedução e aliciamento de gente sem nenhuma noção, inclusive de que poderiam ser pegos em ação.
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A era das fake news converge com a era dos golpes, do aliciamento e da enganação.
De um lado, a festa. De outro, os planos terroristas para acabar com ela. Por que essa divisão? Que polarização social é essa? A mesma de sempre: de um lado, Eros (a impulsão para a vida), o amor, a alegria; de outro, Tânatos (a impulsão da morte), o ódio e os afetos invejosos.
Que faremos com isso tudo? Como vamos proteger os jovens? Como vamos proteger a nós mesmos? Quantos mais não estamos vendo enquanto grupos de machistas organizados seguem trancados em seus gabinetes atraindo meninos trancafiados em seus quartos diante de computadores, abandonados e encontrando no ódio a única compensação conhecida?
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
Lady Gaga faz show histórico na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Tita Barros)

Deputados querem reunião com Elmano sobre combate ao crime após morte de empresário

Nota divulgada pelo deputado federal Moses Rodrigues (União Brasil) manifestou repúdio em relação ao assassinato do empresário Vinícius Cunha Batista, morto a tiros na última quarta-feira (30), enquanto saía de uma padaria no bairro Parque Manibura, em Fortaleza. O texto é assinado por Moses, que é o coordenador da bancada do Ceará no Congresso Nacional, e aponta representar "a maioria dos parlamentares da bancada cearense". A nota foi publicada nas redes sociais de Moses e do deputado federal Luiz Gastão (PSD).

Natural de Limoeiro do Norte, Vinícius era empresário do ramo de comunicação, sendo proprietário da Rádio Uirapuru Jaguaribana e comandava empresas como a Provale (iluminação pública), a Serven Tech e a MAVI Distribuidora. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A nota expressa "indignação e repúdio" ao assassinato do empresário e diz que Vinícius foi morto por ordem do crime organizado, em razão de disputar licitações públicas em municípios do Ceará, na área de iluminação pública, "o que se constitui em absoluta inversão e usurpação da ordem pública, em afronta aos poderes constituídos".
Segundo o texto, os parlamentares vão solicitar um encontro com o governador Elmano de Freitas (PT) para discutir o combate ao crime. "Para discutirmos soluções que possam coibir a ação do crime organizado no nosso estado, inclusive na política, vamos solicitar ao governador Elmano de Freitas uma reunião em caráter de urgência, em respeito à população cearense, aos princípios democráticos e às constituições federal e estadual".
Pelo visto os motivos e quem mandou matar Vinícius já são conhecidos.

Dia dos Trabalhadores


A Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) realiza nesta segunda-feira (05) a partir das 17h, no Plenário 13 de Maio, sessão solene em comemoração ao Dia Internacional dos Trabalhadores, comemorado em diversos países em 1º de maio. A solenidade atende à solicitação do deputado estadual De Assis Diniz (PT). Conforme o deputado, a data remete a uma greve de 1886 nos Estados Unidos por melhores condições de trabalho. O episódio serviu de inspiração a outras manifestações em busca de direitos, em seguida reconhecidos em leis e constituições pelo mundo.

Bom dia


Coluna do Macário Batista em 05 de maio de 2025

As esquisitices e jogadas da política (I)
Demissão de Lupi é parte de uma ação coordenada contra Lula e tem como objetivo viabilizar a candidatura de Ciro Gomes. O primeiro objetivo da oposição foi alcançado. O segundo é afastar o PDT da base do governo e viabilizar uma candidatura alternativa. A demissão, a pedido, de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social vai muito além da responsabilização por falhas na gestão do INSS. Segundo Leonardo Attuch, editor chefe do 247, trata-se de um movimento político orquestrado, com claros objetivos eleitorais e estratégicos. O bombardeio promovido pela imprensa corporativa, que hoje é um pilar central da oposição, tem como meta enfraquecer o projeto de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, fragilizar a aliança com o PDT e abrir caminho para o reposicionamento político de Ciro Gomes, com uma eventual candidatura alternativa de “centro-esquerda” no próximo ano. Ainda que Lupi não figure como investigado na operação da Polícia Federal, a narrativa construída pelos grandes veículos de comunicação foi a de um escândalo irreparável e de uma demissão inevitável. Houve uma sincronia evidente entre editoriais, colunistas e comentaristas de grandes grupos de mídia, todos empenhados em criar um clima de condenação moral. Nesse contexto, a queda de Lupi deixou de ser um fato administrativo para se converter em um ato simbólico: o início de uma tentativa de reconfiguração da base aliada de Lula, com efeitos diretos sobre o cenário eleitoral de 2026. A engenharia política por trás da crise foi revelada por um comentário do jornalista Octavio Guedes, da GloboNews. De acordo com ele, setores ligados a Ciro Gomes interpretam a demissão como uma “oportunidade” para o rompimento do PDT com o governo. Trata-se de uma sinalização clara: há, dentro do partido, forças interessadas em reposicionar Ciro como uma candidatura “alternativa” a Lula, ainda que a serviço de interesses historicamente ligados às elites econômicas.
A frase: "Você só morre quando esquecerem de você". Quem disse isso, morreu.
Casal da educação (Nota da foto)
Veveu Arruda e Isolda Cela estão em Stanfort, na California. Pesquisam sobre educação pública, no que pese serem referência na educação do Brasil. De Sobral a Stanford, Izolda levou na bagagem o currículo impecável e a mágoa contida de quem entregou tudo — e recebeu silêncio e negativas como resposta. Boa cabrita, não berra. Vem da Praça João Pessoa.
Compromisso
Dia 21 deste mês de maio, o Salão Nobre do Ideal Clube deverá receber grande publico. Na noite será lançado o livro de Juarez Leitão com a biografia do saudoso amigo, deputado Paes de Andrade.
Morreu Mauricio Xerez
Foi editor de jornal, marchand em obras, principalmente de Chico da Silva e, ao voltar pra terra natal, Ipu, plantou uvas e chegou a vice-prefeito. Mauricio começou na imprensa na Rádio Tupinambá de Sobral, como rádio-escuta, era 1962.
Riquinhos se mandam
Insegurança urbana, temor fiscal, instabilidade política e econômica, qualidade de vida. Diz que é a busca de milionários brasileiros por infraestrutura, saúde e educação de padrão internacional. Indo pra Portugal.
As facções chegam ao sertão
No pé da Serra Grande, no Graça, município de 15 mil habitantes, até agora pacato e feliz, a falta de sossego chegou. As facções, duas, disputam a hegemonia da internet. Ou assina com eles ou fica sem. Tá muito ótimo!!!
Esse tem bala
Do Vale do Acaraú vem a notícia que de o prefeito Roger Aguiar, do Marco, é candidatíssimo a deputado federal ano que vem. Filho de Rogério Aguiar, ex-deputado estadual está na cota dos federais que Cid Gomes quer.
Do Novo Caged
No Ceará, apesar de o desempenho em março ter ficado negativo em 2.621 postos, o estado apresenta resultado positivo na geração de empregos com carteira assinada no primeiro trimestre, com 3.411 novas vagas com carteira assinada entre janeiro e março.

Governador Elmano de Freitas visita Orós e celebra sangria do açude após 14 anos



Neste domingo (4), o Governador do Ceará, Elmano de Freitas, esteve no município de Orós para acompanhar de perto um momento histórico: a sangria do Açude Orós, que voltou a ocorrer após 14 anos. A visita aconteceu a convite do deputado estadual Simão Pedro e da prefeita Teresa Cristina.
A comitiva que acompanhou o governador contou com a presença do presidente da Assembleia Legislativa, Romeu Aldigueri, deputados federais e estaduais, prefeitos do Vale do Salgado e Centro-Sul, secretários estaduais, vereadores da região e demais autoridades locais.
Durante a visita, Elmano de Freitas concedeu entrevista à rádio Orós FM, destacando a importância estratégica do Açude Orós para o abastecimento de água, a agricultura e a vida econômica de toda a região, reafirmando o compromisso do Governo do Estado com a valorização do interior cearense.
Ao final da programação, as autoridades participaram de um momento de confraternização e saborearam a tradicional peixada do Orós, com direito a baião de dois, pirão, tilápia e tucunaré - pratos típicos que celebram a cultura e a identidade gastronômica do povo oroense.
Fotos: Anderson Oliveira e Edson Gomes.

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