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Ceará Sem Fome ganha mais recursos, com 10% do FDID

Medida foi aprovada pela Alece com tramitação em regime de urgência. Votação gerou discussão sobre resultados das políticas de combate à fome
A Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) aprovou nessa terça-feira (27) um incremento de recursos para o Ceará Sem Fome, programa estadual de combate à insegurança alimentar. O projeto de lei complementar 8/2025, enviado pelo Governo do Estado e aprovado pelo Legislativo, permite que 10% da receita mensal do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos do Estado do Ceará (FDID) seja transferido ao Tesouro estadual para a execução de ações do Ceará Sem Fome.
Gerido pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), esse fundo reúne recursos destinados a "fortalecer e resguardar as políticas de promoção e de defesa dos direitos difusos da coletividade, buscando assegurar o desenvolvimento social e a melhoria da qualidade de vida da população".
A medida aprovada pela maioria dos deputados estaduais altera a Lei Complementar n.º 46, de 15 de julho de 2004, que criou o FDID e o Conselho Estadual Gestor do Fundo, para mudar o percentual direcionado ao programa de combate à fome.
Além disso, o PLC aprovado autoriza, excepcionalmente em 2025, a destinação de R$ 15 milhões dos recursos do FDID para aplicação em ações do Ceará Sem Fome. A matéria também permite o repasse de R$ 17 milhões dos recursos do FDID para o Fundo de Reaparelhamento e Modernização do Ministério Público do Ceará.
O projeto tramitou em regime de urgência e foi aprovado com 27 votos favoráveis e seis contrários. Agora, segue para sanção do governador Elmano de Freitas (PT).
Entre as críticas de deputados da oposição que votaram contra a proposta, Sargento Reginauro (União Brasil) questionou sobre a necessidade prevista em lei de haver um plano de trabalho para a execução do recursos. O líder do governo, deputado estadual Guilherme Sampaio (PT), negou haver essa determinação. Ele apontou que é o comitê gestor do FDID que analisa os projetos e os seleciona para a destinação dos recursos.
"O que nós estamos alterando aqui é apenas os percentuais de composição do Fundo. Não há nenhuma exigência legal de que haja neste momento a apresentação de qualquer projeto. Essa apresentação é feita na hora em que o Fundo recebe a solicitação. Aí sim faz-se uma análise técnica, emite-se um parecer e o recurso é liberado", falou Sampaio.
Ainda como justificativa pelo voto contrário, a oposição também questionou a efetividade das políticas de combate à fome no estado. A discussão foi puxada também por Reginauro.
"Não se resolve o problema da fome entregando quentinha. Enquanto a gente não der condição desse pessoal sair dessa condição de miséria, que é onde o PT colocou esse povo... E aí continua esse discurso toda a vida. As promessas vão ficando pelo caminho e o problema do estado do Ceará vai continuando sempre o mesmo".
O líder de Elmano defendeu as políticas de combate à fome, atribuindo como resultado do Ceará Sem Fome dados recentes que indicaram que 624 mil pessoas no Ceará deixaram a pobreza e a extrema pobreza nos últimos dois anos. Também argumentou que o programa apresenta uma "porta de saída" e lembrou as mais de 400 pessoas formadas no curso de Panificação Social em cerimônia na segunda-feira (26), com a presença da primeira-dama Janja da Silva.
"O Ceará Sem Fome está cumprindo plenamente os objetivos para os quais ele foi criado. Esse serviço é prestado por milhares de pessoas nas mais de 1.300 cozinhas comunitárias no Ceará, com os cartões que beneficiam 50 mil pessoas em R$ 300 por mês e, associada a isso, a chamada porta de saída. As cozinhas do Ceará Sem Fome não só são um lugar de acolhimento, cuidado, segurança alimentar, mas também de preparação para o mercado de trabalho. É esse tipo de política que o Ceará precisa, que o Brasil precisa, que demonstra cuidado e, ao mesmo tempo, se associa à necessidade das pessoas de se prepararem para o mercado de trabalho para amanhã não precisarem mais do Ceará Sem Fome".
Por Igor Magalhães
Foto do Dario Gabriel

Trump suspende novos vistos para estudantes estrangeiros

 


Medida do governo dos EUA interrompe agendamentos consulares e amplia triagem em redes sociais, afetando universidades como Harvard e provocando protestos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou a suspensão dos agendamentos de novos vistos para estudantes e visitantes de intercâmbio estrangeiros, como parte de uma nova diretriz que prevê o endurecimento da triagem de redes sociais desses solicitantes. A medida foi revelada em primeira mão pela agência Reuters, que teve acesso a um memorando interno do Departamento de Estado assinado pelo secretário Marco Rubio.
No documento, Rubio instrui que todas as missões diplomáticas norte-americanas interrompam a marcação de novas entrevistas para os vistos das categorias F, M e J — voltados a estudantes e intercambistas. “O Departamento está conduzindo uma revisão das operações e processos existentes de triagem e verificação de solicitantes de vistos estudantis e de intercâmbio e, com base nessa revisão, pretende emitir orientações sobre a ampliação da triagem de redes sociais”, afirma o memorando.
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Ainda segundo o texto, entrevistas que já foram agendadas poderão ser mantidas, mas as vagas ainda disponíveis devem ser retiradas do sistema. A nova política exigirá ajustes nas operações consulares e reavaliação de recursos humanos, com foco prioritário nos serviços para cidadãos norte-americanos, emissão de vistos de imigrante e combate a fraudes.
A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, não confirmou diretamente o conteúdo do memorando, mas reforçou que o país está comprometido com medidas rigorosas de segurança. “Vamos continuar utilizando todos os instrumentos que pudermos para avaliar quem está vindo para cá, seja estudante ou outro visitante”, declarou a jornalistas.
A decisão se insere no contexto mais amplo da política anti-imigração adotada no segundo mandato de Donald Trump. O governo norte-americano tem aumentado as tentativas de deportação de estudantes estrangeiros e ameaçado revogar vistos e autorizações de permanência de quem manifesta apoio à causa palestina ou crítica à atuação de Israel na guerra de Gaza — ações que, segundo o governo, ameaçariam a política externa dos EUA e estariam alinhadas ao Hamas.
Essas medidas provocaram forte reação no meio acadêmico. Em Harvard, centenas de estudantes e professores protestaram contra a política migratória do governo e em apoio aos alunos estrangeiros, que representam cerca de 27% do corpo discente da universidade. Na semana anterior, a administração Trump já havia tentado revogar a autorização da universidade para receber estudantes internacionais, em uma ofensiva que ameaça a reputação global do ensino superior norte-americano.
Um dos casos mais graves envolveu uma estudante turca da Tufts University, que ficou detida por mais de seis semanas em um centro de imigração na Louisiana após coassinar um artigo de opinião criticando a resposta de sua universidade à guerra em Gaza. Ela só foi libertada depois que um juiz federal concedeu-lhe fiança.
Organizações de defesa dos direitos civis têm denunciado as ações do governo como ataques à liberdade de expressão, garantida pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos. Críticos apontam que a repressão às manifestações políticas de estudantes estrangeiros representa uma grave ameaça aos princípios democráticos do país.

O dia


Esse tempo anda esquisito. O nascer dos dias anda muito parecido com os outros. As imagens das manhãs fazem pensar que tem um Dedo querendo confundir ou levar o capítulo da novela da vida para um desfecho do tipo. Quem não matou Odete Roithman. Quem cuidou de não fazer inimigo até aqui, cuide pra manter a ordem interior. E muito cuidado...a vida tá cheia de escorpiões na beira d'água querendo lhe fazer de sapo na travessia do rio da sua existência.

Capa do jornal OEstadoCe

 


O Poder da Mensagem

 


Aldigueri celebra criação de fundo de apoio a políticas para pessoas com TEA

 


O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), deputado estadual Romeu Aldigueri (PSB), celebrou e defendeu nessa terça-feira (27) a proposta de sua autoria que cria o Fundo Estadual de Apoio ao Transtorno do Espectro Autista (FEATEA), destinado a garantir recursos específicos para a promoção do bem-estar, inclusão social e suporte contínuo às pessoas com TEA no Ceará.

"O FEATEA é mais que um avanço legislativo — é um compromisso com a inclusão, o respeito e a dignidade das pessoas com autismo e suas famílias. Estamos construindo, juntos, uma política de Estado que enxerga o TEA como prioridade permanente", destacou Aldigueri pelas redes sociais.
Pela proposta, os recursos do Fundo devem ser destinados a ações como apoiar a implementação de centros de atendimento especializado; financiar a capacitação de profissionais da saúde, educação e assistência social para o atendimento adequado às necessidades de pessoas com TEA; subsidiar a aquisição de equipamentos e materiais específicos utilizados no tratamento e educação de pessoas com autismo; promover ações de conscientização e informação sobre o tema para a população em geral e apoiar a pesquisa científica relacionada ao TEA.
Ainda segundo Aldigueri, a instituição do novo fundo representa uma ação afirmativa necessária para a promoção da justiça social, igualdade de oportunidades e melhoria da qualidade de vida das pessoas com Transtorno do Espectro Autista no Ceará. "A aprovação deste projeto representa um passo significativo em direção à concretização de um estado mais inclusivo e atento às necessidades de todos os seus cidadãos", diz o deputado na proposta.
Aprovada na Alece como projeto de indicação, a medida seguiu para sanção do governador Elmano de Freitas (PT). Agora, cabe ao Governo do Estado, se concordar, transformar a proposta em mensagem para nova análise da Assembleia.


Coluna do Macário Batista em 28 de maio de 2025



Bloqueio de emendas parlamentares atinge, também, municípios do Ceará; medida é do ministro do STF, Flávio Dino
O ano de 2024 está chegando ao fim, mas a polêmica sobre os recursos das emendas parlamentares ao orçamento da União continua longe do fim e a novela tem mais um capítulo. Dessa vez, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, determinou o bloqueio de R$ 4,2 bilhões em emendas. A medida atinge municípios do Ceará que são beneficiados com verbas das emendas parlamentares. Na decisão, como conta, no Jornal Alerta Geral, determinou que o Ministério da Saúde notifique os gestores estaduais e municipais sobre o destino das verbas de emendas parlamentares liberadas nos últimos dias. Segundo, ainda, a determinação, os gestores devem manter bloqueados nas contas os recursos recebidos de transferências fundo a fundo e que abram, imediatamente, contas específicas para cada emenda parlamentar na área da saúde. Simultânea a essa medida, a AGU (Advocacia Geral da União) deve informar no prazo de 10 dias os montantes empenhados, as modalidades de emenda parlamentar, autores dos pedidos e os responsáveis pela liberação do dinheiro. Como pode o carissimo leitor sacar, essa notícia é de dezembro do ano passado. E ela volta pra que a gente pergunte: Isso está sendo cumprido? Quem pode informar, ou responder a essa pergunta? Cavalo dado se olha os dentes, sim.

A frase: "O desconfiado morreu de velho". Pensamento popular muito usado por macaco velho que não mete a mão em cumbuca.

Filha-de-santo vence processo e cola grau de branco: 'Respeito à religião'(nota da foto)
A colação de grau de Gleidiane Mascena de Assis, ou só Gleid, 33, no curso de pedagogia pela UFS (Universidade Federal de Sergipe), foi mais que um ato para receber o diploma. Para vestir uma beca branca, feita especialmente para a cerimônia da quarta-feira (21), ela precisou vencer um processo interno e assim ter respeitada sua espiritualidade ligada ao candomblé.

Foram disponibilizadas 300 vagas
A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, por meio da Unipace, lança o Aprova+ Alece, curso gratuito e inclusivo voltado à preparação para concursos públicos. A iniciativa busca ampliar o acesso ao serviço público, promovendo inclusão social e formação cidadã de forma sólida e acessível.
Na porta de casa
Humberto Castro, irmão do senador Marcelo Castro (MDB-PI), conseguiu um contrato de R$ 205 milhões para construir uma barragem em Cocal, no Piauí, colado no Ceará, com recursos do novo PAC no Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.
Inabilitados em massa
O Idepi (Instituto de Desenvolvimento do Piauí) escolheu a Construtora Ótima para fazer a obra em junho de 2024, após todos os concorrentes terem sido inabilitados por não atenderem às condições do edital, exceto a construtora de Humberto Castro.
Então tá
A Ótima teria concorrido sozinha se outra empresa, a Novatec, não tivesse recorrido à comissão de licitação para apresentar sua proposta. Ela acabou em segundo lugar, oferecendo o serviço por R$ 206,3 milhões. A Ótima propôs R$ 205,2 milhões.
Cerco à ladroagem
O Banco Central anunciou um novo sistema que permitirá ao cidadão comunicar que não deseja abrir novas contas bancárias em seu nome. A medida visa evitar fraudes envolvendo abertura de contas falsas ou inclusão indevida em contas conjuntas.




Bom dia

 

Daniel Carvalho de Paula é Doutor em História e professor do curso de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Opinião
A espetacularização do desrespeito no Senado faz nova vítima: a ministra Marina Silva
O episódio envolvendo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante a sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado nesta terça-feira (27), é mais do que um simples embate político, trata-se de um caso grave de desrespeito institucional e violência de gênero em um espaço público de poder.
Diante de uma tentativa sistemática de silenciamento da ministra por parte do senador Marcos Rogério (PL-RO), que não apenas cortou seu microfone em diversas ocasiões, houve também o uso de uma linguagem autoritária ao afirmar: “Se ponha no teu lugar”. Essa fala, mesmo com a posterior tentativa de relativização, carrega um histórico simbólico que remete à tentativa de subordinar mulheres em ambientes de poder.
A situação agravou-se com a declaração do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que defendeu que a “mulher merece respeito e a ministra, não”, dissociando de forma perversa a figura de Marina como mulher e como autoridade pública, como se os direitos fundamentais de respeito e dignidade fossem condicionais ao cargo que se ocupa. Pior ainda é o fato de que esse mesmo senador, em março, declarou que tinha “vontade de enforcar” a ministra, fala de caráter inaceitável em qualquer ambiente, ainda mais em uma casa legislativa.
A postura de Marina Silva contrasta com o tom beligerante e pessoal adotado por alguns parlamentares. É relevante lembrar que a ministra tem reconhecimento internacional por sua trajetória na defesa do meio ambiente, sendo, inclusive, indicada ao Prêmio Nobel da Paz. Desqualificá-la em termos pessoais compromete a legitimidade democrática dos debates no Senado. A naturalização da violência simbólica, verbal e política contra mulheres em espaços institucionais representa um retrocesso inaceitável no processo democrático.
O que se viu no Senado não foi um embate de ideias sobre políticas ambientais, mas um embate performático, no qual a autoridade da ministra foi atacada por meio de estratégias retóricas que apelam ao preconceito e à intimidação.
É urgente resgatar a sobriedade no exercício da política. O Parlamento precisa ser um espaço em que o contraditório seja exercido com civilidade, e onde as figuras públicas, especialmente
mulheres, possam atuar sem serem alvos de ofensas ou ameaças. veladas. O caso de Marina Silva não diz respeito apenas a ela: é um espelho de como tratamos nossas instituições, nossas lideranças e, em última instância, a nossa própria democracia.

Capa do jornal OEstadoCe

 


Lideranças do PSD Ceará participam de encontro do partido com Kassab e Tarcísio


Lideranças cearenses do Partido Social Democrático (PSD) participaram de um encontro em São Paulo no último domingo (25) que reuniu a cúpula do partido e demais lideranças, com nomes que vão de ministros do presidente Lula (PT) a governadores cotados para disputar a Presidência da República na eleição de 2026. O momento – conduzido pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab – também celebrou a filiação do ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, que ocorreu nessa segunda-feira (26).

Do Ceará, estiveram presentes o ex-vice-governador do estado, Domingos Filho, que também é presidente estadual do PSD; o deputado federal Domingos Neto e a prefeita de Tauá, Patrícia Aguiar. O PSD é um dos principais aliados do PT no Ceará, estando na base do governador Elmano de Freitas (PT), inclusive ocupando a Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE), que tem como titular o próprio Domingos Filho.

Em Fortaleza, o PSD é um dos principais parceiros do governo do prefeito Evandro Leitão (PT). Gabriella Aguiar, filha de Domingos, é a vice-prefeita e secretária dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Capital.

Já a nível nacional, o PSD busca formar uma frente política de centro e centro-direita para enfrentar o PT na eleição para Presidência da República no próximo ano. Quem também participou do encontro de domingo foi o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), recebido como convidado especial do evento. Ele é cotado para ser candidato a presidente com apoio do PSD.