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'Suprema humilhação', diz Bolsonaro após colocar tornozeleira eletrônica
Do UOL, em São Paulo
Jair Bolsonaro (PL) fala com jornalistas após colocar a tornozeleira eletrônica
Imagem: Reprodução/CNN
"Suprema humilhação", disse o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos jornalistas por ao menos quatro vezes, momentos após colocar a tornozeleira eletrônica na Seap (Secretaria de Administração Penitenciária), em Brasília.
O que Bolsonaro disse
Ele explicou que se trata de um novo inquérito, em que o seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), é investigado.
É um novo inquérito do meu filho Eduardo, pela acusação são 12 anos de cadeia contra ele.
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Acredito que Eduardo vai continuar nos EUA, se ele vier para cá vai ter problemas.
Repetiu o discurso de que não tentou dar um golpe de Estado:
Nada de concreto existe ali, não tem prova de nada. Um golpe no domingo, sem Forças Armada, golpe de festim...
No mais nunca pensei em sair do Brasil, [ir para] embaixada. Mas as cautelares são em função disso, tenho horário para ficar na rua. Objetivo é a suprema humilhação.
Ex-presidente Jair Bolsonaro
E falou que não iria fugir.
Nunca pensei em sair do Brasil.
Apesar da fala, Bolsonaro ficou na embaixada da Hungria em Brasília, em fevereiro de 2024. Em 8 de fevereiro do ano passado, a PF apreendeu o passaporte de Bolsonaro, e o premiê de extrema direita húngaro, Viktor Orban, publicou uma mensagem de solidariedade a ele nas redes sociais. Na mesma semana, no dia 12, Bolsonaro foi à embaixada acompanhado de seguranças e passou dois dias no local.
A operação da PF contra Bolsonaro
O ex-presidente foi alvo de uma operação da Polícia Federal, após ordem de Alexandre de Moraes. O ministro do STF tirou o sigilo de decisão que impõe tornozeleira, censura e recolhimento noturno ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Veja aqui o documento.
As medidas cautelares determinadas por Moraes:
uso de tornozeleira eletrônica;
recolhimento domiciliar das 19h às 6h e aos finais de semana;
está proibido de se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros;
não pode se aproximar de embaixadas (em novembro de 2024, Bolsonaro disse ao UOL que era vítima de perseguição e não descartou se refugiar em uma embaixada em caso de prisão decretada ao final do processo penal);
está proibido de ter contato com outros réus e investigados;
não pode ter acesso às redes sociais.
A suspeita é de crimes de coação no curso do processo, obstrução à Justiça e ataque à soberania nacional. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão nas casas do ex-presidente em Brasília e no Rio de Janeiro e à sede do PL.
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A PF solicitou a operação em 11 de julho, dois dias após Trump anunciar o 'tarifaço' contra o Brasil. A PGR (Procuradoria-geral da República) deu parecer favorável à representação da PF, e Moraes determinou o cumprimento.
A Polícia Federal cumpriu, nesta sexta-feira (18/7), em Brasília, dois mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal, no âmbito da PET n.º 14129.
Polícia Federal, em nota

E foi?

 PF apreende US$ 14 mil na casa de Bolsonaro

Investigadores apuram se a quantia teria ligação com uma eventual fuga.
247 - Durante operação realizada nesta sexta-feira (18), a Polícia Federal (PF) apreendeu US$ 14 mil na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. Segundo a CNN Brasil, os investigadores devem apurar se a quantia em dólares teria ligação com uma eventual tentativa de fuga por parte de Bolsonaro.
A operação também incluiu o cumprimento de mandados de busca e apreensão na sede nacional do Partido Liberal, também localizada na capital federal. De acordo com o g1, o celular do ex-presidente foi apreendido.
Por determinação de Moraes, o ex-presidente deverá passar a usar tornozeleira eletrônica e cumprir recolhimento domiciliar no período noturno e aos fins de semana. Jair Bolsonaro está ainda proibido de utilizar redes sociais, bem como de se comunicar com embaixadores, diplomatas estrangeiros, outros réus e investigados no caso.
A operação da PF foi autorizada após parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), no âmbito de investigações pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução à Justiça e ataque à soberania nacional.

URGENTE: STF reconhece risco de fuga e impõe uso de tornozeleira eletrônica a Jair Bolsonaro

 


Jair Bolsonaro foi alvo nesta sexta-feira de operação de busca e apreensão da Polícia Federal.
247 - O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta sexta-feira (18) a imposição de uma série de medidas cautelares contra Jair Bolsonaro (PL), entre elas o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica. A decisão, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, foi acompanhada da autorização para que a Polícia Federal (PF) cumprisse mandados de busca e apreensão na casa de Bolsonaro, em Brasília, e no escritório do PL.
Durante a operação, a PF apreendeu US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie na residência do ex-presidente. Segundo revelou a CNN Brasil, a suspeita é de que a quantia em dólares pudesse ser utilizada em uma eventual tentativa de fuga. A PF também localizou um pen drive escondido no banheiro da casa de Bolsonaro e uma cópia da petição inicial da rede social Rumble contra Moraes — conforme revelou O Globo.
Além da tornozeleira eletrônica, Bolsonaro está proibido de acessar redes sociais, deve cumprir recolhimento domiciliar noturno entre 19h e 7h e está impedido de manter contato com outros investigados ou réus no STF, dentre eles seu próprio filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A Polícia Federal sustenta que Jair Bolsonaro teria financiado uma operação internacional contra a soberania nacional e a independência dos Poderes, segundo apurou o jornalista Valdo Cruz, do g1. Conforme a investigação, tal ofensiva teria surtido efeitos concretos com o tarifaço recentemente anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. A articulação teria sido conduzida por Eduardo Bolsonaro, com repasses de recursos feitos diretamente por seu pai.
Os ministros do STF consideram haver risco real de evasão por parte de Bolsonaro. Havia, nos bastidores da Corte, o temor de que ele solicitasse asilo político ao presidente norte-americano, Donald Trump.
Com a medida, Jair Bolsonaro passa a ser monitorado em tempo integral, como forma de garantir a efetividade das investigações em andamento e impedir qualquer tentativa de fuga.

Tem coisa ai!!! Tem coisa ai!!

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Trump insiste em que Brasil 'mude de rumo' e Lula rebate: 'chantagem inaceitável'
Em um novo capítulo da escalada entre Brasil e Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou nesta quinta-feira (17) de "chantagem inaceitável" a ameaça tarifária a seu país de Donald Trump, que horas antes havia insistido em que o governo brasileiro "mude de rumo" e "deixe de atacar" Jair Bolsonaro.
Em 9 de julho, o presidente americano anunciou tarifas punitivas de 50% sobre os produtos brasileiros, e as justificou por uma suposta "caça às bruxas" no Brasil contra o ex-presidente Bolsonaro, julgado por uma suposta tentativa de golpe em 2022.
Em um pronunciamento em rede nacional sob o título de "Brasil Soberano", Lula chamou "alguns políticos brasileiros" de "traidores da pátria", que dão "apoio" à pressão de Trump sobre a economia do Brasil.
"Não é um gringo que vai dar ordem a um presidente da República", disse, anteriormente, o governante brasileiro em um ato oficial.
Lula reafirmou que seguirá "apostando nas boas relações diplomáticas e comerciais", mas advertiu que "o Brasil tem um único dono – o povo brasileiro".
Mais cedo, Trump insistiu em que o governo Lula "mude de rumo" e "deixe de atacar" Bolsonaro, em uma carta destinada ao ex-presidente brasileiro divulgada em sua plataforma Truth Social.
Bolsonaro enfrenta um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente ter tentado impedir a posse de Lula depois que o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) o derrotou nas eleições de 2022.
Se for considerado culpado, Bolsonaro pode pegar até 40 anos de prisão.
- 'Tratamento terrível' -
"Tenho acompanhado o tratamento terrível que você [Bolsonaro] está recebendo de um sistema injusto voltado contra você. Esse julgamento deveria terminar imediatamente!", escreveu Trump na carta a Bolsonaro.
"Expressei firmemente minha desaprovação, tanto publicamente como através de nossa política tarifária", acrescentou.
O presidente republicano de 79 anos também afirma estar "muito preocupado com os ataques à liberdade de expressão, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, provenientes do atual governo".
Nisso, ele parece fazer referência a um bloqueio no Brasil, por decisão judicial, do Rumble, uma plataforma para compartilhar vídeos popular entre grupos conservadores que se negou a suspender a conta de um usuário brasileiro residente nos Estados Unidos e investigado pela Justiça brasileira por difundir desinformação.
"Não me surpreende vê-lo liderando as pesquisas", afirmou Trump sobre Bolsonaro, embora Lula lidere as intenções de voto para o primeiro turno das eleições de 2026, segundo um levantamento da Quaest divulgado esta semana.
Bolsonaro se mantém como o principal nome da direita no Brasil e insiste em ser candidato nas eleições de 2026, apesar de estar inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral por ter questionado sem provas a confiabilidade do sistema de votação.
Lula, de 79 anos, afirma que também quer disputar as eleições do próximo ano.
Segundo a ameaça de Trump, se Brasil e Estados Unidos não chegarem a um acordo, Washington vai impor uma tarifa de 50% sobre todos os produtos provenientes da maior economia da América Latina.
Em uma tentativa de evitar essa taxação, o governo Lula enviou esta semana uma carta ao secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, e ao representante comercial Jamieson Greer, em que diz estar "pronto para dialogar [...] e negociar uma solução mutuamente aceitável".
A crise melhorou a popularidade de Lula, que apelou à unidade nacional ante a "interferência" americana com "apoio bolsonarista".
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL/SP), filho do ex-presidente, se mudou há alguns meses para os Estados Unidos, onde faz lobby para que o governo Trump pressione as autoridades brasileiras, inclusive ministros do STF.
O relator do caso de Bolsonaro no Supremo, o ministro Alexandre de Moraes, tachado de "ditador" pelo ex-presidente, pediu uma investigação para determinar se a campanha bolsonarista em Washington configura tentativa de obstrução de justiça.
Bolsonaro afirma que Trump é seu "amigo" e que ambos têm sido vítimas de "perseguição" judicial.
Trump, por sua vez, disse esta semana que "não é que [Bolsonaro] seja meu amigo. É alguém que conheço".
erl-ffb/mr/mel/rpr

Lula critica "chantagem" dos EUA e promete taxar big techs


Brasileiro diz que não recebe ordem de "gringo" e vai impor impostos contra gigantes de tecnologia americanas, citadas pelos EUA como lesadas por "práticas desleais". Trump pede fim de julgamento contra Bolsonaro.
Lula sobe o tom em retaliação a Trump. Americano volta a defender Jair Bolsonaro
Lula sobe o tom em retaliação a Trump. Americano volta a defender Jair Bolsonaro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar nesta quinta-feira (17/07) seu homólogo americano, Donald Trump, pela decisão de impor barreiras tarifárias a produtos brasileiros e abrir uma investigação comercial contra o país.
O petista reforçou o discurso de que o Brasil é soberano para lidar com seus problemas e subiu o tom sobre a investigação comercial aberta pela Casa Branca contra o Brasil, classificando-a como "chantagem inaceitável". Em diferentes declarações, disse que Trump se considera "imperador do mundo" e reiterou que não obedecerá ordens vindas de um "gringo".
Em discurso durante o 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes, em Goiânia, Lula prometeu retaliar empresas americanas de tecnologia com novos impostos. As gigantes do mercado digital foram citadas pelo Escritório do Representante Comercial dos EUA como prejudicadas por "práticas desleais" do Brasil.
"Ele [Trump] disse: 'Eu não quero que as empresas americanas, empresas de plataforma, sejam cobradas no Brasil'. Vou dizer uma coisa, o mundo tem que saber que este país só é soberano. Eu queria dizer para vocês que a gente vai julgar e cobrar imposto das empresas americanas digitais", afirmou.
No mesmo discurso, Lula também disse não aceitar que as redes sociais sejam usadas como ferramenta de agressão em nome da liberdade de expressão. "Não é um gringo que vai dar ordem a este presidente da República", completou.
Já em um pronunciamento veiculado na TV ao final do dia, Lula defendeu que a soberania brasileira se impõe à atuação das plataformas digitais. "Para operar no nosso país, todas as empresas são obrigadas a cumprir a lei. Ninguém está acima da lei", disse.
Vídeo relacionado: Lula chama Jair Bolsonaro de ‘traidor da pátria’ e reage ao tarifaço com imposto para empresas (Dailymotion)
A Casa Branca reagiu e Trump publicou uma nova carta em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, pedindo o fim do julgamento que o aliado enfrenta no Supremo Tribunal Federal (leia mais abaixo).
Empresas americanas prejudicadas?
O governo Trump acusa o Supremo Tribunal Federal de censurar atividades em redes sociais, majoritariamente ligadas a big techs americanas, e afirma que o governo brasileiro beneficia seu serviço de pagamento eletrônico em detrimento das alternativas oferecidas por empresas americanas.
Como a DW mostrou, ao ser lançado, o Pix abocanhou parcela considerável de um mercado dominado por bandeiras de cartão de crédito ou débito, como a Mastercard e a Visa, ambas sediadas nos EUA, e por sistemas de pagamento eletrônico como Google Pay, Apple Pay e WhatsApp Pay, também americanos.
A aplicação de impostos sobre serviços digitais costuma gerar polêmica em todo o mundo. O Canadá, por exemplo, recuou de impor taxas sobre gigantes de tecnologia justamente após pressão dos EUA.
O governo brasileiro tenta retomar a discussão sobre a regulamentação e a taxação das redes sociais no Congresso desde 2024 por meio do "PL das Fake News", mas sofre resistência da oposição. O STF já decidiu que as plataformas podem ser responsabilizadas pelos conteúdos publicados em seu ambiente digital.
Pix virou centro da disputa entre Brasil e EUA
Pix virou centro da disputa entre Brasil e EUA
© Bruno Peres/Agência Brasil
Trump não pode ser "imperador do mundo", diz Lula
Durante o evento em Goiás, Lula acusou Trump de ser incapaz de negociar. "Eu tenho certeza que o presidente americano jamais negociou 10% do que eu negociei na minha vida, jamais. Se tem uma coisa que eu sei na vida é negociar", afirmou.
Já no pronunciamento veiculado em rede nacional, o petista argumentou que o Brasil realizou mais de 10 reuniões com o governo americano e enviou uma proposta formal de negociação desde que as primeiras tarifas globais foram anunciadas por Trump.
"Esperávamos uma resposta, e o que veio foi uma chantagem inaceitável em forma de ameaças a instituições brasileiras e com informações falsas sobre o comércio", pontuou.
Segundo ele, o Brasil levará a disputa à Organização Mundial do Comércio ou aplicará a Lei de Reciprocidade Econômica se não houver acordo.
Em entrevista à CNN americana, também divulgada nesta quinta-feira, Lula argumentou que Trump esquece que foi eleito para governar os Estados Unidos, não para "ser o imperador do mundo".
"Seria muito melhor estabelecer uma negociação primeiro, e depois alcançar um acordo possível, porque nós somos dois países que temos boas relações por 200 anos", completou.
Casa Branca reage e Trump defende Bolsonaro
Questionada sobre as declarações de Lula, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta quinta-feira (17/07) que Trump "certamente não está tentando ser o imperador do mundo".
"Ele é um presidente forte e também é o líder do mundo livre. Vimos uma grande mudança em todo o planeta por causa da liderança firme do presidente", rebateu.
A escalada de tensões entre Trump e Lula teve início após o americano sair em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e indicar que aplicaria tarifas em oposição ao julgamento enfrentado pelo aliado no STF.
Nesta quinta-feira, Trump voltou a citar o processo enfrentado por Bolsonaro. O ex-presidente é acusado de liderar a trama golpista que culminou na destruição da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
"Eu vi o terrível tratamento que você está recebendo nas mãos de um sistema injusto voltado contra você. Este julgamento deve terminar imediatamente!", afirmou Trump em carta endereçada a Bolsonaro.
A ação penal contra o ex-presidente chegou na reta final nesta semana após a Procuradoria-Geral da República pedir sua condenação.
Para Lula, "tentar interferir na Justiça brasileira é um grave atentado à soberania nacional". O presidente também criticou duramente os aliados de Bolsonaro, classificando-os como "traidores da pátria".
"Minha indignação é ainda maior por saber que esse ataque ao Brasil tem o apoio de alguns políticos brasileiros. São verdadeiros traidores da pátria. Apostam no quanto pior, melhor. Não se importam com a economia do país e os danos causados ao nosso povo", completou em discurso na TV.

Tem coisa ai!!! Tem coisa ai!!!


                                                                 O Lula errou de dedo?

Trump insiste em que Brasil 'mude de rumo' e Lula rebate: 'chantagem inaceitável'
Em um novo capítulo da escalada entre Brasil e Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou nesta quinta-feira (17) de "chantagem inaceitável" a ameaça tarifária a seu país de Donald Trump, que horas antes havia insistido em que o governo brasileiro "mude de rumo" e "deixe de atacar" Jair Bolsonaro.
Em 9 de julho, o presidente americano anunciou tarifas punitivas de 50% sobre os produtos brasileiros, e as justificou por uma suposta "caça às bruxas" no Brasil contra o ex-presidente Bolsonaro, julgado por uma suposta tentativa de golpe em 2022.
Em um pronunciamento em rede nacional sob o título de "Brasil Soberano", Lula chamou "alguns políticos brasileiros" de "traidores da pátria", que dão "apoio" à pressão de Trump sobre a economia do Brasil.
"Não é um gringo que vai dar ordem a um presidente da República", disse, anteriormente, o governante brasileiro em um ato oficial.
Lula reafirmou que seguirá "apostando nas boas relações diplomáticas e comerciais", mas advertiu que "o Brasil tem um único dono – o povo brasileiro".
Mais cedo, Trump insistiu em que o governo Lula "mude de rumo" e "deixe de atacar" Bolsonaro, em uma carta destinada ao ex-presidente brasileiro divulgada em sua plataforma Truth Social.
Bolsonaro enfrenta um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente ter tentado impedir a posse de Lula depois que o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) o derrotou nas eleições de 2022.
Se for considerado culpado, Bolsonaro pode pegar até 40 anos de prisão.
- 'Tratamento terrível' -
"Tenho acompanhado o tratamento terrível que você [Bolsonaro] está recebendo de um sistema injusto voltado contra você. Esse julgamento deveria terminar imediatamente!", escreveu Trump na carta a Bolsonaro.
"Expressei firmemente minha desaprovação, tanto publicamente como através de nossa política tarifária", acrescentou.
O presidente republicano de 79 anos também afirma estar "muito preocupado com os ataques à liberdade de expressão, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, provenientes do atual governo".
Nisso, ele parece fazer referência a um bloqueio no Brasil, por decisão judicial, do Rumble, uma plataforma para compartilhar vídeos popular entre grupos conservadores que se negou a suspender a conta de um usuário brasileiro residente nos Estados Unidos e investigado pela Justiça brasileira por difundir desinformação.
"Não me surpreende vê-lo liderando as pesquisas", afirmou Trump sobre Bolsonaro, embora Lula lidere as intenções de voto para o primeiro turno das eleições de 2026, segundo um levantamento da Quaest divulgado esta semana.
Bolsonaro se mantém como o principal nome da direita no Brasil e insiste em ser candidato nas eleições de 2026, apesar de estar inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral por ter questionado sem provas a confiabilidade do sistema de votação.
Lula, de 79 anos, afirma que também quer disputar as eleições do próximo ano.
Segundo a ameaça de Trump, se Brasil e Estados Unidos não chegarem a um acordo, Washington vai impor uma tarifa de 50% sobre todos os produtos provenientes da maior economia da América Latina.
Em uma tentativa de evitar essa taxação, o governo Lula enviou esta semana uma carta ao secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, e ao representante comercial Jamieson Greer, em que diz estar "pronto para dialogar [...] e negociar uma solução mutuamente aceitável".
A crise melhorou a popularidade de Lula, que apelou à unidade nacional ante a "interferência" americana com "apoio bolsonarista".
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL/SP), filho do ex-presidente, se mudou há alguns meses para os Estados Unidos, onde faz lobby para que o governo Trump pressione as autoridades brasileiras, inclusive ministros do STF.
O relator do caso de Bolsonaro no Supremo, o ministro Alexandre de Moraes, tachado de "ditador" pelo ex-presidente, pediu uma investigação para determinar se a campanha bolsonarista em Washington configura tentativa de obstrução de justiça.
Bolsonaro afirma que Trump é seu "amigo" e que ambos têm sido vítimas de "perseguição" judicial.
Trump, por sua vez, disse esta semana que "não é que [Bolsonaro] seja meu amigo. É alguém que conheço".
erl-ffb/mr/mel/rpr

CAIXA PARTICIPA DA MEGA FEIRA DA CASA PRÓPRIA EM FORTALEZA (CE)



O evento é patrocinado pela CAIXA e os clientes terão acesso a diversas ofertas de imóveis
A CAIXA participa, de 17 a 20 de julho, da Mega Feira da Casa Própria, realizada em Fortaleza (CE). O evento acontece no Shopping RioMar Fortaleza, onde o público terá a oportunidade de conhecer as tendências e opções do mercado imobiliário, além de realizar o sonho da casa própria. A feira é promovida pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (SINDUSCON) e conta com o patrocínio da CAIXA.
O banco estará presente com estande próprio, onde os clientes poderão realizar todas as etapas de contratação do financiamento do imóvel escolhido durante o evento. No local, os participantes também poderão obter orientações sobre produtos e serviços CAIXA, realizar simulações e receber informações sobre as condições e a documentação necessária para a aquisição do financiamento habitacional.
Para verificar as condições de contratação do crédito, basta acessar o aplicativo Habitação CAIXA ou procurar atendimento na rede parceira de Correspondentes CAIXA Aqui, que também estará presente na feira.
Novo Minha Casa, Minha Vida:
Durante o evento, o público poderá esclarecer dúvidas sobre as novidades do programa Minha Casa, Minha Vida, incluindo as novas regras que ampliam o acesso ao financiamento e os descontos com recursos do FGTS.
Canais de atendimento:
Para mais informações sobre o crédito imobiliário na CAIXA, os clientes podem consultar o site do banco, aplicativo Habitação CAIXA, além dos telefones 4004 0 104 (capitais) ou 0800 104 0 104 (demais cidades).
Serviço:
Mega Feira da Casa Própria
Data: de 17 a 20 de julho (de quinta-feira a domingo)
Local: Shopping Rio Mar Fortaleza
Endereço: Rua Desembargador Lauro Nogueira, nº 1500 - Piso L3, Bairro: Papicu - Fortaleza (CE)
Horário de funcionamento: de quinta-feira a domingo das 10h às 22h
Assessoria de Imprensa da CAIXA
(85) 3924-5960 | (81) 3323-6588 | (81) 3323-6590
CAIXA Notícias | Caixa | imprensa.nordeste@caixa.gov.br

Coluna do Macário Batista para 18 de julho de 2025

 
A opinião de cada um
As empresas jornalísticas, como esta, têm cá, e lá, seus espaços para opinião do leitor, do seguidor, do mortal que deseje expor seus pensamentos. Por conta disso, às vezes até contrariando o patronato, mas muito raramente cedo ao impulso de ouvir quem está de fora, mas, como nós, pensa. Hoje, depois de receber na quarta feira o senador Cid Gomes, no Comitê de Imprensa da Assembleia do Ceará, sob nossa presidência, escutei atentamente sua defesa do deputado Junior Mano, a quem antecipara apoio numa possível candidatura dele, deputado ao Senado. Ouvi, li e reli várias matérias sobre a coletiva "live" do Senador. Deveria opinar, mas algo me impulsionou a ler um antigo participe da cena, o advogado e político Fabrício Moreira a quem dou assento para dizer como viu o desempenho.

"A intuição contra as instituições: um perigoso precedente no Ceará"
"- Milito na advocacia há mais de 30 anos, principalmente na área criminal, onde o contraditório e a ampla defesa devem ser defendidos como um verso bonito e certeiro do poeta Patativa do Assaré. Neste mesmo período, ou até por mais tempo, estou na vida pública. Já tive assento na Câmara de Vereadores, ocupei por duas vezes a vice-prefeitura de Icó e, como se diz no jargão popular, "bati na trave" para ser eleito prefeito da minha terra. Saí vencido, mas continuei, pois participo do processo por amor às boas causas. Nestas décadas todas, já fui servidor público, secretário municipal nas mais importantes funções e presidi com zelo instituições democráticas nos âmbitos público e privado. E sei, logicamente, que exercer funções públicas tem seu preço: o do aplauso e do reconhecimento, mas também o do menosprezo, da perseguição e da agressão. Há consequências boas e más. Entendo que isso faz parte do jogo e sei perfeitamente, como muitos, equilibrar o que é verdade e o que é mentira. Já fui perseguido, processado e maltratado, mas venci as adversidades, pois até os dias atuais não encontrei quem me fizesse desistir ou ter medo. Porém, a vida pública hoje inspira cuidado, até pavor, a quem é do bem e tem vontade de contribuir. O ambiente se misturou com gente despreparada, que por vezes não sabe conjugar um verbo, não respeita o caminho da mais perfeita ordem legal, a liturgia do cargo, e relega ao esgoto, infelizmente, uma ciência tão bonita chamada política. Diante das discussões horríveis que chocam a todos os cearenses, como democrata, lembro-me de Paes de Andrade, Ulysses Guimarães, Mauro Benevides, Mário Covas, Leonel Brizola, Itamar Franco e Pedro Simon, citando alguns, de quem podíamos apertar as honradas e limpas mãos. Pois bem. O Senador da República, Cid Gomes, e volto a repetir o melhor Governador que o Palácio da Abolição já teve para nós, icoenses, e quiçá para os cearenses como um todo, chocou a todos nós com sua nova tese de defesa. Ao utilizar o espaço democrático do Comitê de Imprensa da Assembleia Legislativa do Ceará na última quarta-feira (16), ele desafiou a Imprensa, o Ministro do STF Gilmar Mendes, a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para defender seu indicado ao Senado pelo PSB. Surge, assim, uma nova tese jurídica, talvez plagiando o ex-procurador Deltan Dallagnol, com uma revolucionária metodologia de investigação no Ceará: "Polícia Federal versos Sua Intuição". Não estou aqui para indiciar, denunciar ou condenar quem quer que seja. O que me preocupa é o exagero dos argumentos, que lançam dúvidas sobre as instituições. Ao afirmar, sem citar nomes para defender seu aliado e tumultuar as águas já turvas, diz que cinco deputados federais do Ceará vendem emendas, o nosso talentoso Cid Gomes cria um perigoso precedente. Se porventura ficasse sem mandato em 2026, o que, sinceramente, não desejo, com tal ímpeto, poderia ser, doravante, Advogado de defesa e Promotor de Justiça ao mesmo tempo".

A frase: "Triste da mediocridade de quem esconde o sucesso alheio sob o mulambo de seu vestir roto e maltrapilho". Tem gente pensando.

Pra quem chegar cedo (Nota da foto)
Aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos por parte de entidades associativas já podem aderir ao acordo de ressarcimento oferecido pelo Governo Federal desde 11 de julho. O beneficiário que aderir ao acordo até segunda-feira, 21 de julho, já vai receber o pagamento dos valores descontados na mesma semana, a partir do dia 24.

Sai Neto, entra André
A presidência do PL no Ceará, troca de guarda. Sai Carmelo Neto, entra André Fernandes. Quando setembro vier.

Sabia que Trump é careca?
Os cabeleireiros se esforçam ao penteá-lo, mas tudo em sua cabeça é fake, dentro ou fora dela.


 
 

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