Com sangue na pinta do olho
Diz o popular que idade não é documento. Errado. É! Quando agente tem 13 anos, enlouquece pra andar na turma dos 15. Quando chega lá, começa a pensar nos 18 e nos filmes proibidos para menores daquela idade. Nos filmes, na sinuca, na zona. Era assim no meu tempo. O diabo é a que idade volta a ser documento quando chega o ridículo tempo a que chamam de melhor idade, quer dizer; depois dos 50, 60, por aí. As coisas já não fluem como antigamente. A cabeça pensa, tem certeza, mas o corpo não reage como nos bons 13, 15 anos. Mas há as compensações. Passar dos 50 é sublimar cada momento bom e guardar alguma coisa, nem que seja um cheirinho pra mais tarde. É assim na vida, é assim nas organizações. O tempo, com o tempo, vira documento de probidade, de respeito, de credibilidade. O tempo, o implacável tempo, aquele que nos ensina a ir devagar com a louça, implica, nas mais diversas situações a não botar o carro adiante dos bois, a não ir com muita sede ao pote, a repensar os arroubos da juventude, a dosar o medo e a coragem, a pensar que os desafios, aqueles que nos jogavam na ponta esquerda do areal da pelada, podem nos remeter a ficar no meio de campo, distribuindo o jogo, organizando o ataque e a defesa, orientando os novos, incentivando os mais velhos, agora parceiros. É assim que a gente chega a 75 anos, como chega este jornal O Estado. Impetuosidade, valentia, coragem, são atributos que o Brasil conhece que aqui tem de sobra. Bom senso, respeito, correção, são correntes de ar que se respira desde a recepção até a fala do primeiro mecânico, lá na hora de começar a impressão...rodando!!! E ajustam-se rolos, tintas, chapas...E eis que sai às ruas, todo santo dia, renovado que se todo dia fizesse uma plástica, nosso O Estado. Hoje, quando seus olhos deixarem esta cabeça pra seguir na leitura, coluna abaixo, pense comigo...gente, 75 anos fazendo história...não é coisa pra quem não tem sangue na pinta do olho, não.
A frase: “Quem ama o feio...piora o bonito que lhe aparece.” Da série atualizando os adágios.
Entra e sai (Nota da foto)
Volta hoje ao parlamento estadual, nosso Ely Aguiar. Sai de cena, amarrando as almas, nosso bom Gomes Farias.
Na cola da cajuína
Um projeto de indicação do Deputado Estadual Manoel Duca, propõe que seja alterada a Lei nº13.096, de 12 de janeiro de 2001, que dispõe sobre inclusão do suco de caju cem por cento natural na merenda escolar da rede pública, adicionando os derivados do pseudofruto, tais como a cajuína, rapadura, mel, polpa, o próprio caju e outros derivados do pedúnculo.
Porralouquice em risco
João Alfredo, vereador de Fortaleza, ex-deputado teria incentivado a baderna na Assembléia, sugerindo depredação dos carros dos deputados no estacionamento da Casa. Se nunca viu bala, iria ver.
Dindim de pobre
O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (CESPE/UNB) alegou pouca grana e desistiu de realizar o concurso público do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará.
Viagens do Psol
Na Câmara Municipal, tramita o projeto de lei 0300/11, de autoria do vereador João Alfredo que declara como patrimônio natural do município de Fortaleza os botos-cinza da espécie Sotalia guianensis.
Motivos quais
É por isso que os ecochatos não estão querendo que a avenida Beira Mar ganhe novos espaços, como ganhou o aterro, a Praia de Iracema. Vai atrapalhar a vida dos botinhos. Fala sério!
De volta às ruas
Cartomantes, jogadores de búzios, feiticeiros que trazem de volta o amor perdido, voltaram a ocupar postes, paredes, placas de transito e até caixas de telefonia para afixar seus cartazes.
Multa
O vereador Marcílio Gomes tem um projeto tramitando na Câmara que objetiva proibir o feito, multando quem insistir na sujeira. Ao invés de multa, bom era mandar limpar com a língua.
E quem examinou o sangue?
O juiz Francisco Chaves Barreto Alves, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Fortaleza, condenou o Estado do Ceará a pagar R$ 250.000,00 aos pais de um bebê que morreu após contrair o vírus HIV em transfusão de sangue realizada pelo Hemoce.
Bola cheia
Roberto Claudio anunciou: Ano que vem a Universidade do Parlamento, da Assembléia do Estado vai acolher 2 mil alunos para estudarem de grátis num cursinho pré-vestibular.
Só cobra
Segundo Roberto Claudio a Assembléia vai contratar os cobras professores dos cursinhos particulares de Fortaleza para ensinarem a turma da escola pública.
Lembranças de Onassis
“Pinto os cabelos de preto para encontros amorosos e de branco para reuniões de negócios”. Já eu, sou diferente. Deixo a confusão: com cabelos brancos e mustache negro.