Presidente do PT: ‘Não houve compra de votos’


O STF fica aí apontando os crimes dos réus petistas, mas na verdade eles só merecem pena –comiseração, não pena de cadeia. Desempenharam um papel desgraçado. Está certo, tinham poder. Tinham muito poder. Tinham poder demais. E essa foi uma das suas misérias. Porque se não tivessem poder demais o governo Lula não atingiria seus objetivos. Precisavam do poder exorbitante para transformar o Brasil. E nem assim despertam a simpatia do Supremo.
Como se fosse pouco, os magistrados ainda convertem Rui Falcão, o presidente do PT, num personagem surreal. Em entrevista a correspondentes estrangeiros, o companheiro negou, pela enésima vez, que o dinheiro do mensalão tenha comprado consciências. “Continuamos negando e vamos mostrar que nunca houve compra de votos.” Veja o que faz a insensibilidade do STF! Falcão diz ter o que “mostrar” e, desnorteado, deixa pra depois.
Falcão disse aos representantes da mídia internacional que não há “demonstração material” da compra de votos. Claro que não. Todos aqueles milhões que Delúbio Soares mandou o Marcos Valério liberar, a grana sacada no Rural, os maços transportados em carro forte, a dinheirama distribuída em quartos de hotel… Tudo não passou de generosidade de um partido magnânimo com seus aliados altruistas.
Mas isso não vai ficar assim. Falcão avisou aos repórteres que o PT vai se posicionar oficialmente depois que terminar o julgamento. O STF não perde por esperar. A legenda fará uma avaliação “crítica”, promoteu o dirigente. Natural, já que houve uma “tentativa” de processar a agremiação como um todo num processo em que os réus têm nome, sobrenome e CPF.
Bem verdade que o PT associa-se aos acusados quando rasga seu estatuto para impedir que sejam expulsos. Mas, que diabo, alguém tem que demonstrar compaixão. Se o passado os abandonou, quem melhor do que os companheiros de partido para guiá-los nos obscuros becos de um mundo metamorfeado? Os antigos valores faliram, os heróis foram desmascarados, perderam-se as ilusões, nada era o que parecia. Mas, em meio às mortes de todos os nortes, sobrevive a solidariedade partidária.
Pode-se acusar Falcão de tudo, inclusive de ilógico, mas ninguém tem o direito de duvidar de sua compaixão com o sofrimento alheio. De resto, houve momentos da entrevista em que o companheiro soou lógico. Avaliava o resultado das eleições quando fez uma referência a Lula. É um líder forte, reconheceu. Mas sua preponderância “não violenta a democracia” interna do PT.
“Lula nunca se opôs a uma decisão partidária”, disse Falcão a alturas tantas. Nada mais sensato e verdadeiro. Até porque seria impossível. Pela boa e simples razão de que o PT não ousa tomar decisões que contrariem a vontade de Lula.

Elas podem ajudar a decidir quem vai mandar

Voto feminino polariza reta final da campanha eleitoral americana
El País Eva Saiz

No papel, a economia iria polarizar a corrida para a Casa Branca, mas a luta para garantir o apoio do eleitorado feminino ganhou especial relevância na reta final da campanha eleitoral. As declarações do candidato republicano ao Senado por Indiana Richard Mourdock, que afirmou que a gravidez depois de um estupro ocorrem "porque Deus quer", e a infeliz referência de Mitt Romney aos "montes de mulheres" no segundo debate presidencial ofereceram à campanha de Barack Obama nova munição em seu esforço para manter a confiança das eleitoras, dando-lhe a oportunidade de apresentar o candidato republicano como um perigo para os direitos e a saúde reprodutiva das mulheres.

Foto 1 de 200 - 1º.nov.2012 - Símbolos dos partidos republicano (elefante) e democrata (jumento) são esculpidos em abóboras na noite de Halloween em Santa Mônica, na Califórnia (EUA) Lucy Nicholson/Reuters
"O voto feminino é transcendental, sobretudo nos Estados chaves", indica Robyn Shepherd, representante legal da União Americana de Liberdades Civis. "Em geral, trata-se de um eleitorado tradicionalmente democrata, mas o nicho de mulheres brancas trabalhadoras e sem estudos universitários é cada vez maior, e essas eleitoras são mais inclinadas a apoiar as políticas republicanas. Em 2008, Obama perdeu esse núcleo, primeiro a favor de Hillary Clinton nas primárias e depois a favor de John McCain", explica Shepherd.
As mulheres representam mais de 50% do eleitorado e são mais fiéis às urnas que os homens. Segundo um estudo do Centro para Mulheres Americanas e Política, o voto feminino foi determinante na vitória de Obama há quatro anos, quando se decantou pelo atual presidente por uma margem de 13 pontos em relação a McCain, graças à mobilização das hispânicas e afro-americanas, segundo Shepherd.
É a esse grupo de eleitoras indecisas que as duas campanhas estão apelando. Um estudo recente da Universidade Quinnipac evidencia que a principal preocupação das mulheres se concentra no desemprego ou na política externa. Entre a equipe do presidente cresceu a incerteza sobre o comportamento de um eleitorado cujo apoio era dado como garantido há um mês. A popularidade de Obama entre as mulheres, onde ele superava Romney por mais de dois dígitos, se reduziu a 1 ponto nas últimas pesquisas, mas a única que lhe concede vantagem - a última publicada por "The Washington Post" e a rede ABC - o situa 15 pontos acima.
Em sua luta para conquistar o voto feminino, Obama insiste em apresentar os direitos da mulher como um assunto eminentemente econômico, sem descuidar da vertente social. "Não deixem que os políticos decidam sobre seus direitos", ele repete em cada comício. Sua campanha e outras organizações democratas lançaram anúncios eleitorais nos quais, segundo dados da Kantar Media / CMAG, a palavra "aborto" é citada em mais de 30 mil ocasiões, em muitos casos para evidenciar a mudança de opinião do candidato republicano nesta matéria.
A equipe do ex-governador de Massachusetts, por sua vez, tentou evitar o assunto, insistindo que o que mais interessa às eleitoras é a economia. Um estudo da Fundação Kaiser Family indica, entretanto, que o acesso à saúde pública é uma prioridade para as mulheres, e uma pesquisa recente da CNN estabelecia que para 39% das eleitoras o aborto é o assunto mais importante. "As mulheres que não decidiram seu voto costumam optar por candidatos moderados em questões sociais, e Romney está modulando a mensagem conservadora que adotou durante as primárias republicanas", lembra Debbie Walsh, do Centro para Mulheres Americanas e Política. Nas últimas semanas, Obama deu ênfase especial a lembrar suas conquistas em matéria de direitos da mulher durante seu governo - parte da reforma da saúde que obriga a subvencionar os testes exploratórios da mulher ou o acesso aos métodos anticoncepcionais, a lei de equiparação salarial - e a apresentar o candidato republicano como um risco para esses benefícios.

Obama volta à campanha em Wisconsin, Nevada e Colorado

O presidente dos Estados Unidos e candidato democrata à reeleição, Barack Obama, retoma nesta manhã de quinta-feira, sua campanha com uma viagem pelos estados de Wisconsin, Nevada e Colorado, anunciou nesta quarta-feira um de seus principais assessores, David Axelrod.
Obama visitará os três estados indecisos após uma freada brusca de quatro dias em sua campanha pela reeleição em que se dedicou a monitorar a chegada e o impacto da tempestade Sandy na região nordeste do país.
As paradas em Nevada e Colorado já estavam previstas para hoje, e a de Wisconsin foi acrescentada depois que Obama cancelou uma visita a esse estado programada para terça-feira. O último ato de campanha do presidente foi no sábado passado no estado de New Hampshire.
No domingo, Obama voou para a Flórida, e planejava fazer um comício no dia seguinte com o ex-presidente Bill Clinton, mas finalmente na segunda-feira decidiu cancelar o ato e voltar para Washington com a iminência da chegada de Sandy.
O líder viajou ontem para Nova Jersey, onde "Sandy" tocou o solo na segunda-feira e provocou inundações e uma grande devastação nas regiões litorâneas.
Enquanto isso, o candidato republicano à Casa Branca, Mitt Romney, retomou sua campanha na Flórida após dois dias de detenção brusca também por causa de Sandy.
Com Obama ainda afastado da campanha a seis dias das eleições de 6 de novembro,  fazem atos eleitorais tanto o ex-presidente Clinton, em Iowa, como o candidato à reeleição como vice-presidente Joe Biden, com comícios na Flórida.

Às vésperas de eleições, AI pressiona EUA a fecharem Guantánamo

A Anistia Internacional publicou nesta quinta-feira um artigo, a poucos dias da eleição presidencial americana, no qual lembra que os Estados Unidos têm assuntos pendentes em matéria de direitos humanos, como Guantánamo, onde 150 presos aguardam julgamento após mais de uma década.
Moussa'ab Omar al Madhwani, de 32 anos, passou um terço de sua vida sob custódia dos EUA, mesmo sendo uma figura do baixo escalão da Al-Qaeda que "nunca disparou uma arma em combate".
Sua história faz parte do artigo com o qual a organização humanitária quer lembrar que "as detenções em Guantánamo e a responsabilidade pela violação dos direitos humanos no contexto da luta antiterrorista são dois desses assuntos pendentes", segundo disse à Agência Efe Rob Freer, ativista da AI.
Madhwani foi detido pelas autoridades paquistanesas em setembro de 2002 em Karachi, teve os olhos vendados, foi amarrado, golpeado com uma espingarda e ameaçado de morte, contou Freer.
Cinco dias depois, foi entregue a membros das Forças Armadas americanas e levado ao Afeganistão, onde passou cerca de um mês em instalações secretas guardadas por militares americanos em Cabul ou perto da capital afegã, de acordo com a AI.
No período em que permaneceu neste local, Madhwani foi torturado, impedido de dormir, obrigado a ficar de pé durante muitas horas e molhado com água fria.
Em outubro de 2002, Madhwani foi enviado a Guantánamo, após outros cinco dias de "detenção ilegal" na base aérea de Bagram, "onde foi submetido a mais abusos".
Os EUA o acusam de ter viajado ao Afeganistão para passar por treinamentos em um acampamento militar da Al Qaeda, mas "mais de dez anos após ser detido não foi acusado por nenhum delito pelo Governo americano, que reivindica o direito de detê-lo indefinidamente em nome da "guerra" global contra a Al Qaeda e seus grupos associados", denuncia a AI.
Desde que foi aberta a penitenciária militar situada na base naval de Guantánamo (Cuba), há 11 anos, passaram por lá 779 detentos, dos quais pelo menos 12 eram menores de 18 anos quando foram detidos.
O ativista da AI assegurou que sua organização continuará apresentando casos como o de Madhwani porque se trata de indivíduos que tiveram "seus direitos fundamentais negados", e os EUA estão "falhando no cumprimento de suas obrigações em matéria de direitos humanos".
A AI assinala que a "crueldade" da detenção indefinida é encarnada pelos nove detentos que morreram sob custódia americana em Guantánamo: seis se suicidaram e três faleceram por causas naturais.
Apesar de Guantánamo ter estado muito presente na campanha de 2008, com a promessa do então candidato Barack Obama de fechar o complexo, desta vez o tema quase não foi citado.
Em seu segundo dia no Governo, Obama assinou uma ordem executiva para fechar Guantánamo no prazo de um ano, um período que "passou há tempo", lembra Freer.

Justiça condena ex-prefeito de Itatira por improbidade administrativa

Francisco Afonso Machado Botelho é réu em ação movida pelo MPF por desvio e aplicação indevida de recursos do Fundef
 
A Justiça Federal condenou o ex-prefeito do município de Itatira Francisco Afonso Machado Botelho por improbidade administrativa. Botelho é réu em ação movida pelo Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) por desvio e aplicação indevida de recursos repassados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
 
O ex-prefeito de Itatira teve suspensos seus direitos políticos por oito anos, deverá pagar multa, ficará proibido de efetuar contratos com o poder público ou receber benefícios por cinco anos, poderá perder cargo público que exerça e ainda terá que ressarcir danos causados aos cofres públicos. A decisão de condenar Botelho foi do juiz federal substituto da 23ª Vara Federal em Quixadá. O réu ainda poderá recorrer.
 
O juiz considerou o ex-gestor responsável por uma série de atos de improbidade administrativa que haviam sido constatados pelo Ministério Público Federal. Na administração de Botelho, a prefeitura pagou salários-base mensais irrisórios a profissionais de educação - R$ 24,00, R$ 12,00 e R$ 7,00. O município não aplicou na educação o valor mínimo legal e nem assegurou que 60% dos recursos oriundos do Fundef fossem investidos no salário dos professores. Também foi registrado desperdício de merenda escolar.
 
Número do Processo
Ação civil pública de improbidade nº 0020685-60.2004.4.05.8100
 
Penso - Data venia, o Afonso está apenas colecionando mais um entre os dezenas de processos que correm contra ele.

Até DIlma reconhece vitória de Roberto Claudio

El Cid

Dilma reconhece, em papos reservados, que a eleição do candidato do PSB em Fortaleza foi uma vitória pessoal do governador Cid Gomes.

O dia nasce em Fortaleza

E, melhor ainda, tá bonito de chuva.

De Jarbas sobre Lula: 'povo cansou de mito, de deus'

Ilustração: arquivo Google
Avaliação do senador Jarbas Vasconcelos sobre o resultado da eleição em termos de peso político do seu adversário figadal, o ex-presidente Lula:
''O declínio do prestígio de Lula no Nordeste nestas eleições é um fato novo, relevante, que deve ser analisado. Ele foi a Salvador duas vezes. Em Fortaleza, foi uma vez. Gravou para o candidato do PT em Recife e não conseguiu virar as situações negativas. O que parece é que as pessoas se cansaram dessa coisa de mito, de deus. É um exagero dizer que ele foi o grande derrotado, porque ganhou São Paulo. Mas há um declínio de Lula, quer ele queira, quer não''

A ameaça de Valério

Quem vai decidir se aceita o pedido de delação premiada de Marcos Valério, o operador do mensalão, apresentada ao Supremo (corre tudo com sigilo) supostamente pelo advogado Marcelo Leonardo, é o ministro-relator e futuro presidente da Corte, Joaquim Barbosa, que está na Alemanha. Um novo depoimento não mudaria em nada a pena de 40 anos, um mês e seis dias de reclusão, mais pagamento de multa, já dada pelo STJ. Contudo, se seu conteúdo vier a publico, poderia atingir – é a suposição que corre nos bastidores do Supremo – a figura do ex-presidente Lula. Valério também pede para ser incluído na lei de proteção a testemunhas: teme ser assassinado – e até dentro da cadeia. Se for aceito, iria para uma prisão de segurança, com isolamento.

Pânico

O pedido de delação premiada feito por Marcos Valério, se aceito, poderá repetir tudo o que ele gravou em vídeo (cinco copias), apresentando outros fatos e documentos e até supostamente detalhando seu encontro com o ex-chefe do Governo. Há quem aposte que seria uma vendetta do publicitário, totalmente abandonado nos últimos tempos por petistas. Ele estaria disposto também a detalhar o que teria combinado com Paulo Okamoto, há tempos e que lhe garantiu a sobrevivência e de sua família.  Renilda, sua mulher, segundo poucos amigos chegados, está em pânico. Acha que também corre risco de vida (ela teria uma cópia do vídeo).
 
Fonte: Gibaum