O dia

 


Hoje, 2 de dezembro, é dia marcado por eventos assim: É o Dia Internacional da Abolição da Escravatura.

Hoje, 2 de dezembro é Dia da Astronomia.

Hoj, 2 de dezembro é Dia Nacional do Samba.

Aí, você escolhe o que quer comemorar, o que quer marcar neste dia que nasce diferente a todos os demais. É que cada um cada dizia meu saudoso avô Pompeu Ferreira da Ponte que de mão espalmada mostrava os cinco dedos, oferecendo a cultura do respeito quando dizia: Mesma mão, cinco dedos, cada um cada um.

Taí a sexta feira. Faça a sua e seja feliz.

Assembleia aprova Política Estadual de Linguagem Simples nos órgãos públicos

Votação de Matérias Votação de Matérias Foto: Paulo Rocha

A Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) aprovou, nesta quarta-feira (30/11), nove proposições de autoria do Poder Executivo e cinco de parlamentares.

Entre as matérias do Governo do Estado, o projeto de lei nº 139/22 institui a Política Estadual de Linguagem Simples nos órgãos e nas entidades da administração direta e indireta do estado do Ceará. A medida tem como objetivo contribuir para uma mudança na cultura da comunicação administrativa, com foco no cidadão, priorizando uma linguagem mais inclusiva, acessível e clara. A matéria recebeu emenda aditiva do deputado Júlio César Filho (PT) estabelecendo que as diretrizes da linguagem simples consideram a norma padrão da língua portuguesa e o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em vigor.


Também foi aprovada a proposta de emenda constitucional (PEC) nº 06/22, que autoriza a prorrogação excepcional da vigência dos contratos temporários em curso no âmbito da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), resguardando o funcionamento dos serviços de transporte metroviário de passageiros no Estado.


Já o projeto de lei nº 138/22 altera a Lei nº 12.066, de 13 de janeiro de 1993, que a aprova a estrutura do Grupo Ocupacional Magistério de 1º e 2º graus (MAG) e institui o Sistema de Carreira do Magistério Oficial de 1º e 2º graus do Estado e a Lei n° 9.826, de 14 de maio de 1974, que prevê o Estatuto dos Servidores do Estado do Ceará. A alteração se refere ao profissional do magistério em estágio probatório.


Outro projeto do Executivo, de nº 13/19, institui o piso salarial do advogado em exercício profissional na iniciativa privada no âmbito do estado do Ceará, enquanto o de nº 140/22 dispõe sobre a atualização da Lei 18.159/2022 - Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2023.


O PL nº 142/22, também do Poder Executivo, denomina de Professora Rosa da Fonseca a Casa da Mulher Cearense do município de Quixadá. Já o nº 143/22 autoriza abertura de crédito especial junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O objetivo é financiar inicialmente o Programa para a Transformação Digital do Governo do Estado (Ceará Mais Digital).


O nº 144/22 , por sua vez, altera a lei que institui a Política Pública Social e Afirmativa consistente na reserva de vagas para candidatos negros em concursos públicos destinados ao provimento de cargos ou empregos no âmbito dos órgãos e entidades e das entidades do Poder Executivo estadual.


Enquanto o projeto de lei complementar nº 24/22, também do Poder Executivo, altera a Lei Complementar nº 58/2006, que dispõe sobre a Lei Orgânica da Procuradoria-Geral do Estado. A matéria tem como principal medida a institucionalização, na Procuradoria-Geral do Estado, da Comissão de Acolhimento das Mulheres, constituída por equipe multidisciplinar, além de promover adequações para o fortalecimento institucional da PGE, com o aperfeiçoamento da competência de seus cargos e da estrutura de órgãos internos.


Foram aprovados também cinco projetos de lei de autoria parlamentar. Do deputado Walter Cavalcante (PV), o PL nº 03/22 considera de utilidade pública o projeto Viver Criança, com sede no município de Caucaia, no estado do Ceará. O de nº 21/22, do deputado Guilherme Landim (PDT), concede o Título de Cidadão Cearense a Mauro Kreuz.


Outros três projetos de lei são do deputado Leonardo Araújo (MDB): o 279/22 concede o Título de Cidadão Cearense ao advogado Nicola Moreira Miccione; o 280/22 concede o Título de Cidadão Cearense ao Dr. Bruno Dantas Nascimento, enquanto o 281/22 concede o Título de Cidadão Cearense ao advogado Guilherme Capriata Vaccaro Campelo Bezerra.


Novembro negro

 


Lideranças negras do Ceará conquistam destaque na política, religião, academia e cultura popular

No encerramento do Novembro Negro, a Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) conversou com cinco lideranças negras atuantes em diferentes áreas para conhecer suas trajetórias, desafios e conquistas na desconstrução das hierarquias produzidas pelo racismo e pelo sexismo. Homens e mulheres que sonham de olhos abertos e tecem dia e noite uma grande teia chamada democracia racial.

A coordenadora Especial de Políticas Públicas para Igualdade Racial da SPS, Martír Silva, destaca que ainda há espaços que precisam ser acessados, lugares de poder e de tomada de decisão que guardam raízes de um racismo que estruturou a formação do Brasil e que precisa ser destruído de dentro para fora, a partir do despertar desta consciência racial.

Vera Rodrigues: Do movimento negro à universidade

Primeira mulher negra a concluir mestrado em Antropologia na  Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Vera Rodrigues reitera: “Raça não é recorte, não é apêndice, é centralidade”. Professora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab), Vera também coordena o curso de extensão Mulheres Negras Resistem, processo formativo teórico político para mulheres negras, e integra o Fórum Cearenses de Ações Afirmativas e Relações Étnico Raciais.

Vera Rodrigues é gaúcha e ingressou no Movimento Negro nos anos 90. “O fato de assumir uma identidade racial é assumir uma consciência racial de que o racismo permeia nossa vida. Poderia citar várias situações em que sofri racismo, mas prefiro dizer que fui entendendo melhor como enfrentá-lo através do meu ingresso no movimento negro. Foi lá que recebi diversos incentivos para adentrar a universidade e a lutar pelas causas que me mobilizam, que são a luta antirracista e o protagonismo das mulheres negras”.

Vera Rodrigues destaca que o mês da Consciência Negra é uma data construída pelo movimento negro brasileiro. “Para combater o racismo eu acredito que nós precisamos querer de fato combatê-lo, nos comprometer de fato nesta luta. Quem é branco, precisa entender que acessa privilégios e fomenta desigualdades raciais, e é partindo dessa ideia de consciência, assumindo os nossos lugares sociais e fazendo frente aquilo que são as feridas sociais que vamos combater de fato o racismo”, conclui.

Maria de Tiê: Tesouro Vivo do Ceará que traz no sangue a cultura da resistência

Maria Josefa da Conceição, a Maria de Tiê, carrega no sangue a cultura da resistência. A resistência está na dança e no cuidado em alimentar as tradições nas novas gerações. Ícone da cultura tradicional popular cearense, Maria de Tiê é Tesouro Vivo do Ceará, com título de Notório Saber em Cultura Popular pela Secretaria de Cultura do Ceará.

Nascida em 1958, no município de Porteiras, Maria de Tiê é bisneta de escravizados e fala da importância do ato de resistir. “Aqui no quilombo dos Souza eu entendi a importância do significado de ser uma mulher negra e trabalhar com outras mulheres negras, que aprendem desde muito cedo que é preciso lutar pelos nossos direitos”.

“Aos 10 anos de idade eu já participava das danças do Coco, Maneiro Pau, banda Cabaçal e Reisado. Tenho muito orgulho de conseguir levar esses saberes populares que aprendi com meu pai adiante, este trabalho que eu faço aqui é pelo amor que tenho a minha cultura e ao meu povo”, relata a mestre de cultura.

A alegria de manter viva sua cultura foi também uma forma de enfrentar o racismo: “Passei por muito preconceito nessa vida, já fui chamada de tantos nomes pejorativos por ser uma mulher quilombola… E quando eu chorava e não entendia porque estava sofrendo aquela violência, eu conseguia transformar aquilo em outra coisa, criava uma música, e fortalecia ainda mais minha arte”, lembra Maria, que aposta sempre na luta coletiva: “Eu aprendi que só a gente não anda, só andamos coletivamente e é este o meu trabalho. Conduzir meu povo através do saber popular para que possamos alcançar juntos as melhorias para a nossa comunidade”, frisa Maria de Tiê.

Mãe de Santo, teu nome é Zimá

Zimá Ferreira da Silva tinha sete anos de idade quando teve o primeiro contato com as entidades da umbanda. Aos 14, ela entendeu que só cumpriria sua missão no mundo dentro da religião. Hoje com 74 anos, Mãe Zimá segue na missão de conduzir seus filhos de santo e ajudar a todos aqueles que a procuram no Terreiro de Ogum Megê, no Parque São Vicente.

“Minha maior missão aqui nessa terra é ajudar a todos aqueles que chegam à minha casa necessitados, seja de um direcionamento, um conselho, uma palavra de conforto ou um prato de comida. Sei que ainda existe muito preconceito com as religiões de matrizes africanas, mas a gente combate é exaltando cada vez mais a beleza do nosso povo. Dentro do meu terreiro e como Mestra da Cultura me sinto fortificada, amparada por todos que me cercam”.

Mãe Zimá destaca que não se pode esquecer de tudo o que significou a escravidão e de suas cicatrizes ainda hoje, inclusive todo o preconceito que chega às religiões de matrizes africanas. “Nós, povos de terreiro só buscamos fazer o bem e a caridade e queremos ser vistos pelo que somos de verdade”, reforça Mãe Zimá, que fala com sabedoria sobre ervas medicinais, benzeduras e orações fortes, garrafadas, chás de ervas e lambedores, tudo parte da sabedoria que ela adquiriu com seus ancestrais e trazem consolo a quem busca o terreiro.

Adriana Gerônimo - Co-vereadora pela mandata coletiva Nossa Cara

Cria da comunidade do Lagamar, Adriana Geronimo (32) cresceu rodeada por mulheres que foram inspiração para traçar sua trajetória enquanto militante pelos direitos humanos. “Destaco duas mulheres que me marcaram com suas lutas, Dona Rita Emídio, que trouxe água potável para o meu território e desenhou o plano de urbanização na década de 90. A segunda é a Edinar que lutou pela urbanização mas não chegou a ver esse projeto ser concretizado em vida, uma mártir do povo, que dedicou sua vida à luta social”, conta Adriana, que é filha da cozinheira Maria de Fátima Vieira Silva e do carpinteiro José Gerônimo da Silva, e mãe de Lolita e Dandara.

Assistente social, Adriana foi eleita co-vereadora pela mandata coletiva “Nossa Cara”,  composta também pela professora Louise Santana e a artista Lila Salu. “Fomos eleitas com 9.824 votos, e isso se deve ao reconhecimento das nossas trajetórias de militância e também ao movimento político de ocupação de mulheres negras. Somos sementes de Marielle Franco. Avalio também que a novidade do mandato coletivo trouxe muitos adeptos à esperança de construir uma política com a cara do povo trabalhador”, destaca a vereadora.

Adriana pontua que a mandata coletivafoi resultado da demanda de diversos movimentos populares, mas o que a animou de verdade, foi a ida em, 2019, ao encontro do Ocupa Política, onde conheceu e passou a entender melhor o funcionamento dos mandatos coletivos eleitos. “Foi no Ocupa Política  que entendi o quanto seria interessante elaborarmos essas ferramentas criativas para ocupar a política aqui em Fortaleza, que ainda é tradicional e conservadora”, complementa.

Ainda na adolescência ela atuou no Grupo JBD Lagamar, grupo de jovens católicos ligado às Comunidades Eclesiais de Base, também presidiu a Fundação Marcos de Bruin, articulou a luta pela ZEIS do Lagamar e atuou no enfrentamento às obras de remoção em sua comunidade, além de ter trabalhado como assistente social na Rede Acolhe da Defensoria Pública do Estado. A vereadora também é co-fundadora da FavelAfro, cooperativa de mulheres periféricas da comunidade do Lagamar, e integra o Grupo Jovens em Busca de Deus.

Adriana ressalta o potencial revolucionário da eleição do coletivo:  “Sofremos violência política de gênero dentro e fora da Câmara, mas entendemos que inauguramos um novo fazer político que serviu inclusive de inspiração para novas candidaturas coletivas e para que outras mulheres negras se colocassem para essa tarefa política”.

Liderança Política – Waldemir Catanho

Waldemir Catanho morou na Barra do Ceará e conta que era raro, naquela época, as pessoas da periferia frequentarem uma universidade pública. “Meus pais tinham uma condição financeira razoável e consegui ter uma boa base, cheguei a fazer Química Industrial no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e passei no vestibular para Comunicação Social, na Universidade Federal do Ceará (UFC), onde entrei em contato com o Movimento Estudantil e passei a militar pelos direitos das minorias e pela justiça social”, lembra Catanho, que era também diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Têxtil.

Catanho trabalhava e estudava vislumbrando um futuro melhor não só para si, mas para todos que viriam depois dele, para todos que tiveram o acesso à educação e aos direitos básicos negados. Ele teve sua formação política na luta estudantil, sindical e trabalhista e aposta que as conquistas para superar os anos de escravidão só se dão de forma coletiva. “Só conseguimos pautar nossa causas se estivermos organizados. Precisamos de organização política urgente para combater estes levantes contra a nossa democracia”, destaca ele, que acredita que é preciso provocar as políticas públicas para pautar cada vez mais a igualdade racial como uma urgência de reparação histórica.


Reforma dobra capacidade do sistema de drenagem do gramado do Castelão




Duas semanas após o início dos trabalhos, a reforma de toda a estrutura do gramado da Arena Castelão está na fase de revisão e ampliação do sistema de drenagem.
Está sendo feita a instalação de novos tubos e da manta de drenagem. A estrutura atual recebe troca de material ao mesmo tempo em que está sendo dobrada a extensão de valas e drenos, aumentando a capacidade de drenagem. Em formato de espinha de peixe, o mecanismo disposto na camada mais profunda do gramado do Castelão salta de 1.850 metros de tubulação para 3.700 metros.
“Aproveitamos cerca de 20% da tubulação antiga, o restante está sendo instalação nova. Estamos intercalando onde está sendo aproveitada a tubulação com a colocação de tubos novos. A obra está dentro do cronograma, apesar de essa fase atual ser mais de trabalho manual”, detalha Larissa Augusto, engenheira civil da Superintendência de Obras Públicas (SOP).
Depois dessa etapa, serão depositadas as camadas de brita e de areia, para posterior plantio da nova grama.
Reforma
Com investimento de R$ 1,95 milhão, está sendo executada a revisão de toda a estrutura de campo de jogo e a troca completa do gramado da Arena Castelão. Inicialmente, a reforma estava prevista para o fim da temporada de 2021, mas foi adiada por solicitação de Ceará Sporting Club e Fortaleza Esporte Clube. O prazo da obra é de cerca de 90 dias.
Com 49 anos de existência, o Estádio Governador Plácido Castelo (Arena Castelão) é o maior palco de eventos esportivos do Ceará e uma das praças esportivas mais modernas do Brasil. Foi palco de importantes jogos na Copa das Confederações e Copa do Mundo do Brasil, em 2013 e 2014, respectivamente, além de recentes disputas da Série A do Campeonato Brasileiro, Libertadores da América e Copa Sul-Americana.
Na temporada 2022, a Arena Castelão foi o estádio brasileiro com maior agenda de jogos oficiais. Foram 73 jogos oficiais, à frente de Maracanã (Rio de Janeiro) e Mineirão (Belo Horizonte), que tiveram 65 partidas cada. Pelo gramado do Castelão, a bola rolou em partidas de campeonatos regionais, nacionais e internacionais: sete do Campeonato Cearense, 13 da Copa do Nordeste, seis da Copa do Brasil, 38 do Campeonato Brasileiro (Série A), cinco da Sul-Americana e quatro da Libertadores da América. Uma média de uma partida a cada cinco dias.

Capa do jornal OEstadoCe

 


Coluna do macário batista para o dia 02 de dezembro de 2022

 


Prefeitura ajuíza ação de indenização relacionada às diferenças dos precatórios dos anos 2017 a 2020

A Prefeitura de Fortaleza ajuizará uma ação de indenização, junto ao ente federal, para receber as diferenças do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), pagos em valor menor nos anos de 2017 a 2020. O valor inicial fixado para a distribuição de recursos no Ceará foi de R$ 946,29 por aluno. No entanto, de acordo com a jurisprudência e usando o parâmetro nacional do último ano do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), extinto em 2007, esse valor mínimo deveria ter sido de R$ 1.165,32. “Essa diferença calculada neste período resulta em mais de R$ 600 milhões para a nossa educação. É uma fundamentação sólida e ajuizamos essa ação para que a rede de professores desse período receba o montante. Pedimos que o Judiciário reconheça e avalie o mais rapidamente possível o teor dessa matéria”, enfatizou o prefeito José Sarto. Em cálculos preliminares, estima-se ser possível a recuperação de valores na ordem de R$ 508.532.150,29, em números históricos. Atualizados até outubro de 2022, o montante final dos precatórios é de R$ 648.006.799,79. Além disso, o município de Fortaleza já tem um processo judicializado, junto à União, da ordem de R$ 821.690.584,80, referente ao Processo 0802184-10.2013.4.05.8100, correspondente aos anos 1998 a 2004. No último mês de setembro, o prefeito Sarto sancionou a lei que dispõe sobre a obrigatoriedade de distribuir aos professores da Rede Municipal os recursos relativos aos precatórios. Dessa forma, 80% do total desse recurso será destinado aos profissionais do magistério que estavam em efetivo exercício em suas atividades na Rede Municipal de 1998 a 2004. O restante do recurso, equivalente a 20%, será destinado para a aplicação em manutenção e desenvolvimento do ensino. A gestão municipal aguarda o resultado do julgamento de Cumprimento de Sentença que atualmente tramita na Justiça Federal.
A frase: "Dia de muita alegria e esperança para os cearenses com o início do processo de beatificação do nosso Padre Cícero, símbolo de fé e devoção no Cariri e no estado. Tive a felicidade de acompanhar, em Juazeiro do Norte, a missa e o ritual inicial de beatificação. Viva Padim Ciço!" Izolda Cela estava lá. Eu vi.
Beato pra Igreja,Santo pro povo (Nota da foto)
As solenidades da Igreja Católica para ritos de indicação a estudos sobre beatificação e posterior canonização, são cerimônias de especial beleza plastica e profundos estudos técnicos para a santificação. Nesta semana vivenciamos uma segunda vez no Ceará, desta feita pelo pedido ao nome do Padre Cícero Romão Batista, o Padim Ciço do romeiro e fiel.Eu estava lá.
Diplomação
O governador eleito Elmano de Freitas (PT) e a sua vice-governadora eleita Jade Romero (MDB) serão diplomados,eleitos,pelo TRE-CE no
próximo dia 16 de dezembro.
E mais...
Além deles, o senador eleito Camilo Santana (PT) e os 46 deputados estaduais e os 22 deputados federais eleitos no Ceará também serão diplomados.É a regra do jogo antes da posse,em primeiro de janeiro.
Convite
Sobre a mesa, convite dos diretores da Rádio Princesa, do Crato, que amanhã, 3 de dezembro comemora 30 anos de sua inauguração. Rádio do ex-Prefeito Zé Adega.
Tá feia a coisa
O prefeito de Itaiçaba, Frank Gomes (PDT), foi afastado do cargo por determinação judicial na quarta-feira (30). O Ministério Público do Estado investiga supostos crimes como desvio de recursos públicos no Município.
Irmão no meio
Ermogenes Gomes,irmão do Prefeito, mais o deputado estadual eleito Stuart Castro (Avante) foram presos na mesma operação.A Procap, que apura o problema, está de ollho em negócios contra o Patrimônio.
Será diplomado?
A investigação, comandada pela Procuradoria dos Crimes contra o Patrimônio Público (Procap), estuda desvios de verbas públicas em contratos com empresas ligadas ao parlamentar eleito Stuart Castro.

Tradição de pré
A Prefeitura de Fortaleza mandou dizer que se preparem porque nos dias 28 e 29 de dezembro, vai mesmo bancar dois dias de festas, em um pré-revellion. E vai ter passagem de ano? Está diferente.

Bom dia

 


Osmar Baquit destaca composição dos grupos de transição do governo Elmano

Deputado Osmar Baquit (PDT) Deputado Osmar Baquit (PDT) Foto: Edson Junior Pio
O deputado Osmar Baquit (PDT) parabenizou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (01/12), realizada de forma presencial e remota, os convidados pelo governador eleito do Estado, Elmano Freitas, para compor os grupos de trabalho que vão atuar na transição governamental.
Segundo o parlamentar, os grupos vão identificar problemas existentes no Estado e apresentar soluções criativas para o desenvolvimento do Ceará. “Temos que usar a criatividade e a competência para explorar os recursos do Estado, no sentido de atacar aquilo que pode mudar a vida dos cearenses”, destacou Osmar Baquit.
Ainda de acordo com o parlamentar, é importante que cada setor da equipe de transição abra o diálogo com as pessoas que estão no entorno da coordenação. “É um processo de democratização das ações de governo, ampliando o alcance dessas ações e fazendo com que a sociedade participe do governo”, salientou.
Osmar Baquit também reconheceu o trabalho desempenhado por cada servidor da Assembleia, de quem trabalha na cozinha ou na área de serviços da Casa até os gestores administrativos.
“Parabenizo todos os que fazem esse Plenário acontecer, todos os prestadores de serviços desta Casa, os profissionais da imprensa, que fazem a cobertura deste Parlamento”, cumprimentou o parlamentar.
O deputado registrou ainda a solenidade de inauguração da estrada que liga o município de Irauçuba ao distrito de Juá, que aconteceu na quarta-feira (30/11). “Foi uma festa muito bonita, em que o povo de Irauçuba teve a oportunidade de receber uma estrada toda sinalizada”, ressaltou.
Em aparte, o deputado Romeu Aldigueri (PDT) exaltou o Poder Legislativo estadual pela aprovação, nesta quarta-feira (30/11), de projeto de lei do Poder Executivo que cria o piso salarial dos advogados.

“A Assembleia está de parabéns. É um momento de construção de uma base sólida para a categoria, principalmente para os jovens advogados. É o início de um processo de valorização da categoria, um marco legal e constitucional para a defesa e as prerrogativas de algo tão importante”, assinalou o deputado.


O dia

Quinta feira clara em Fortaleza, sol forte mas nada indica que fique assim muito tempo. Tem umas nuvens tentando transforma o começo do fim de semana (pra muitos) em um dia "colonial". Ispia,,,


1 comentário

Pompeu Macario Batista
Humildemente, devo-lhes uma explicação. Sei que tem pessoas que vêm esses escritos bem longe do Ceará e por isso, às vezes ficam sem entender certas colocações aqui feitas. Hoje, por exemplo, escrevi tempo "colonial". Colonial é a marca de uma cachaça cearense, muito apreciada pelo povo que se dedica a ela, notadamente nos fins de semana. Tempo colonial pra cearense é coisa chique.
Eu por mim mesmo.

De Prefeito a Santo


A Igreja Católica mandou estudar o Padre Cìcero pra ser beato.

Juazeiro do Norte (CE) - 28 graus - Foi uma solenidade com a pompa e a circunstância com a qual os católicos iniciam o processo de análise da vida e da obra de um candidato a santo, mesmo que esse "santo" já seja "Santo" do povo. Assim, começou ontem, quando completou 152 anos de sua ordenação sacerdotal, o trabalho de "beatificação de Cícero Romão Batista, o padre católico que se ordenou no Seminário da Prainha, em Fortaleza, onde fez os estudos e os fez chegar hoje ao digníssimo posto de "servo de Deus".

"Padim Cíço", como carinhosamente chama o romeiro,  viveu de 1844 e 1934, no Ceará, e sua influência atravessou o campo religioso e alcançou a política. Ele teria presenciado um milagre eucarístico e isso chamou a atenção dos fiéis, apesar de a Igreja Católica não reconhecer oficialmente tal milagre.

Em 1911, Padre Cícero foi eleito prefeito de Juazeiro do Norte. Mesmo após a sua morte, em 1934, a devoção a ele cresce até hoje atraindo milhões de fiéis à Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Juazeiro do Norte, onde estão depositados seus restos mortais. Inúmeros milagres são associados à figura do religioso, mas sem o reconhecimento do Vaticano.O Vaticano,porém,que num primeiro momento chegou a suspender suas órdens sacerdotais, revogou a punição e,com os apelos de católicos, padres e bispos, entendeu que era hora de reconhecer que não à toa o Padre Cìcero já "é Santo do povo".

A juventude

Cícero Romão Batista nasceu em 24 de março de 1844, na cidade de Crato, vizinho à pequenina Juazeiro. Seus pais se chamavam Joaquim Romão Batista e Joaquina Vicência Roamana. Sua família era sustentada pelo pequeno comércio da família, e seus primeiros estudos foram feitos na Paraíba. Cícero voltou para a sua cidade natal quando tinha 18 anos, por causa da morte de seu pai. O comércio da família faliu após a morte do patriarca. Desde a infância, Cícero demonstrava seu apreço pelo misticismo e relatava suas visões e revelações. Em uma delas, foi-lhe revelado que sua família não teria problemas financeiros, apesar do fechamento do comércio, que era a única fonte de renda. O coronel Antônio Luiz Alves Pequeno, padrinho de Cícero, socorreu a família e financiou seus estudos em Cajazeiras, interior da Paraíba, e sua passagem pelo Seminário de Prainha, em Fortaleza, capital do Ceará.

Caminhada religiosa de Padre Cícero

Contam os historiadores. Em 1865, Cícero entrou para o seminário, em Fortaleza, e logo percebeu as diferenças entre as práticas religiosas no sertão nordestino e na capital. Enquanto no interior não existia uma autoridade eclesiástica que prezasse pelos ritos de acordo com as ordens do Vaticano, o que possibilitava maior espontaneidade entre os fiéis e a realização de algumas práticas não aceitas pelo clero, na capital, a forte presença do clero e a rigidez na formação dos seminaristas causaram estranheza em Cícero. Em sua formação sacerdotal, ele teve muitas dificuldades, e suas notas não eram das melhores. Apesar de o reitor do seminário, o padre Pierre-Auguste Chevalier, sugerir ao bispo de Fortaleza, Dom Luís Antônio dos Santos, que não ordenasse Cícero, sua ordenação aconteceu em 30 de novembro de 1870. Um ano depois de sua ordenação, Padre Cícero celebrou uma missa em Juazeiro, povoado vizinho de Crato, sua cidade natal. Na ocasião, ele teve um sonho para permanecer na cidade e resolver pendências religiosas locais. O religioso ficou até abril de 1872, quando foi nomeado capelão da Capela Nossa Senhora das Dores.

O milagre de Padre Cícero

Em março de 1889, Padre Cícero celebrava uma missa e, no momento da comunhão, a fiel Maria de Araújo recebeu a hóstia e percebeu que havia se tornado vermelha como sangue. O milagre eucarístico realizado em missas celebradas por Padre Cícero se repetiu e foi necessário chamar o reitor do seminário de Crato para verificar a autenticidade do milagre. Para o reitor, a hóstia, de fato, havia se transformado no sangue do próprio Cristo.A fama de Padre Cícero rapidamente se espalhou, e a imprensa de todo o Brasil noticiou tal milagre. O bispo de Fortaleza, Dom Joaquim José Vieira, não acreditava no milagre, mas enviou uma comissão para analisar o caso. Em 1891, médicos enviados pela Arquidiocese de Fortaleza foram até o local verificar se houve de fato a transformação da hóstia consagrada no sangue de Cristo. Os médicos afirmaram que não havia uma explicação natural para o fenômeno. Dom Joaquim enviou outra comissão, que afirmou serem falsos os milagres eucarísticos. O clero cearense acatou a decisão da segunda comissão e não reconheceu o milagre. Padre Cícero não desistiu de obter o reconhecimento dos seus milagres. Esse fato provocou uma grande romaria à cidade de Juazeiro, dando início à devoção popular ao religioso. As insistências para o reconhecimento do milagre fizeram com que Padre Cícero fosse punido pelo clero, sendo proibido de celebrar missas, fazer pregações e confessar os fiéis. Outra punição que acabou afetando os fiéis foi a proibição de qualquer tipo de peregrinação a Juazeiro.

As proibições à vida religiosa do Padre Cícero só fizeram crescer sua fama e suas históriaas viraram livros e cordéis e seus feitos correram o Nordeste do Brasil. O Nordeste então, passou a correr para Juazeiro em busca das bençãos do "santo Padre Cícero".

O padre e o político

A influência de Padre Cícero extrapolou os limites religiosos e alcançou a política. Ele era uma figura popular e atraía muitas pessoas. Em 1911, Juazeiro foi elevada à condição de cidade, e Padre Cícero se aliou aos políticos locais em defesa da emancipação. O religioso se tornou o primeiro prefeito da nova cidade. Nesse contexto, Padre Cícero articulou um acordo político entre os coronéis da região. Esse acordo ficou conhecido como “pacto dos coronéis” e, com ele, cada coronel apoiaria o governo do Ceará em troca de benefícios. Como disse e a história confirma,as proibições impostas ao Padre Cícero só fizeram aumentar as peregrinações ao Vale do Cariri. Os fiéis queriam conhecer o religioso e pedir algum milagre. Seu nome se tornou famoso não somente no Nordeste, mas no país todo, consagrando-se como uma autoridade religiosa no sertão nordestino. Até hoje a devoção ao religioso é enorme e as peregrinações aos locais por onde ele passou despertam a atenção dos fiéis. Durante a década de 1920, o poder político de Padre Cícero diminuiu e sua saúde se agravou. A Revolução de 1930 acabou com o poder oligárquico e o religioso se afastou da política para tratar dos problemas de saúde. Uma catarata cegou seu olho esquerdo, enquanto o direito enxergava minimamente. Apesar de ter feito uma cirurgia nos olhos, o resultado não foi satisfatório. Além do problema de visão, o religioso sofria de nefrite e problemas intestinais. O religioso morreu em 20 de julho de 1934, sem ver os milagres eucarísticos reconhecidos e afastado da Igreja. Sua reabilitação ocorreu em 2015, mas sem o reconhecimento dos milagres. Até hoje, Juazeiro recebe visitas de fiéis, que vão pedir ou agradecer pela intercessão do “Padim Ciço”, como é conhecido no Nordeste. Este é um pouco da história formal com que os estudiosos analisaram sua vida, mesmo que os milagres tenham passado ao largo dos registros historiográficos.

Igreja católica inicia beatificação do Padre Cícero




 

Vaticano autoriza início de processo de beatificação de Padre Cícero

Padre é considerado santo popular e atrai milhões de romeiros ao Ceará.

O processo de beatificação de padre Cícero Romão Batista na igreja católica foi autorizado pelo Vaticano. A informação foi anunciada pelo bispo da diocese do Crato, Dom Magnus Henrique Lopes, durante missa realizada na manhã deste sábado (20), no Largo Capela do Socorro, em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará.   “Queridos filhos e filhas da Diocese do Crato, romeiros de todo Brasil, é com grande alegria que eu vos comunico nesta manhã histórica que recebemos oficialmente da Santa Sé, por determinação do santo padre, o papa Francisco, uma carta do dicastério para a causa dos santos, datada do dia 24 de junho de 2022. Recebemos a autorização para a abertura do processo de beatificação do padre Cícero Romão Batista que, a partir de agora, receberá o título de servo de Deus”, disse Dom Magnus Henrique Lopes durante a celebração. Devemos lembrar que em 2015, o Vaticano atendeu ao pedido do bispo Dom Fernando Panico e reconciliou o padre Cícero Romão Batista com a igreja católica. Com a reconciliação, não havia mais impeditivos para a abertura do processo de beatificação do “santo popular”. O pedido para a autorização da beatificação de padre Cícero foi solicitado por Dom Magnus Henrique Lopes , através de uma carta entregue ao papa Francisco durante a visita ao Vaticano, em maio deste ano. “Recorremos a vossa solicitude de pastor universal da santa igreja para pedir especial clemência para com este sacerdote católico, amado, exonerado. Esperamos que Vossa Santidade, na hora oportuna, examine, com o coração de pai e como sucessor de Pedro, este pedido ora formulado, cuja resposta é um anseio nosso e dos milhões de devotos do padre Cícero”, diz um trecho da carta entregue por Dom Magnus ao papa Francisco. O trecho foi lido pelo bispo da diocese do Crato durante o anúncio da autorização do processo de beatificação de padre Cícero. A notícia foi recebida com salva de palmas e fogos por milhares de fiéis que estavam no local.