Segundo estudo do BNB/Etene, negócio da fruticultura in natura já ultrapassou o da pecuária bovina no Nordeste
A fruticultura nordestina já representa 31% do valor de toda a agricultura regional. No final de 2008, seu Valor Bruto de Produção (VBP) atingiu R$ 7,9 bilhões, para um total de R$ 25,2 bilhões correspondentes ao setor agrícola. A análise é resultado de pesquisa realizada pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), do Banco do Nordeste (BNB).
A última análise sobre a agropecuária regional, divulgada pela revista BNB Conjuntura Econômica, mostra que, considerando apenas as dez culturas mais relevantes, o negócio da fruticultura in natura já ultrapassou o da pecuária bovina no Nordeste, que alcançou R$ 6,8 bilhões. Banana, mamão, abacaxi e manga, em conjunto, representam mais de 50% de todo o VBP da fruticultura regional, aí incluídas também as culturas do dendê (coco) guaraná (semente), coco-da-baía e cacau.
A produção de banana lidera o ranking de 2008 em quantidade e valor (R$ 1,4 bilhão), seguindo-se mamão (R$ 1,0 bilhão), abacaxi (R$ 726,6 milhões), manga (R$ 708,6 milhões), coco-da-baía (R$ 683,8 milhões), amêndoa de cacau (R$ 629,9 milhões), laranja (R$ 620,9 milhões), uva (R$ 544,4 milhões), maracujá (R$ 421,4 milhões) e castanha de caju (R$ 277,4 milhões).
Seis outras culturas também são de grande relevância para a fruticultura regional: melancia (R$ 212 milhões), goiaba (R$ 88,2 milhões), limão (R$ 75,5 milhões), tangerina (R$ 49,3 milhões), dendê (R$ 40,1 milhões) e guaraná (R$ 18,4 milhões).
O coordenador de estudos rurais e agroindustriais do Etene/BNB, Airton Saboya, destaca que a crescente importância da fruticultura na economia do Nordeste é reflexo tanto das favoráveis condições edafo-climáticas da Região, bem como é resultado de ações do setor público e privado, com destaque para investimentos em irrigação, assistência técnica, pesquisa e financiamentos à produção.
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