Acontecimento inusitado. O gabinete do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) funcionou como uma espécie de “acampamento” ao hospedar 15 manifestantes defensores do ex-ativista italiano Cesare Battisti. O petista diz que cedeu apenas para que as pessoas fossem ao banheiro.
O relatório da Polícia, segundo informações do site G-1, foi encaminhado à Presidência do Senado, à Primeira Secretaria, à Diretoria-geral e à Corregedoria da Casa. Cabe a estes órgãos decidir se tomarão alguma medida administrativa relativa ao assunto.
“Alguns manifestantes a favor de Cesare Battisti, que se encontravam acampados em frente ao Supremo Tribunal Federal se deslocaram para acampar no Senado Federal, mais precisamente no interior do gabinete do senador Eduardo Suplicy”, diz trecho do relatório.
Os manifestantes vieram do Ceará para acompanhar o julgamento de Battisti pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pretendiam ficar acampados na Praça dos Três Poderes. Segundo a Polícia do Senado, no entanto, os manifestantes foram conduzidos para o gabinete de Suplicy, que tem um acesso externo por um estacionamento da Casa.
Na hora que a Polícia do Senado chegou ao local, os senadores José Nery (PSOL-PA) e João Pedro (PT-AM) argumentaram em defesa dos manifestantes. De acordo com o relatório da polícia, os senadores abriram o gabinete para que os manifestantes pudessem pernoitar no local.
Suplicy diz que foi ele mesmo quem cedeu a chave do gabinete aos manifestantes. Ele afirma ter deixado a chave com uma pessoa de sua confiança e que era apenas para usarem o banheiro. Suplicy nega que o local tenha servido de “acampamento”.
MESA DECIDE SE SUPLICY SERÁ PUNIDO
A Mesa Diretora do Senado vai decidir se o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) vai ser punido por ter emprestado o gabinete.
O senador se disse tranquilo quanto ao caso e diz não acreditar em punição. De acordo com o petista, ele apenas fez um favor a uma velha conhecida dos movimentos sociais.
“Conversei com o senador Heráclito e expliquei que não fiz nada demais. Apenas, cedi a chave para o grupo utilizar o banheiro. Se você [jornalista] precisar, eu também vou emprestar. Não houve nenhuma ilegalidade nem invasão”, afirmou.
Suplicy disse que tomou a decisão depois de ser informado que os defensores de Battisti foram impedidos pela Polícia Militar de permanecer em vigília em frente ao STF.
O STF suspendeu, na semana passada, o julgamento da extradição para a Itália de Battisti após pedido de vista do ministro Marco Aurélio Mello. Até a suspensão, quatro ministros do STF tinham considerado ilegal o refúgio político e, com isso, abriam caminho para a extradição de Battisti para a Itália. Outros três ministros votaram contra a extradição.
Penso eu-Quem me garante que esse rapaz é bom da bola?
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