Novo incidente em voo Rio-Paris foi normal, diz Air France

A Air France, por meio de sua assessoria, afirmou que o incidente ocorrido no último dia 29 de novembro, no voo Rio-Paris, foi um acontecimento normal. Segundo o jornal francês "Le Figaro", o voo AF 445 (que substituiu o AF 447 após o acidente em maio) decolou do aeroporto do Galeão, e quatro horas depois, o avião, um Airbus A330-200, o mesmo modelo do AF 447, atravessou uma zona com fortes perturbações meteorológicas, que forçaram o comandante a adotar medidas especiais.

Ainda de acordo com o Figaro, o Airbus teria perdido cerca de 1,7 mil metros de altitude quando sobrevoava uma área a apenas 18 quilômetros de distância do local onde o AF 447 teria desaparecido antes de cair no mar e matar 216 pessoas.

Em um comunicado divulgado aos jornais franceses nesta quinta-feira, a Air France afirma que o comandante seguiu os procedimentos padrões, ao "realizar uma descida normal para evitar uma zona de turbulências severas e atingir um nível de voo menos turbulento".

No entanto, a medida foi adotada sem a permissão do controle aéreo de Dacar, no Senegal - com quem a tripulação não conseguiu estabelecer contato - que é o responsável pela navegação aérea na região, conhecida como "buraco negro" pela falta de cobertura de radares aéreos. Sem a permissão, o piloto foi obrigado a enviar uma mensagem de emergência pelo rádio, para avisar sobre a mudança de nível de voo.

De acordo com a assessoria de imprensa da empresa aérea, associar o ocorrido no dia 29 de novembro com a queda do avião em maio é mera especulação. Não há relatos de feridos no incidente.

O Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil (BEA, na sigla em francês) informou que não pode ignorar uma "tal coincidência" entre o incidente do AF 445 e a queda do AF 447. "Os dados podem nos fornecer novas informações", explicou o porta-voz do BEA.

Uma investigação sobre o incidente foi aberta pelo Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil (BEA, na sigla em francês), que também é responsável por descobrir as causas do acidente ocorrido em maio.

No próximo dia 12, o diretor do BEA, Alain Bouillard, chega ao Rio de Janeiro. Ele deve se encontrar com familiares das vítimas brasileiras do voo AF 447. Cinco dias depois, em Paris, o organismo publicará o segundo relatório sobre as investigações do acidente.

*Com informações da BBC Brasil

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