Por Mara Cibely
Da Redação
Presente nas principais pautas dos últimos dias, o Projeto Estaleiro Promar Ceará foi discutido ontem por cerca de 30 entidades ligadas ao trade turístico. Na reunião, foram debatidas as principais questões referentes aos detalhes do equipamento, instalação e importância econômica para o Ceará. Entre os debatedores estavam o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), Antônio Balhmann, e o secretário estadual do Turismo, Bismarck Maia.
Para o presidente da Adece, o projeto deve gerar 1,2 mil empregos diretos só na primeira fase. Em relação aos impactos que o estaleiro pode causar, Balhann afirmou que há muita desinformação sobre essa questão.
“Será utilizada uma área que havia sido destinada para a ampliação do Porto do Mucuripe em 1995. O estaleiro terá o mesmo desenho aprovado pelos órgãos ambientais daquela época, além disso, todas as questões já haviam sido previstas e as análises de impactos que deveriam existir já foram verificadas. A proposta não apresenta degradações ao meio ambiente”, disse. Balhmann informou ainda que as comunidades do Titanzinho e do Serviluz não serão prejudicadas. “Além dos empregos gerados, pelo que constatamos apenas uma família poderá ser removida do local”, destacou.
REVITALIZAÇÃO
De acordo com Bismarck Maia, a região precisa de um equipamento desse como parte de sua revitalização. “Aquela região é historicamente esquecida e isto não pode continuar. É necessário um empreendimento desse porte econômico para dar apoio ao desenvolvimento da comunidade. Além disso, com a instalação de cursos técnicos no local, a capacidade de empreender pequenos negócios a partir do estaleiro e de outros projetos paralelos gerados através dessa capacitação, será de forte impacto. É uma oportunidade ímpar, não pelo estaleiro, mas por estar sendo objeto de discussão e de melhoria da sociedade”, justificou.
No local, o estaleiro terá capacidade para construir embarcações de até 400 mil toneladas, e mais uma demanda real de oito navios gaseificadores para a Transpetro (subsidiária de logística da Petrobras). Com as ampliações no empreendimento, deve gerar ainda 5 mil empregos indiretos.
TURISMO
Por não ser uma região de grande aporte turístico, a construção do estaleiro não deverá afetar o turismo na capital, assegura Balhmann. “Quando olharmos para a Praia do Futuro, veremos as velas do Mucuripe. Nada será afetado visivelmente”, reforça o presidente.
Presente ao encontro, o diretor da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira – ABIH, Régis Medeiros, que defendia a não instalação do equipamento no Titanzinho, mostrou-se a favor do projeto. “Não podemos perder o estaleiro e se foi tecnicamente provado que não haveria muitos impactos e que aquele local é a melhor localização, não devemos trocar o certo pelo duvidoso”, justificou. E completou: “Atualmente, temos uma boa demanda que vem do turismo de eventos, mas eles são itinerantes. O turismo de negócios é diferente, exatamente por trazer um fluxo permanente e que pode ser ampliado no nosso Estado”.
CONSTRUÇÃO
De acordo com Bismark, as licitações e inícios das obras deverão ocorrer ainda este ano. Além disso, oito navios gaseificadores já foram licitados para o Estaleiro cearense. “A construção do Promar deverá ocorrer simultaneamente com a construção dos navios. O prazo de término das duas obras será de, no máximo, três anos”, explica o titular da Setur.
Penso eu; Os defensores dos cardumes de cocorocas que passam pelo Titanzinho devem estar arrasados. Meu Deus!
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