Fraudes renderam mais de R$ 30 mi com desvio de verbas públicas
O Ministério Público e a Polícia Federal deram início, na manhã de ontem, à “Operação Província”, que busca desarticular uma quadrilha responsável por desvio de dinheiro, sonegação e fraude em licitações em mais de 50 municípios cearenses. Serão cumpridos nove mandados de prisão e 12 de busca e apreensão. As investigações apontam que, em 2008 e 2009, o bando conseguiu faturar mais de R$ 30 milhões em verbas públicas.
Os trabalhos da Operação Província começaram ontem, por volta das 6 horas, em Pacatuba, cidade da Região Metropolitana de Fortaleza. Agentes da PF estiveram nas Secretarias de Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura e de Finanças da Prefeitura local. Durante a manhã, pelo menos oito pessoas foram ouvidas.
As investigações estão sendo feitas desde 2008, e contam com o apoio da Controladoria Geral da União, Receita Federal, Tribunal de Contas do Município e Secretaria de Segurança Pública do Estado. Os alvos são servidores de prefeituras e profissionais encarregados de formar comissões de licitação. Eles são acusados de peculato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e corrupção ativa e passiva.
DESDOBRAMENTO
A Operação Província é um desdobramento da Operação Gárgula, desencadeada em dezembro do ano passado, que identificou um grupo de empresas responsáveis por fraudes em processos licitatórios. Para garantir a apropriação das verbas, os sócios participavam de várias licitações ao mesmo tempo. Alguns dos envolvidos pertencem a mesma família.
A quadrilha é composta pelas empresas Pratika Incorporações, Daruma Construções e Empreendimentos, Êxito Construções e Empreendimentos, Construtora Leandro dos Santos e Master Assessoria e Engenharia, que serviam de fachada para a Falcon Construtora e Serviços. O dono da Falcon, Raimundo Morais Filho, usava nomes e dados de pessoas pobres, que recebiam pagamentos mensais de aproximadamente R$ 150,00.
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