O líder republicano da Câmara dos Deputados disse nesta terça-feira (1º)
que não foi decidido quando a Casa votará sobre a lei aprovada na
madrugada pelo Senado a respeito do chamado "abismo fiscal".
"Nós ainda não chegamos a uma decisão", disse Eric Cantor após sair do
escritório do presidente da Câmara, o também republicano John Boehner.
Cantor, no entanto, disse que a decisão seria tomada em breve --ela poderia sair já em no final do dia.
As medidas já foram aprovadas no Senado por 89 votos a oito.
A decisão, acertada duas horas depois da meia-noite, evitou os aumentos
de impostos e corte de gastos que estavam marcados para entrar em vigor
no começo de 2013, mas a medida também precisa ser aprovada pela Câmara.
A Câmara dos Deputados é controlada pelo Partido Republicano e muitos
membros do partido já se mostraram resistentes ao acordo. É provável que
a medida precise de total apoio da base Democrata para ser aprovado.
O acordo mantém sem aumentos os impostos para os cidadãos com rendas
anuais de menos de US$ 400 mil e casais que ganham até US$ 450 mil.
Acima desse valor, a taxa do imposto sobre a renda subiria dos 35%
atuais a um máximo de 39,6% --o que representaria a primeira alta de
impostos nos EUA em duas décadas.
"Nós não achamos que impostos devam aumentar para ninguém, mas sabíamos
que se não fizéssemos nada, eles iriam aumentar hoje", disse o senador
republicano Mitch McConnell, que negociou o acordo de última hora com o
vice-presidente Joe Biden.
"Este não deve ser um modelo para como fazemos as coisas por aqui, mas
acho que podemos dizer que fizemos uma coisa boa para o país", disse
McConnell sobre os votos a favor do acordo.
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