RC 14, um homem cheio de otimismo


“Estamos fazendo o dever de casa”, diz RC
“Estamos fazendo o dever de casa”. Com essa disposição, o prefeito Roberto Cláudio (Pros) traçou um cenário otimista para seus próximos anos de gestão, onde projetos em parceria com os governos estadual e federal serão implementados. Na entrevista ao jornal O Estado, RC faz um balanço do primeiro ano de seu governo, em que, segundo disse, os compromissos de campanha já começaram a ser cumpridos, sobretudo, na área da saúde, considerada por ele como o principal gargalo herdado da gestão anterior.
Roberto Cláudio espera iniciar, já nos primeiros meses de 2014, a construção de 86 creches, além das escolas de tempo integral, e das prometidas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) - projeto que acredita ser fundamental para fazer fluir o atendimento nas unidades de saúde.
Na avaliação do prefeito, 2013 foi um ano atípico, pois, apesar das dificuldades, conseguiu fazer investimentos . Debruçado sobre dados estatísticos, Roberto Cláudio disse estar otimista com os resultados dE sua gestão, garantindo que Fortaleza conseguiu fazer o maior investimento real dos últimos dez anos.
Roberto Cláudio falou, ainda, sobre suas perspectivas para as eleições de 2014 e descartou mudança no secretariado, sobretudo devido ao pleito. Segundo ele, apenas o secretário especial da Copa, Domingos Neto (Pros), deve se desincompatibilizar no dia 4 de abril - data estabelecida pela Justiça Eleitoral. Os demais são apenas especulações. Confira, abaixo, os principais trechos da entrevista concedida ao jornal O Estado.

O Estado - Como o senhor avalia o primeiro ano de sua gestão?
Roberto Cláudio -
Avaliar é algo subjetivo. Então, vou traduzir em números o que foi este primeiro ano. Em 2013, nós investimos R$ 390 milhões. Investimento, este, prioritariamente em educação, saúde e mobilidade urbana, dentre outras coisas. Para fazer um comparativo, esse é o maior investimento real dos últimos dez anos. Normalmente, o primeiro ano é de pouco investimento, mas, pelo esforço que fizemos de organizar e realizar projetos, pudemos fazer esta execução financeira, principalmente com a perspectiva de duplicar, saindo de R$ 400 milhões para R$ 1,3 bilhões, no próximo ano. Segundo, que considero importante, foi iniciar os compromissos assumidos em campanha, como, por exemplo, o Bilhete Único, que foi implementado em junho e, em janeiro, será integrado ao Sistema de Transporte Alternativo (conhecido como Vans). Além disso, tem as escolas de tempo integral que já foram licitadas e as obras serão iniciadas em janeiro. Também iniciaremos a construção das 86 creches em parceria com o governo federal, além da entrega de novos postos de saúde e construção de três Unidades de Pronto Atendimento. Isso que dizer que estamos fazendo o dever de casa.
OE - Quais as áreas mais problemáticas?
RC - A saúde, sem dúvida, era o passivo mais grave, onde girava os maiores problemas de pessoal, de infraestrutura e dívidas. Estamos priorizando. A batalha é mais difícil e a população espera avanços. Estamos somando esforços, para que todos os postos de saúde estejam funcionando de 7h às 19h, com farmácias abastecidas e atendimento domiciliar. Até junho, 20 novos postos serão entregues e seis Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) da Prefeitura  terão suas obras iniciadas. Com isso, damos um passo importante na saúde da cidade.

OE - O senhor anunciou alguns projetos com recursos federais, como obras da Copa e novas creches. Facilita ter um aliado em Brasília?
RC - Quero ressaltar que a parceria do governo do Estado e do governo federal tem nos ajudado. Entretanto, de pouco adianta, somente, a parceria. Temos de tirar proveito delas, preparando projetos, captando recursos e executando-os. Somente este ano, investimos R$ 20 milhões em projetos. Com isso, captamos mais de R$ 1 bilhão em recursos.

OE- Quais são as prioridades da gestão para 2014?
RC - Daremos continuidade à saúde, como prioridade até 2014. Além disso, teremos creches e escolas de tempo integral e as obras de mobilidade urbana. Também iniciaremos algumas obras na área turística, cujo valor  de R$ 200 milhões já foi captado.

OE - Em relação à eleição do ano que vem, o Pros sempre relata que, só em 2014, falará sobre o assunto. Mas, na sua opnião, é possível abdicar da cabeça da chapa e ser vice? E a vaga ao Senado, o candidato será mesmo um aliado petista?
RC - Esta é uma discussão para 2014 mesmo. E não apenas uma resposta para fugir da pergunta, não. De fato, quem está na administração sabe que o envolvimento no processo político-eleitoral antecipado tira o foco e a atenção do que interessa. E é natural desejarmos discutir o assunto somente no momento aprazado. Se eu começar a falar em eleição agora, não entrego os postos prometidos, porque as cobranças se diluem. O governador tem uma fala muito sábia: “quem tem de se apressar com candidato é a oposição“. Nós temos que administrar e entregar as ações prometidas e, assim, termos um projeto sólido para, na hora certa, apresentar um candidato competitivo. Como será a discussão com os aliados? Isso se dará no momento oportuno a partir de março.

OE - E o cenário nacional?
RC - A Dilma tem estabelecido uma sólida liderança, graças ao conjunto de políticas sociais, principalmente para o Nordeste. A despeito da boataria, não houve um declínio econômico. Pelo contrário, existe uma expectativa de crescimento em 2014. Na minha visão, não existe nada que afete a administração da presidente Dilma e, por isso, avalio que ela será uma candidata competitiva em 2014.

OE - Haverá alguma mudança no secretariado para  o ano de 2014?
RC - Não. Mas, pode haver. Não estou impermeável a isso. Caso exista um problema moral, certamente terá uma resposta. Mas, no momento, não existe nenhum pensamento neste sentido.

OE - E os secretários que sairão candidatos em 2014?
RC - Até agora, somente o Domingos Neto disse que seria candidato e, no prazo, se descompatibilizará para disputar as eleições. Existem alguns boatos, mas ninguém teve comigo para tratar do assunto. No prazo legal, eles sairão e buscarei substitutos para o cargo.

LAURA RAQUEL
da Redação

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