Por mais de 20 anos, Eliane Brum cobriu o desenvolvimento econômico brasileiro e seus impactos nas vidas humana e selvagem da Amazônia. Em 2017, após a inauguração da usina de Belo Monte e diante da escalada da crise climática, percebeu que era hora de deslocar o centro da conversa para onde considerava ser o centro do mundo. Mudou-se de São Paulo para Altamira.
Conhecida
por seus longos e impactantes textos, Eliane é uma espécie rara no
jornalismo. Mantém um compromisso inabalável com a objetividade dos
fatos para reportar o subjetivo. A colonização psíquica, o desterro do
espírito e a imposição de algo maior do que um modelo econômico sobre a
natureza. A imposição de uma ideia de ser humano.
Ao
se mudar para Altamira, a jornalista assumiu o mesmo compromisso
consigo: investigar e descolonizar a sua própria subjetividade.
Bruno Torturra convidou
Eliane para passeio por Altamira. De um dos Reassentamentos Urbanos
Coletivos à uma praia artificial do Rio Xingu. Ambos construídos pela
Norte Energia, após a expulsão de milhares de famílias ribeirinhas na
construção de Belo Monte.
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