CPI das Associações Militares deve ter prazo maior na AL


O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga as associações militares do Ceará, deputado Salmito (DPT), anunciou nesta terça-feira (31) que o colegiado deverá prorrogar seus trabalhos. A Comissão – também conhecida como CPI do Motim – apura sobre a possível participação dessas entidades nas paralisações dos policiais no ano de 2020, principalmente no aspecto financeiro.

De acordo com o parlamentar, a renovação do prazo dos trabalhos da comissão já tem o parecer favorável da Procuradoria e aguarda novas definições. “Eu imaginava que não fosse mais necessário, mas o tempo não foi suficiente. Tivemos as visitas, e elas foram importantes para não ficar a imagem de que a CPI avalia que as associações são ruins. Existem trabalhos bons, importantes, que merecem todo o nosso reconhecimento. Na investigação você encontra falhas e acertos. Os acertos você reconhece, e as falhas, a comissão deve encaminhar ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, que é quem julga”, assinalou.


Salmito observa ainda que essa renovação de prazo tem o objetivo de respeitar o processo formal, ter tempo suficiente para, se preciso, ouvir mais alguém, e o relator apresentar o seu relatório. Segundo ele, um novo prazo servirá também para concluir “essa fase final”.

“Tivemos uma primeira fase importante, de colher informações; a segunda de ouvir depoimentos, e essa fase final para fechar, o deputado relator apresentar o relatório e os demais membros avaliarem e conhecerem esse relatório, para assim deliberarmos sobre esse documento construído pelo deputado Elmano Freitas (PT)”, pontua. Em dezembro, o colegiado já havia aprovado a renovação do período inicial dos trabalhos por mais 120 dias, prazo que se encerra hoje. Segundo o secretário da comissão, Disraeli Moura, o prazo de 120 dias é uma formalidade, mas os trabalhos devem ser concluídos antes disso.

Reunião
Durante reunião da CPI que ocorreu nesta terça, foi aprovada a convocação de um novo depoimento do presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), Cleyber Barbosa de Araújo. Ele foi ouvido na CPI no dia 5 de abril deste ano, quando negou que a entidade tenha participado, financiado ou motivado a paralisação da Polícia Militar.
A solicitação atende a requerimento do deputado estadual Marcos Sobreira (PDT). Segundo o parlamentar, o novo depoimento é necessário para sanar dúvidas “documentais e fáticas” no âmbito da investigação. “É prudente nesse momento, até para que sejam esclarecidos todos os fatos para a sociedade cearense, em especial a gloriosa corporação de policiais do Ceará. Esse convite é para sanar qualquer dúvida, sem qualquer juízo de valor nesse momento, apenas para tirar dúvidas que restam a mim e imagino que a outros membros da CPI”, justificou.
Participaram da reunião o presidente da CPI, deputado Salmito, além dos deputados Marcos Sobreira, Soldado Noelio (União Brasil), Elmano Freitas (PT) e Augusta Brito (PT).

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