Após a divulgação dos resultados da pesquisa de intenção de voto encomendada pelo PDT para ajudar a escolher o candidato a governador, cinco partidos da base aliada – PT, PV, PP, PCdoB e MDB – lançaram nota conjunta, nesta quinta-feira (7), defendendo a reeleição da governadora Izolda Cela (PDT). Ela disputa a indicação do partido com o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que apareceu com resultados melhores no levantamento feito pela Quaest.
Izolda, sucedendo a publicização da
pesquisa, declarou publicamente que coloca o próprio nome na disputa
“para unir”, destacando a importância da união política no processo que
leva às definições de nomes para a eleição. “Sigo defendendo o respeito e
o diálogo porque não se faz nada sozinho. E fortalecendo em mim a honra
e o compromisso de seguir na missão”, disse, pontuando ainda que “o
propósito de colocar meu nome para continuar governando o Estado
firma-se na responsabilidade e compromisso com nosso povo do Ceará”.
Depois
da divulgação da mensagem, PT, PV, PP, PCdoB e MDB lançaram a seguinte
nota: “A manifestação pública da governadora Izolda Cela colocando seu
nome para continuar governando o estado, firmando-se na responsabilidade
e compromisso com o povo do Ceará e em nome da união a ser construída
através do diálogo de todas as forças políticas, é fato de grande
relevância a exigir nossa consideração. Acreditamos que a construção de
uma candidatura deve ser o resultado da unidade e do diálogo entre todos
os partidos.”
O texto sucede uma reunião feita entre lideranças
das legendas e funciona como o indicativo de uma frente partidária
sólida em favor do nome de Izolda – até então, o principal empecilho
para a possível indicação de outro candidato era o PT, que amplamente
rejeita Roberto Cláudio e tem abraçado de modo próximo a indicação da
atual governadora, em ocasiões até condicionando a manutenção da aliança
com o PDT à escolha de seu nome. Também tem certo destaque, nesse
sentido, o MDB, uma vez Eunício Oliveira também rejeita o ex-prefeito da
capital e só deverá estar incluído na campanha do lado governista caso
RC não seja candidato.
O PDT, por sua vez, já determinou que não
aceitará vetos de partidos aliados a candidatos seus, como reiterado
pelo presidente nacional Carlos Lupi e pelo presidente estadual da sigla
André Figueiredo. O entendimento é de que o PT (e outras legendas que
acompanhem esse movimento) estaria tentando impor o nome de sua
candidata de preferência, o que o partido considera inadmissível.
Pesquisa
Na
pesquisa em questão, realizada pela Quaest, o cenário da pesquisa
estimulada em que Izolda disputa o pleito mostra o candidato da
oposição, Capitão Wagner (União Brasil), com 52%, frente a 40% de
intenções de voto na governadora, representando uma diferença de 22
pontos percentuais. Já o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio,
principal adversário de Izolda na disputa interna pela indicação do
partido, aparece com 40% contra 44% de Wagner, o que significa que
estariam empatados tecnicamente, considerando a margem de erro de 2,5
pontos percentuais.
O estudo foi feito de 27 de junho a 1º de julho e
entrevistou 1.500 eleitores cearenses de 49 municípios, de modo
presencial, e foi registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
sob os códigos BR-07841/22 e CE-05334/22.
O resultado favorável a RC,
na disputa com a atual governadora, já era esperado dentro da base,
levando em conta o recall acumulado por ele durante os oito anos à
frente da Prefeitura de Fortaleza. Com base nisso, Izolda já havia
declarado, quando o levantamento ainda estava sendo encomendado, que
pesquisa “fornece apenas o retrato do momento, a mais de três meses da
eleição” e que “partidos aliados ao PDT no estado, como PT, PSD, MDB,
PP, PSB, PCdoB, PV e tantos outros parceiros, devem ser ouvidos de forma
a contribuir com o processo”.
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