A bancada federal do Ceará definiu nessa quarta-feira (12) a distribuição das emendas coletivas para o Orçamento Geral da União de 2026. O valor total dos recursos é de mais de R$ 415,7 milhões e contemplará quatro áreas essenciais: saúde; integração e agricultura; educação e segurança pública.
A saúde foi a grande prioridade, ficando com a maior parcela desses recursos: R$ 376,2 milhões. De acordo com o coordenador da bancada, deputado federal Domingos Neto (PSD-CE), a definição das emendas foi feita com base nas indicações dos parlamentares e após uma série de reuniões em que os deputados federais e senadores cearenses ouviram representantes da sociedade civil, o governador do Estado, prefeitos e demais lideranças locais.
Segundo Domingos, o objetivo é garantir que esses recursos atendam às prioridades do Ceará. A saúde foi escolhida mais uma vez como prioridade da bancada a pedido do governador Elmano de Freitas (PT), do prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), e de prefeitos do interior do estado.
Ainda conforme o coordenador da bancada, cada um dos parlamentares destinou para a saúde mais da metade dos recursos que têm direito. Esses recursos para a área vão ser destinados principalmente para o Governo do Estado, a Prefeitura de Fortaleza e municípios do interior.
No início de novembro, durante uma das reuniões da bancada em Brasília, o governador Elmano pediu R$ 200 milhões para a interiorização de serviços de saúde no estado, com destaque para a expansão da oncologia. Já o prefeito Evandro pediu R$ 75 milhões que seriam voltados para investimentos no hospital Instituto José Frota (IJF). Na ocasião, os pedidos do governador e do prefeito foram atendidos.
O restante das emendas coletivas da bancada cearense foi dividida da seguinte forma: R$ 19,1 milhões para integração e agricultura; R$ 12,1 milhões para educação e R$ 8,2 milhões para segurança pública.
Segundo o coordenador da bancada, os recursos para a educação devem beneficiar instituições como a Universidade Estadual do Ceará (Uece) e demais instituições de ensino superior estaduais, além de universidades e institutos federais.
Ainda conforme Domingos Neto, os recursos para integração e agricultura devem atender, por exemplo, Ministério da Agricultura, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Já na segurança pública, os recursos devem ser repassados a órgãos como Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e guardas municipais. "Portanto, a bancada destinou em suas nove emendas para os quatro eixos fundamentais que o Ceará precisa: saúde; educação; desenvolvimento regional e agricultura; segurança. Tenho certeza que serão recursos fundamentais para o povo cearense", falou Domingos.
As emendas coletivas são impositivas, ou seja, com execução obrigatória. Elas são propostas pelo grupo de parlamentares, no caso, a bancada cearense no Congresso Nacional, modificando o orçamento da União. O objetivo é redirecionar os recursos públicos federais para projetos, programas ou áreas de interesse da bancada ou do estado que essa representa.
Emendas da bancada do Ceará
Total: R$ 415,7 milhões
Saúde: R$ 376,2 milhões
Integração e Agricultura: R$ 19,1 milhões
Educação: R$ 12,1 milhões
Segurança Pública: R$ 8,2 milhões
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