Quando um farol apaga, quase sempre uma luz toma seu lugar. As luzes não só mostram o que deve ser visto , mas avivam memórias daquilo que um dia viveu na escuridão.
O dia
Padarias superam farmácias em Fortaleza e revelam a força do setor de panificação
Em Fortaleza, a cena é comum: farmácias parecem ocupar cada esquina da cidade. No entanto, os registros oficiais da Junta Comercial do Estado do Ceará (Jucec) mostram uma realidade diferente. A capital possui quase dez vezes mais padarias do que farmácias, revelando não apenas um traço do comportamento de consumo, mas também a vocação empreendedora que impulsiona a economia local.
De acordo com dados coletados até 12 de setembro, Fortaleza conta com 10.062 padarias ativas, considerando os três segmentos relacionados à fabricação de produtos de padaria e de confeitaria com predominância de produção própria. A indústria lidera com 4.053 registros, seguida pelo comércio (3.625) e pelos serviços (2.384). O volume mostra que o setor de panificação é um dos motores da economia, reunindo desde pequenas padarias de bairro até unidades de maior porte, que produzem em escala.
As farmácias, por sua vez, somam 1.164 registros. A maioria está no comércio, com 1.075 empresas, enquanto apenas 10 se enquadram como indústria e 79 como serviços. Os principais CNAEs correspondem ao comércio varejista de produtos farmacêuticos sem manipulação de fórmulas, além das farmácias de manipulação e de homeopatia, que representam uma fatia menor desse mercado.
Formalização de empreendedores
Para o presidente da Jucec, Eduardo Jereissati, o contraste entre os números e a percepção popular chama atenção e reforça como a formalização de empreendimentos tradicionais, como as padarias, representam boa parte da economia local.
“Quando olhamos para os registros oficiais da Jucec, percebemos que a realidade muitas vezes é diferente da percepção do dia a dia. Embora muitos acreditem que as farmácias dominam o cenário, os números mostram que as padarias são ainda mais numerosas em Fortaleza. Esse dado também evidencia a formalização dos pequenos empreendimentos de bairro, que têm papel essencial no desenvolvimento econômico da capital cearense. Tudo isso revela a importância da transparência das informações empresariais, papel que a Junta Comercial cumpre para dar clareza à sociedade e fortalecer o ambiente de negócios.”
Ceará recebe conferência internacional sobre clima e desenvolvimento em regiões semiáridas
Encontro antecede a COP30 e busca soluções para adaptação às mudanças climáticas
Fortaleza é palco, a partir desta segunda-feira (15), da 3ª Conferência Internacional sobre Clima e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas (Icid 2025) e da COP Nordeste. O evento, que reúne representantes de mais de 80 países, antecede a COP30 (Conference of the Parties – Conferência das Partes), para a qual as contribuições serão encaminhadas.
Ao declarar aberto o evento, o governador Elmano de Freitas reafirmou, em nome do povo cearense, o compromisso com a sustentabilidade, a cooperação internacional e a construção de um futuro resiliente para todos e todas. “É com grande honra e entusiasmo que o Governo do Ceará dá as boas-vindas a todos e todas. Essa conferência é um espaço singular de diálogo, ciência e cooperação, e não poderia ter um lugar mais apropriado do que aqui, um estado que ao longo da sua história transformou os desafios da seca em oportunidades de inovação e de desenvolvimento sustentável”, disse.
Para o chefe do Executivo Estadual, o evento representa mais que um evento acadêmico. “A Icid 2025, portanto, é um chamado a ação conjunta. É a celebração de uma rede de cooperação, que une continentes, idiomas e culturas em nome de um objetivo comum: garantir a segurança hídrica, alimentar e energética para gerações presentes e futuras”, frisou.
A cerimônia foi realizada no Centro de Eventos do Ceará (CEC), onde seguirá a programação. Também estiveram presentes autoridades que representam órgãos ligados à temática, como a Funceme, o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (Cgee), a Organização das Nações Unidas (ONU), o Consórcio Nordeste, além das secretarias estaduais da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema) e dos Povos Indígenas (Sepince), bem como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
A 3ª edição da Icid 2025 busca dar voz a 2,4 bilhões de pessoas em todo o mundo, segundo o diretor do evento, Antônio Rocha Magalhães – referência no combate à desertificação, às mudanças climáticas e na defesa da Caatinga. “Nos próximos dias, estaremos reunidos para debater temas relacionados às regiões secas, como clima, impactos, adaptação, mitigação e desenvolvimento sustentável”, destacou o diretor, que foi homenageado na ocasião por sua trajetória nacional e internacional em prol do desenvolvimento sustentável do Nordeste.
O encontro, que segue até sexta-feira (19), espera reunir cerca de 2 mil participantes, entre pesquisadores, gestores públicos, representantes de organismos internacionais, instituições acadêmicas, setor produtivo e organizações da sociedade civil. A programação inclui plenárias, painéis temáticos e encontros paralelos, com debates sobre gestão hídrica, financiamento verde, educação climática, tecnologias de monitoramento ambiental, cooperação internacional e políticas públicas voltadas para territórios vulneráveis.
Entre os tópicos abordados estão os impactos das variações climáticas nas regiões secas, estratégias de adaptação às mudanças já inevitáveis, o papel dessas áreas para os recursos hídricos, segurança alimentar e energia renovável, além de propostas para contribuir com a redução das mudanças climáticas e promover o desenvolvimento sustentável.
Representando o MCTI, estava presente Inácio Arruda, secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (Sedes) do órgão. Ele ressaltou que todo grande evento do gênero foram precedidos de uma conferência sobre desertos e semiáridos. Neste sentido, reforçou a importância do encontro.
“Essa conferência que nós estamos realizando aqui é a contribuição que nós estamos dando para a conferência do clima, em Belém. E também uma demonstração que, ao discutir clima, não apenas a floresta amazônica, são uns cinco biomas. E nós temos um bioma muito especial, que é a Caatinga, que está no semiárido, e o semiárido está espalhado no mundo inteiro. Então, todas as regiões do mundo, todos os continentes têm semiárido, têm terras secas, têm desertos e têm gente morando”.
A secretária titular da Secitece, Sandra Monteiro, destacou que o evento é fruto de uma junção de esforços. “É importante que o Brasil e o mundo, na COP30, percebam que é muito bom defendermos a Amazônia, mas também precisamos mostrar que o semiárido e a Caatinga são responsáveis pela biodiversidade, pela bioeconomia e, principalmente, pelo clima”, disse.
Ceará na vanguarda
O Ceará é protagonista nos debates sobre clima e desertificação. O presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Rodrigues, relembra que o estado foi o primeiro a sediar a Icid antes da Rio+20, de onde saiu a sugestão para a criação da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (UNCCD). Em 2010, o estado sediou a segunda edição e, agora, sedia o terceiro encontro.
“A gente quer levar mensagens para a COP30, saídas desse evento, para trazer mais luz à problemática das terras secas. Nós temos um foco muito grande nas florestas e, desde, 1992 o estado do Ceará sempre foi protagonista em organizar esse tipo de conferência. Agora, nós estamos organizando a terceira Icid exatamente para enfatizar que precisamos também de uma atenção especial aos biomas das regiões áridas e semiáridas”, disse.
COP Nordeste
Inserida na agenda da Icid 2025, a COP Nordeste reforça o papel da região como protagonista na transição ecológica, na transformação industrial verde e na justiça climática no Brasil e no mundo. O encontro reunirá governadores nordestinos, o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, além de representantes da sociedade civil, setor privado, universidades e parceiros internacionais.
O objetivo é consolidar uma proposta conjunta de enfrentamento aos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Outro destaque será o debate sobre financiamento climático e adaptação em territórios vulneráveis, além da valorização da bioeconomia e dos ativos naturais da região. A conferência também dará visibilidade ao bioma Caatinga e ao potencial nordestino para energias renováveis, com ênfase em energia eólica, solar fotovoltaica e hidrogênio verde.
Compartilhamentos e aprendizados
A Icid também é um espaço importante para o compartilhamento de experiências. A Fundação Araripe, por exemplo, participa do evento apresentando as ações desenvolvidas com a Gestão Integrada dos Recursos Naturais (GIRN). O técnico de campo Francisco Ismael destaca que o acesso a investimentos, por meio de parcerias, é a principal motivação da participação na conferência. Ele também detalhou o trabalho realizado pela instituição.
“Os projetos que realizamos têm como foco o uso sustentável dos recursos naturais, tanto da Caatinga e do Cerrado como de outros biomas. Temos a parte de conservação de solo em áreas degradadas e desertificação, uso do madeireiro também, com os planos de manejo, na qual é o uso integrado dos sistemas, e a parte de preservação, extrativismo e beneficiamento de fluxos”, afirmou.
Já a bióloga Patrícia Noara, que atua na área de gestão ambiental, participou da conferência em busca de novos conhecimentos. “O evento é importante para que possamos entender sobre o clima, o que está acontecendo e como ele influencia todo o ecossistema. Como trabalho nessa área, com gestão de resíduos, considero de suma importância estar aqui”, concluiu.
Juiz nega prisão preventiva para Ciro, mas proíbe novos ataques contra Janaína
Por outro lado, a decisão da primeira instância, publicada nessa segunda-feira (15), determina que o ex-ministro não pode ofender ou fazer qualquer menção “injuriosa ou difamatória” contra a gestora, mesmo que de forma indireta. A restrição vale para pronunciamentos públicos, entrevistas, reuniões, eventos e publicações em redes sociais. No caso de descumprimento, Ciro terá que pagar multa de R$ 10 mil.
A punição estabelecida foi apenas uma de um conjunto de medidas cautelares propostas pelo órgão titular da acusação contra o ex-governador.
O pedido de prisão preventiva havia sido feito pela Advocacia do Senado Federal no início de setembro, após novas declarações ofensivas do pedetista contra Janaína. Em agosto, em meio a uma série de críticas a petistas do Ceará durante a festa de aniversário do ex-prefeito Roberto Cláudio, Ciro afirmou, sem citar o nome de Janaína, que ela “recrutava moças pobres e de boa aparência para fazer o serviço sexual sujo do senhor Camilo Santana”.
Victor Barroso ainda ratificou o recebimento da denúncia do Ministério Público Eleitoral do Ceará (MPE-CE) de maio de 2024 em que Ciro foi acusado de violência política de gênero. O ex-governador afirmou na época que Janaína seria “assessora para assuntos de cama” do ministro da Educação, Camilo Santana (PT). Por esse fato, Ciro foi condenado a pagar multa de R$ 52 mil. Nesse caso, o juiz designou a realização de audiência de instrução e julgamento do caso.
Coluna do Macário Batista para 16 de setembro de 2025
Os observadores da cena política acompanham com lupa à mão, as eleições do ano que vem. É muito cedo? Seria se as coisas não tivessem mudado tanto a ponto de começar uma campanha do fim da última, no exato momento do fim de outra campanha e até antes da diplomação dos eleitos. Nem precisa dar exemplos porque os fatos atropelam os próprios fatos e os nomes foram pras ruas muito antes de que se imaginassem a velocidade dos acontecimentos. Primeiro: terminou a campanha de prefeito e já se falava na eleição pro governo com nome do governador à reeleição. Aí, Cid Gomes botou areia na curva anunciando sua saída do processo de eleição pro senado, indicando um provável substituto, aparentemente abatido em pleno voo, e a ratificação do nome do Zé Guimarães pela esquerda e do pastor deputado Alcides pela extrema direita. Isso tudo corre nas ruas, como água servida. Só que, nos bastidores, nas camarinhas, lideranças, partidos, eleitos, suplentes além de suas preferências, negociam, articulam, trocam votos de amor eterno e armam botes e ataques a postos e cargos. O último "acerto" a que chegou à esta mesa de trabalho, carrega dos sertões dos Inhamuns, do Tauá, o nome da Prefeita Patrícia Aguiar, em seu quarto mandato no município e dois de deputada estadual para compor a chapa com Elmano de Freitas, que se anuncia candidato à reeleição. Patrícia, relatam analistas, tem uma bela história politico-administrativa e seria de grande ajuda na campanha de Elmano. Sim, e o Senado, com duas vagas em jogo? Calma! Antes de o galo cantar três vezes muita gente até lá será traída.
A frase: "Trump está conseguindo unir o mundo contra os Estados Unidos". A mãe dele teria dito: Não deem poder a meu filho ele...
Sancionada lei que cria a Carteira Nacional Docente do Brasil(Nota da foto)
Documento é destinado a professores da educação pública e privada de todo o país. Carteira facilitará acesso a prerrogativas como desconto em eventos culturais, além de novos benefícios e vantagens
Trem nos sertões e mar
Muitos pedidos foram feitos ao governo, desde os temos de Cid Gomes no poder para estirar o Metrô de superfície de Sobral até o distrito de Caioca a 12 quilômetros férreos.
A demanda
Não haveria passageiro suficiente para a implantação do ramal que hoje transporta cimento e como a linha é ruim, e cimento não reclama, haveria um custo, só com a via, superior a R$200 milhões de reais. O ganho social seria pequeno.
Em compensação...
O Metrô de Fortaleza tem prontos os estudos, projetos e quase prontas todas as necessidades de levar o Metrô de superfície de Caucaia até o Porto do Pecém. Ai, sim. Tem uma demanda que justifica. A linha está pronta. O ganho é alto.
Quase de volta
Se em bem andou nosso Girão compôs um trio de senadores do PL que foi a Itália pedir a um juiz que deixe tia Zambelli solta, livre e solta pra se defender em liberdade do trâmite que a trará pra cumprir uma cadeia aqui.
TCE nos sertões
TCEduc 2025 visitará quatro municípios nos dias 16 e 17 de setembro. O programa de formação continuada do Tribunal de Contas do Estado do Ceará, o TCEduc, chega a quatro municípios nesta semana.
Efetuar inscrição no IPCeduc.
Por meio do Instituto Plácido Castelo, as capacitações sobre temas relacionados a administração pública serão sediadas em: Senador Sá e Uruoca,no dia 16 de setembro, e Massapê e Santana do Acaraú, no dia 17/9.
Ceará recebe Capag A+, nota máxima de saúde financeira
O Ceará recebeu pela primeira vez a nota máxima conferida pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) no índice que mede a saúde fiscal de estados e municípios brasileiros, a Capag, e agora tem capacidade de pagamento A+ (Capag A+). A novidade foi divulgada nessa segunda-feira (15) durante evento em Brasília do III Prêmio Qualidade da Informação Contábil e Fiscal, promovido pela STN.
O governador Elmano de Freitas (PT) celebrou o reconhecimento nacional, dizendo que isso reforça a solidez fiscal construída nos últimos anos pelas gestões estaduais. "O Ceará agora é Capag A+, nota máxima sobre a capacidade de pagamento do Estado", informou Elmano pelas redes sociais. "Também fomos reconhecidos por boas práticas em transparência e gestão responsável (...). Isso mostra a seriedade com as contas públicas e abre caminho para mais investimentos no Ceará. O trabalho não para!".
Representando o governador Elmano na premiação nacional, o secretário estadual da Fazenda, Fabrizio Gomes, considerou o feito um "marco para a gestão fiscal cearense". Ele lembrou que o Ceará recebeu nota "Capag A" em 2024 e, pelo segundo ano consecutivo, recebeu a melhor nota com um adicional "de excelência na informação contábil". "Isso é muito importante mostrando toda a eficiência do Ceará no seu equilíbrio fiscal, na transparência, na divulgação dos dados, com essa qualidade contábil e fiscal", disse o chefe da Sefaz-CE.
Apenas sete estados atingiram a nota Capag A+ do Tesouro Nacional. Além do Ceará, receberam também a nota máxima Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Rondônia, Mato Grosso e Paraíba.
O Ceará ainda ficou no terceiro lugar na categoria 'Melhor Evolução Nacional', quanto à transparência das informações fiscais, do III Prêmio Qualidade da Informação Contábil e Fiscal. A premiação reconhece Estados e municípios que se destacam pelo envio de informações contábeis consistentes ao Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi). Em 2025, o prêmio ainda reconheceu os entes que alcançaram a classificação A+ na prévia da análise da capacidade de pagamento (Capag).
Avaliação da Capag
A Capag é uma avaliação realizada pelo Tesouro Nacional que mede a saúde financeira de estados e municípios brasileiros. Essa avaliação é importante pois serve como um indicador da capacidade desses entes federativos de honrar seus compromissos financeiros e tomar novos empréstimos com garantia da União. A análise considera três variáveis principais: endividamento, liquidez e poupança corrente. O resultado é uma nota que pode ser de A a D, como um "indicador de risco".
O principal objetivo do índice é verificar se uma nova operação de crédito representa risco para o Tesouro Nacional e para o patamar de endividamento de estados e municípios. Uma nota alta funciona como um "selo de qualidade" ao ente para aprovação de operações de crédito com garantia da União, além de acesso a juros mais baixos. Isso garante maiores investimentos públicos para a gestão estadual ou municipal, viabilizando mais possibilidades na realização de políticas públicas.
Entre as vantagens de uma nota alta na Capag, estão, além da possibilidade de se alavancar os investimentos públicos: a confiança dos investidores; a consequente atração de novos aportes privados e a melhora da imagem institucional do ente.
Bom dia
Fortaleza recebe cúpula global sobre alimentação escolar com participação de organizações
Evento internacional da School Meals Coalition reúne governos e organizações para debater o papel das refeições na escola no combate à fome; no mundo, 466 milhões de crianças são atendidas por programas
Setembro de 2025 –Vai começar a 2ª Cúpula Global da School Meals Coalition, evento internacional que ocorrerá nos dias 18 e 19 de setembro de 2025, em Fortaleza (CE). O encontro, que reúne lideranças de diversos países - e terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva(?) - discutirá a alimentação escolar como uma das políticas públicas mais eficazes para combater a fome e promover o desenvolvimento infantil. Diversas entidades do sistema ONU, como a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) também marcarão presença.
Segundo relatório do Programa Alimentar Mundial (WFP), cada dólar investido em programas de alimentação escolar gera de US$ 7 a US$ 35 em benefícios econômicos e sociais. Esses programas são reconhecidos pela ONU como a maior rede de proteção social do mundo, capaz de ajudar países a enfrentar crises (das mudanças climáticas às guerras) e alcançar as crianças mais vulneráveis.
De acordo com a WFP, o número de crianças atendidas por programas de alimentação escolar aumentou em 80 milhões desde 2020, alcançando hoje pelo menos 466 milhões em todo o mundo. Essa expansão representa também impacto econômico, somente a preparação das refeições gera 7,4 milhões de empregos em cozinhas, além de milhares de outras oportunidades em logística, agricultura e cadeias de suprimentos.
China amplia a compra de soja brasileira e sustenta a balança comercial do País
247 – A relação estratégica entre os presidentes Lula e Xi Jinping tem se traduzido em resultados concretos para o Brasil, especialmente no campo do agronegócio. Segundo revelou o jornal O Estado de S.Paulo, a China ampliou em 31% suas compras de soja brasileira em agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado, ajudando a sustentar a balança comercial em meio à retração das exportações para os Estados Unidos.
Esse avanço das exportações para o mercado chinês foi fundamental para compensar a queda de 18,5% nas vendas para os EUA, resultado direto do tarifaço de 50% imposto por Washington. A cooperação entre Brasil e China tem se mostrado uma alternativa sólida em um cenário global de disputas comerciais, reafirmando a importância do alinhamento político e diplomático entre os presidentes Lula e Xi.
Brasil garante superávit com apoio da China
A parceria sino-brasileira fortalece a posição do país como fornecedor estratégico de alimentos, especialmente em um momento em que Pequim busca diversificar suas fontes de suprimento. Além da soja, o Brasil também foi beneficiado pelo aumento de 40,4% nas exportações para a Argentina, puxadas pela venda de automóveis. O desempenho conjunto assegurou um superávit 3,9% maior na balança comercial de agosto em relação a 2024, mostrando que a diplomacia ativa e pragmática fortalece os resultados econômicos.
O reposicionamento da China no mercado global de soja decorre da guerra comercial com os Estados Unidos. O jornal chinês Global Times ressaltou que agricultores norte-americanos estão “perdendo bilhões de dólares em vendas de soja para a China, justamente no auge da temporada de comercialização”, reflexo direto das tarifas impostas por Washington e da decisão chinesa de buscar fornecedores alternativos, sobretudo Brasil e Argentina.
Prioridade ao Brasil
A publicação lembra que, durante décadas, cerca de metade da soja produzida nos EUA tinha como destino a China, e agora produtores enfrentam dificuldades inéditas para escoar sua produção. Para Pequim, usar o Brasil como parceiro comercial confiável é também uma forma de assegurar sua segurança alimentar diante de instabilidades políticas e econômicas norte-americanas.
Com a solidez da parceria entre Lula e Xi Jinping, o Brasil se consolida como elo fundamental no abastecimento da segunda maior economia do mundo. Ao mesmo tempo, o deslocamento da demanda chinesa revela os prejuízos da política de confrontos adotada pelos EUA, que deixou seus produtores agrícolas em desvantagem.
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