O prefeito eleito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PSB),
vai ocupar hoje a tribuna da Assembleia Legislativa. Ele vai responder ao candidato derrotado pelo PT a
prefeito, Elmano de Freitas, que anunciou ação na Justiça para
questionar sua vitória.
Elmano disse que houve muita compra de votos e que, na próxima semana, deverá apresentar provas do que está denunciando.
Roberto Cláudio falará sobre o que considera ataque de derrotado e
deverá lamentar a falta de humildade do PT, em não reconhecer que o povo
de Fortaleza optou por mudar um cenário administrativo que não
correspondeu, durante oito anos, às expectativas e que não chegou nem
mesmo a cumprir as mínimas campanhas feitas ao eleitorado.
O STF fica aí apontando os crimes dos réus petistas, mas na verdade
eles só merecem pena –comiseração, não pena de cadeia. Desempenharam um
papel desgraçado. Está certo, tinham poder. Tinham muito poder. Tinham
poder demais. E essa foi uma das suas misérias. Porque se não tivessem
poder demais o governo Lula não atingiria seus objetivos. Precisavam do
poder exorbitante para transformar o Brasil. E nem assim despertam a
simpatia do Supremo.
Como se fosse pouco, os magistrados ainda convertem Rui Falcão, o presidente do PT, num personagem surreal. Em entrevista
a correspondentes estrangeiros, o companheiro negou, pela enésima vez,
que o dinheiro do mensalão tenha comprado consciências. “Continuamos
negando e vamos mostrar que nunca houve compra de votos.” Veja o que faz
a insensibilidade do STF! Falcão diz ter o que “mostrar” e,
desnorteado, deixa pra depois.
Falcão disse aos representantes da mídia internacional que não há
“demonstração material” da compra de votos. Claro que não. Todos aqueles
milhões que Delúbio Soares mandou o Marcos Valério liberar, a grana
sacada no Rural, os maços transportados em carro forte, a dinheirama
distribuída em quartos de hotel… Tudo não passou de generosidade de um
partido magnânimo com seus aliados altruistas.
Mas isso não vai ficar assim. Falcão avisou aos repórteres que o PT
vai se posicionar oficialmente depois que terminar o julgamento. O STF
não perde por esperar. A legenda fará uma avaliação “crítica”, promoteu o
dirigente. Natural, já que houve uma “tentativa” de processar a
agremiação como um todo num processo em que os réus têm nome, sobrenome e
CPF.
Bem verdade que o PT associa-se aos acusados quando rasga seu
estatuto para impedir que sejam expulsos. Mas, que diabo, alguém tem que
demonstrar compaixão. Se o passado os abandonou, quem melhor do que os
companheiros de partido para guiá-los nos obscuros becos de um mundo
metamorfeado? Os antigos valores faliram, os heróis foram desmascarados,
perderam-se as ilusões, nada era o que parecia. Mas, em meio às mortes
de todos os nortes, sobrevive a solidariedade partidária.
Pode-se acusar Falcão de tudo, inclusive de ilógico, mas ninguém tem o
direito de duvidar de sua compaixão com o sofrimento alheio. De resto,
houve momentos da entrevista em que o companheiro soou lógico. Avaliava o
resultado das eleições quando fez uma referência a Lula. É um líder
forte, reconheceu. Mas sua preponderância “não violenta a democracia”
interna do PT.
“Lula nunca se opôs a uma decisão partidária”, disse Falcão a alturas
tantas. Nada mais sensato e verdadeiro. Até porque seria impossível.
Pela boa e simples razão de que o PT não ousa tomar decisões que
contrariem a vontade de Lula.
Voto feminino polariza reta final da campanha eleitoral americana
Eva Saiz
No papel, a economia iria polarizar a corrida para a Casa Branca, mas a
luta para garantir o apoio do eleitorado feminino ganhou especial
relevância na reta final da campanha eleitoral. As declarações do
candidato republicano ao Senado por Indiana Richard Mourdock, que
afirmou que a gravidez depois de um estupro ocorrem "porque Deus quer", e
a infeliz referência de Mitt Romney aos "montes de mulheres" no segundo
debate presidencial ofereceram à campanha de Barack Obama nova munição
em seu esforço para manter a confiança das eleitoras, dando-lhe a
oportunidade de apresentar o candidato republicano como um perigo para
os direitos e a saúde reprodutiva das mulheres.
Foto 1 de 200 - 1º.nov.2012
- Símbolos dos partidos republicano (elefante) e democrata (jumento)
são esculpidos em abóboras na noite de Halloween em Santa Mônica, na
Califórnia (EUA) Lucy Nicholson/Reuters
"O voto feminino é transcendental, sobretudo nos Estados chaves",
indica Robyn Shepherd, representante legal da União Americana de
Liberdades Civis. "Em geral, trata-se de um eleitorado tradicionalmente
democrata, mas o nicho de mulheres brancas trabalhadoras e sem estudos
universitários é cada vez maior, e essas eleitoras são mais inclinadas a
apoiar as políticas republicanas. Em 2008, Obama perdeu esse núcleo,
primeiro a favor de Hillary Clinton nas primárias e depois a favor de
John McCain", explica Shepherd.
As mulheres representam mais de 50% do eleitorado e são mais fiéis às
urnas que os homens. Segundo um estudo do Centro para Mulheres
Americanas e Política, o voto feminino foi determinante na vitória de
Obama há quatro anos, quando se decantou pelo atual presidente por uma
margem de 13 pontos em relação a McCain, graças à mobilização das
hispânicas e afro-americanas, segundo Shepherd.
É a esse grupo de eleitoras indecisas que as duas campanhas estão
apelando. Um estudo recente da Universidade Quinnipac evidencia que a
principal preocupação das mulheres se concentra no desemprego ou na
política externa. Entre a equipe do presidente cresceu a incerteza sobre
o comportamento de um eleitorado cujo apoio era dado como garantido há
um mês. A popularidade de Obama entre as mulheres, onde ele superava
Romney por mais de dois dígitos, se reduziu a 1 ponto nas últimas
pesquisas, mas a única que lhe concede vantagem - a última publicada por
"The Washington Post" e a rede ABC - o situa 15 pontos acima.
Em sua luta para conquistar o voto feminino, Obama insiste em
apresentar os direitos da mulher como um assunto eminentemente
econômico, sem descuidar da vertente social. "Não deixem que os
políticos decidam sobre seus direitos", ele repete em cada comício. Sua
campanha e outras organizações democratas lançaram anúncios eleitorais
nos quais, segundo dados da Kantar Media / CMAG, a palavra "aborto" é
citada em mais de 30 mil ocasiões, em muitos casos para evidenciar a
mudança de opinião do candidato republicano nesta matéria.
A equipe do ex-governador de Massachusetts, por sua vez, tentou evitar o
assunto, insistindo que o que mais interessa às eleitoras é a economia.
Um estudo da Fundação Kaiser Family indica, entretanto, que o acesso à
saúde pública é uma prioridade para as mulheres, e uma pesquisa recente
da CNN estabelecia que para 39% das eleitoras o aborto é o assunto mais
importante. "As mulheres que não decidiram seu voto costumam optar por
candidatos moderados em questões sociais, e Romney está modulando a
mensagem conservadora que adotou durante as primárias republicanas",
lembra Debbie Walsh, do Centro para Mulheres Americanas e Política. Nas
últimas semanas, Obama deu ênfase especial a lembrar suas conquistas em
matéria de direitos da mulher durante seu governo - parte da reforma da
saúde que obriga a subvencionar os testes exploratórios da mulher ou o
acesso aos métodos anticoncepcionais, a lei de equiparação salarial - e a
apresentar o candidato republicano como um risco para esses benefícios.
O presidente dos Estados Unidos e candidato democrata à
reeleição, Barack Obama, retoma nesta manhã de quinta-feira, sua campanha com
uma viagem pelos estados de Wisconsin, Nevada e Colorado, anunciou
nesta quarta-feira um de seus principais assessores, David Axelrod.
Obama visitará os três estados indecisos após uma freada brusca
de quatro dias em sua campanha pela reeleição em que se dedicou a
monitorar a chegada e o impacto da tempestade Sandy na região nordeste
do país.
As paradas em Nevada e Colorado já estavam previstas para hoje,
e a de Wisconsin foi acrescentada depois que Obama cancelou uma visita a
esse estado programada para terça-feira. O último ato de campanha do
presidente foi no sábado passado no estado de New Hampshire.
No domingo, Obama voou para a Flórida, e planejava fazer um
comício no dia seguinte com o ex-presidente Bill Clinton, mas finalmente
na segunda-feira decidiu cancelar o ato e voltar para Washington com a
iminência da chegada de Sandy.
O líder viajou ontem para Nova Jersey, onde "Sandy" tocou o solo
na segunda-feira e provocou inundações e uma grande devastação nas
regiões litorâneas.
Enquanto isso, o candidato republicano à Casa Branca, Mitt
Romney, retomou sua campanha na Flórida após dois dias de detenção
brusca também por causa de Sandy.
Com Obama ainda afastado da campanha a seis dias das eleições de 6
de novembro, fazem atos eleitorais tanto o ex-presidente Clinton,
em Iowa, como o candidato à reeleição como vice-presidente Joe Biden,
com comícios na Flórida.
A Anistia Internacional publicou nesta quinta-feira um
artigo, a poucos dias da eleição presidencial americana, no qual lembra
que os Estados Unidos têm assuntos pendentes em matéria de direitos
humanos, como Guantánamo, onde 150 presos aguardam julgamento após mais
de uma década.
Moussa'ab Omar al Madhwani, de 32 anos, passou um terço de sua
vida sob custódia dos EUA, mesmo sendo uma figura do baixo escalão da
Al-Qaeda que "nunca disparou uma arma em combate".
Sua história faz parte do artigo com o qual a organização
humanitária quer lembrar que "as detenções em Guantánamo e a
responsabilidade pela violação dos direitos humanos no contexto da luta
antiterrorista são dois desses assuntos pendentes", segundo disse à
Agência Efe Rob Freer, ativista da AI.
Madhwani foi detido pelas autoridades paquistanesas em setembro
de 2002 em Karachi, teve os olhos vendados, foi amarrado, golpeado com
uma espingarda e ameaçado de morte, contou Freer.
Cinco dias depois, foi entregue a membros das Forças Armadas
americanas e levado ao Afeganistão, onde passou cerca de um mês em
instalações secretas guardadas por militares americanos em Cabul ou
perto da capital afegã, de acordo com a AI.
No período em que permaneceu neste local, Madhwani foi torturado,
impedido de dormir, obrigado a ficar de pé durante muitas horas e
molhado com água fria.
Em outubro de 2002, Madhwani foi enviado a Guantánamo, após
outros cinco dias de "detenção ilegal" na base aérea de Bagram, "onde
foi submetido a mais abusos".
Os EUA o acusam de ter viajado ao Afeganistão para passar por
treinamentos em um acampamento militar da Al Qaeda, mas "mais de dez
anos após ser detido não foi acusado por nenhum delito pelo Governo
americano, que reivindica o direito de detê-lo indefinidamente em nome
da "guerra" global contra a Al Qaeda e seus grupos associados", denuncia
a AI.
Desde que foi aberta a penitenciária militar situada na base
naval de Guantánamo (Cuba), há 11 anos, passaram por lá 779 detentos,
dos quais pelo menos 12 eram menores de 18 anos quando foram detidos.
O ativista da AI assegurou que sua organização continuará
apresentando casos como o de Madhwani porque se trata de indivíduos que
tiveram "seus direitos fundamentais negados", e os EUA estão "falhando
no cumprimento de suas obrigações em matéria de direitos humanos".
A AI assinala que a "crueldade" da detenção indefinida é
encarnada pelos nove detentos que morreram sob custódia americana em
Guantánamo: seis se suicidaram e três faleceram por causas naturais.
Apesar de Guantánamo ter estado muito presente na campanha de
2008, com a promessa do então candidato Barack Obama de fechar o
complexo, desta vez o tema quase não foi citado.
Em seu segundo dia no Governo, Obama assinou uma ordem executiva
para fechar Guantánamo no prazo de um ano, um período que "passou há
tempo", lembra Freer.
Francisco Afonso Machado Botelho é réu em ação movida pelo MPF por desvio e aplicação indevida de recursos do Fundef
A Justiça Federal condenou o ex-prefeito do
município de Itatira Francisco Afonso Machado Botelho por improbidade
administrativa. Botelho é réu em ação movida pelo Ministério Público
Federal no Ceará (MPF/CE) por desvio e aplicação indevida de recursos
repassados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
O ex-prefeito de Itatira teve suspensos seus
direitos políticos por oito anos, deverá pagar multa, ficará proibido de
efetuar contratos com o poder público ou receber benefícios por cinco
anos, poderá perder cargo público que exerça e ainda terá que ressarcir
danos causados aos cofres públicos. A decisão de condenar Botelho foi do
juiz federal substituto da 23ª Vara Federal em Quixadá. O réu ainda
poderá recorrer.
O juiz considerou o ex-gestor responsável por uma
série de atos de improbidade administrativa que haviam sido constatados
pelo Ministério Público Federal. Na administração de Botelho, a
prefeitura pagou salários-base mensais irrisórios a profissionais de
educação - R$ 24,00, R$ 12,00 e R$ 7,00. O município não aplicou na
educação o valor mínimo legal e nem assegurou que 60% dos recursos
oriundos do Fundef fossem investidos no salário dos professores. Também
foi registrado desperdício de merenda escolar.
Número do Processo Ação civil pública de improbidade nº 0020685-60.2004.4.05.8100
Penso - Data venia, o Afonso está apenas colecionando mais um entre os dezenas de processos que correm contra ele.