Bruno
apresenta projeto de regulamentação do Cocó a representantes
comunitários
O
secretário do Meio Ambiente, Artur Bruno, fez a primeira reunião
com as lideranças comunitárias que vivem no entorno do Rio Cocó
para apresentar e discutir o projeto de regulamentação do Parque
Estadual do Cocó. Estiveram presentes no auditório do Cocó, nesta
quarta-feira (04/05) representantes e moradores da Sabiaguaba, Caça
e Pesca, Zé do Mangue, Pesque e Pague e Cidade 2000. Bruno fez uma
explanação do projeto, informando o que é Área de Proteção
Permanente (APP), Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) e
Área de Proteção Ambiental (APA).
O
objetivo principal deste primeiro encontro foi conscientizar as
pessoas das comunidades sobre a importância da criação do Parque
Estadual do Cocó, dando prioridade ao diálogo e sem prejudicar as
famílias que ora estão habitando a área do parque. “A nossa
intenção é conversar com todas as comunidades, mostrando a
realidade da situação, para que entendam que precisamos criar o
Parque e preservar as nossas áreas verdes”.
Artur
Bruno lembrou aos presentes que a cidade de Fortaleza tinha 66% de
área verde até o ano de 1968. Hoje, com as edificações e
ocupações, esse número foi reduzido a 6%. “A regulamentação do
Cocó vem se arrastando há 40 anos. O Governo Camilo decidiu
trabalhar para que o Parque exista de fato e de direito”, explicou
o secretário.
DEBATE
COM A COMUNIDADES
Após a
apresentação do projeto de regulamentação, o secretário ouviu
cada representante das comunidades. Mas tranquilizou a todos: “eu
garanto que ninguém será retirando à força dos locais onde estão
morando. Dialogar é o melhor negócio. Ninguém será prejudicado.
Pelo contrário, a intenção é dar uma qualidade de moradia para
quem for possivelmente indenizado”, colocou.
O projeto
de regulamentação conta com a parceria da Prefeitura de Fortaleza
que já administra a APA da Sabiaguaba, o Parque Natural das Dunas da
Sabiaguaba, o Parque Adahil Barreto e a ARIE das Dunas do Cocó. “A
parceira está consolidada. Juntos e com apoio das comunidades,
deveremos concluir a regulamentação em breve. Mas vamos conversar e
chegar a um consenso”.
A reunião
contou com a participação da empresa Mosaico, que fez diagnóstico
sócio ambiental de todos os imóveis que estão dentro da área onde
vai ser construído o parque. São 666 imóveis na área do Parque e
160 nas ARIEs.
AUDIÊNCIAS
PÚBLICAS
Ao todo,
serão três audiências públicas para debater sobre a
regulamentação do Cocó. A primeira acontece nesta sexta-feira, às
14h30, na Assembleia Legislativa. Outras duas foram definidas com os
líderes comunitários. Uma será marcada na Sabiaguaba, onde há
maior número de moradores. A segunda envolverá as outras
comunidades do Tancredo Neves, Cidade 2000 e Cordeiro. Esta
acontecerá num sábado à tarde, no Parque do Cocó.